quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conteúdo dos Exames de filosofia ETIP Informática 2012


1º Médio

1. Ética e moral:
...Senso moral e consciência moral.
...Ética e moral: definições.
...Os valores.
...Moral e justiça.
...A ética materialista dos antigos gregos.

2. Filosofia política:
...O que é política e poder.
...A política de Platão.
...A política de Aristóteles.
O pensamento político medieval.


2º médio

1. Filosofia antiga:
...Sócrates de Atenas.
...Platão de Atenas.
...Aristóteles de Estagira.

2. Filosofia medieval:
...Definições, objetivos.
...Fases: a Patrística e a Escolástica.
...A Patrística: Sto. Agostinho.

3º médio

1. Filosofia moderna:
...A ciência do século XVII.
...Francis Bacon.
...A política de Maquiavel.
...As ideias políticas de Thomas Hobbes.

2. Filosofia contemporânea:
...A fenomenologia.
...O existencialismo.









quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Conteúdo dos Exames ETIP acadêmico 2012


1º médio – Filosofia

1. Introdução à filosofia:
o O que é filosofia?
o A utilidade da filosofia.
2. Ética e moral:
o Definição, os valores,
o As emoções humanas.
3. Filosofia política:
o O que é política?
o O que é poder?
o A filosofia política de Platão.
o A filosofia política de Aristóteles.
o A filosofia política medieval.


1º médio – Sociologia

1. Introdução à sociologia:
o O que é sociologia?
o A utilidade da sociologia.
o O papel dos estudantes no mundo atual.
2. Cultura e socialização:
o O que é cultura?
o Conceitos culturais: aculturação, relatividade cultural, etnocentrismo.
o Símbolos culturais.
3. Análise de ambientes culturais::
o A família: definição, concepções e função social.
o A escola: definição, evolução histórica, função social e principais problemas.

2º médio – Filosofia

1. Filosofia antiga:
o As idéias de Sócrates.
o O pensamento de Platão.
o A filosofia de Aristóteles.
2. Filosofia medieval::
o Principais problemas.
o Fases e objetivos.
o Santo Agostinho e Tomás de Aquino..

2º médio – Sociologia

1. Sociologia política:
o Conceitos, objetivos.
o O sistema político brasileiro.
2. Sociologia econômica:
o Principais conceitos
o Globalização econômica.
3. Sociologia da violência e cidadania:
o Sociologia da violência, definições. Conceitos e problemas.
o Ética e cidadania, as ONGs.
o Direitos humanos.

3º médio – Filosofia

1. Estética:
o Principais conceitos.
o Critérios de beleza.
o Análise filosófica de obras de arte.
2. Filosofia moderna:
o Racionalismo e empirismo.
o O criticismo de Kant.
3. Filosofia contemporânea:
o A fenomenologia.
o O existencialismo.
o A psicanálise de Freud.

3º médio – Sociologia

1. Sociologia clássica:
o Auguste Comte.
o Émile Durkheim.
o Max Weber.
2. A escola de Frankfurt:
o Principais conceitos.
o O papel da mídia na sociedade atual.
3. Sociologia brasileira:
o Principais nomes.
o Problemas brasileiros.
4. A pesquisa sociológica:
o Características específicas.
o Metodologia de pesquisa.

domingo, 4 de novembro de 2012

Resumos Sociologia ETIP 3º médio (3ºtrim)


Aula 1. Sociologia brasileira: Modernização e desenvolvimento.

• A reflexão sociológica no Brasil sempre se preocupou com a natureza, o sentido e os desdobramentos da modernização. Este tema teve um papel relevante, afinal o próprio processo histórico que deu origem ao Brasil estava impregnado por esse conceito.

• Costuma-se utilizar o ano de 1850 como um marco divisor para a modernidade brasileira, mas o que aconteceu neste ano para justificar esta afirmação?

• Brasil em 1850 – Monarquia parlamentarista com amplos poderes do imperador D. Pedro II, aproximadamente 9 milhões de habitantes, população eminentemente rural, produção agrícola, instalação das primeiras ferrovias e principalmente a extinção do tráfico negreiro pela Lei Eusébio de Queiroz.

• A extinção do tráfico foi um marco rumo a modernidade, pois permitiu ao país se livrar deste verdadeiro “fardo colonial”, símbolo do atraso. Foi o primeiro grande passo para a modernização do Brasil.

• Modernidade – Processo de mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais que ocorre em países da periferia do sistema capitalista, à medida em que esses países se direcionam para padrões mais complexos de organização social e política.

• As principais referências de modernidade desde o início do século XX são os E.U.A. e a Europa ocidental, sua forma de organização era o modelo ideal a ser seguido por qualquer país que se pretenda “moderno”. Conceitos como democracia, industrialização e urbanização passaram a ser sinônimos de modernidade.

• Existe no Brasil uma visão preconceituosa de que o progresso ou a modernidade só teve realmente início com a imigração européia.

• Segundo muitos sociólogos ocorreu no Brasil uma chamada “modernização conservadora”, houve um grande progresso econômico acompanhado de um atraso social, as antigas estruturas políticas e sociais do passado foram mantidas, persistindo mecanismos sociais de exclusão e políticas de dominação.

Aula 2. Os grandes sociólogos brasileiros.

• Euclides da Cunha (RJ, 1866 – 1908):

o Autor de “os sertões” (1902), livro que conta a história da Guerra de Canudos no sertão nordestino.
o Nesta obra, Euclides nos mostra a miséria e o isolamento da população nordestina.
o Faz um diagnóstico do subdesenvolvimento nacional, mostrando a existência de “dois Brasis”.
o Apesar do autor não ser um sociólogo acadêmico, sua obra serviu de base para muitos estudos sociológicos.

• Gilberto Freire (PE, 1900 – 1987):

o Autor de “Casa grande e senzala” (1933)
o Faz uma profunda análise das relações sociais entre os senhores de engenho e os escravos.
o Essa obra deu origem ao mito da democracia racial no Brasil.


• Florestan Fernandes (SP, 1920 – 1995):

o Professor de sociologia exilado durante o regime militar.
o Foi responsável pelo desenvolvimento da “Sociologia crítica” no Brasil.
o Nesta linha de pensamento não basta mostrar os problemas sociais, é necessário opinar, criticar, propor, sugerir.
o Principais obras: “Fundamentos empíricos da investigação sociológica”, “ A integração do negro na sociedade de classes.”, “ A revolução burguesa no Brasil.”

• Celso Furtado (PB, 1920 – 2004):

o Economista e professor de economia latino-americana na Sorbonne (França).
o Estudos sobre a economia brasileira desde o período colonial.
o Deu ênfase nas “relações de dependência”, segundo Furtado, o Brasil sofreu uma industrialização indireta, comandada pelos países ricos, gerando assim uma dependência.
o Principais obras: “Formação econômica do Brasil”, “Criatividade e dependência na civilização industrial”, “O capitalismo global”.

• Darci Ribeiro (MG, 1922 – 1997):

o Antropólogo, escritor e político exilado durante o regime militar.
o Seus principais temas de estudo foram a educação e os indígenas brasileiros.
o Questão-chave: a busca da identidade nacional, o que é “ser brasileiro”.
o Estudo crítico da miscigenação e das relações de poder.
o Obras: “Culturas e línguas indígenas do Brasil”, “Os brasileiros – teoria do Brasil”, “O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil”.


Aula 3. A pesquisa sociológica.

• A construção do conhecimento científico se faz através das relações sociais e das experiências que se desenvolvem nos mais variados âmbitos da sociedade.

• Qualquer conhecimento que se pretenda científico não pode prescindir de um método específico que seja adequado ao seu objeto de estudo.

• As ciências sociais, incluindo a Sociologia também possui um método próprio, um olhar diferente da realidade; apesar de ser uma ciência teórica, ela vincula pensamento e ação, ou seja, nada pode ser visto como um problema intelectual se não tiver sido, primeiramente, um problema da vida prática.

• A pesquisa social é uma ferramenta preciosa para o exercício da Sociologia, pois permite ampliar o conhecimento sobre o próprio ambiente, descobrir novos instrumentos e novas técnicas, fornecendo diagnósticos e prognósticos para confirmar ou não tendências de comportamentos sociais.

• Algumas características importantes da pesquisa científica em sociologia:

o Deve necessariamente ter foco em um problema social real.
o Deve levar em conta os conceitos sociológicos clássicos na análise de fatos e problemas.
o Deve usar o método de pesquisa de campo para embasar suas observações.
o Não deve ter a ilusão de resolver o problema social, mas sim apontar caminhos, direções que sirvam de referência a outros pesquisadores.


Aula 4. Metodologia de pesquisa sociológica.

• Qualquer pesquisa de campo deve, necessariamente seguir um método, uma forma padrão de ação, uma maneira de sistematizar a atividade científica, seguindo os seguintes passos:


1. Escolha do Tema - É o assunto geral a ser tratado, tema genérico, por exemplo: a violência urbana, o preconceito racial, o consumismo, …
2. Formulação do problema - É a questão a ser resolvida dentro do tema, a pergunta principal que a pesquisa procura responder, por exemplo: Que fatores exercem mais influência no comportamento consumista?.
3. Construção de hipóteses – São explicações provisórias que servem para orientar a busca de informações, deixam de ser provisórias apenas quando confirmadas através de pesquisas. Por exemplo: “ a mídia televisiva é o principal fator motivador do comportamento consumista”.
4. Planejamento da pesquisa – Determinação do público-alvo, do tipo específico de pesquisa, elaboração dos questionários (abertos ou fechados) e dos critérios de avaliação. Por exemplo: Pesquisar frequentadores do Mc Donalds, fazer perguntas fechadas (sim ou não), buscando motivações de escolha.
5. Realização da coleta de dados – Pesquisa de campo , nesta fase é importante evitar emitir opiniões ou ajudar o entrevistado, deve-se adotar uma postura de neutralidade para não deformar o resultado.
6. Tabulação dos dados – Classificação das informações recebidas pelas pesquisas, geralmente feita com tabelas e gráficos.
7. Análise e interpretação dos dados – Após a tabulação, faz-se uma análise geral dos dados tendo em vista o problema central e as hipóteses, é o momento de buscar respostas.
8. Redação do relatório de pesquisa – Registro de todo o processo de pesquisa, explicitando a metodologia usada, os objetivos da pesquisa, o público-alvo, gráficos e tabelas e a conclusão que deve ser extraída dos dados analisados.


Aula 5. Pesquisas quantitativas e qualitativas.

• Para realizar uma pesquisa é fundamental conhecer e empregar uma metodologia adequada aos objetivos, esse caminho direciona a atividade; nas ciências sociais e em outras ciências há duas metodologias amplamente empregadas: a quantitativa e a qualitativa.

Pesquisa quantitativa – É um estudo estatístico que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema específico.

• Este tipo de pesquisa visa confirmar se os dados mensuráveis obtidos numa amostra são estatisticamente válidos para o universo do qual a amostra foi retirada.

• Exemplos de pesquisas quantitativas:

o Mostrar o índice de crescimento da violência no país.
o Verificar a preferência musical dos jovens urbanos entre 13 e 17 anos.
o Demonstrar o grau de penetração social de uma determinada religião.

Pesquisa qualitativa – Método empregado para entender a natureza de um fenômeno social, auxilia a compreender os aspectos subjetivos de indivíduos ou grupos.

• Este tipo de pesquisa visa compreender as causas e as motivações de determinados comportamentos sociais, em vez de perguntar o “quanto”, busca saber o “porquê”.

• Exemplos de pesquisas qualitativas:

o A preferência por estilos de automóveis de acordo com a personalidade do motorista.
o A percepção que os adultos têm dos jovens.
o O que leva algumas pessoas a fazerem trabalhos voluntários?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Resumos sociologia ETIP 2º médio (3ºtrim)



Aula 1. Análise do texto: “A cidade e seus medos.”

• Atualmente, um sentimento socialmente compartilhado em relação à vida urbana vem predominando, o medo, provocando insegurança.
• Esta insegurança refere-se principalmente à “violência urbana”, divulgada em massa pela imprensa, esses sentimentos dão uma relevância estrondosa ao crime, em especial ao crime organizado.
• Quando vivemos com medo, deixamos de utilizar a razão como parâmetro para medir e regrar nossas condutas.
• O senso comum entende o crime como o grande gerador da insegurança social.
• O combate ao crime tem por base a ideia de controle das “classes perigosas”; ideia esta que funciona como um mecanismo de estigmatização. Este combate se dá através de políticas repressivas e não integradoras, o que reforça o mito de que a pobreza produz crime, e os pobrers são potenciais criminosos.
• Essa percepção cria uma classificação espacial que discrimina bairros seguros e bairros perigosos, o “nós e eles”, sendo “eles” uma categoria inferior.

Trechos extraídos de:
Fonte: BERLATTO, Fábia, A cidade e seus medos. Gazeta do povo, Curitiba, 27 ago. 2009
Obs: Fábia Berlatto é cientista social e mestre em sociologia pela UFPR.


Aula 2. A sociologia da violência.

• Agressividade é diferente da violência, apesar de próximas, possuem características distintas. A agressividade nem sempre é necessariamente negativa, é uma resposta às influências do meio, porém pode servir de motivador para atitudes que preservem a integridade, a sobrevivência. Por exemplo: um time de futebol mais agressivo, que ataca mais o adversário costuma ter mais chances de vitória, essa agressividade pode se transformar em determinação.

• Violência: Uso intencional e abusivo da força física ou do poder de ameaça, intimidação verbal, injustiça, discriminação.

• A análise profunda do meio social é fundamental para se interpretar o comportamento humano.

• Com relação à violência existem certos “mitos” do senso comum, por exemplo que os meninos são naturalmente mais agressivos do que as meninas.

• Fatores geradores de violência:

o Composição biológica – Predisposição natural para a violência.
o Resistência a ordem estabelecida – A negação da autoridade constituída.
o Multiplicidade cultural – Preconceitos raciais, culturais, de gênero,…
o Desigualdades sociais – As diferenças econômicas gerando revolta.
o Corrupção – Uso indevido dos recursos públicos.
o Competitividade excessiva – Incentivando comportamentos agressivos, obssessivos.
o Falta de segurança – Precariedade das políticas de segurança pública.
o Crimes hediondos – Indignação popular contra crimes bárbaros.




Aula 3. Segregação social e espacial.

• A grandes cidades brasileiras, e algumas médias, vem passando por transformações significativas, uma das principais diz respeito às áreas de ocupação urbana.

• A ocupação urbana ocorre de forma que cada classe social tem um espaço próprio e adequado ao seu status, ou seja, as condições econômicas e sociais dos indivíduos os empurra para certas áreas da cidade, por exemplo as favelas para os moradores pobres e os condomínios fechados de luxo para os ricos.

• Podemos perceber nas grandes cidades um novo fenômeno social, a existência de Enclaves fortificados, cujas características são:

o Condomínios fechados, conjunto de escritórios, shopping centers,…
o São fortalezas quase fechadas ao mundo exterior.
o Existe um rígido controle de movimento, com entrada e trânsito restrito.
o Possue normalmente regras de convivência vigiada.

• O atual modelo de ocupação urbana estabelece fronteiras entre grupos sociais, organizando as diferenças como desigualdade.

• Para os moradores destes enclaves, o espaço público passa a ser visto com suspeita, como motivo de insegurança, configurando uma verdadeira segregação social e espacial.


Aula 4. Controle social e disciplina.

• Controle social – Capacidade da sociedade de se autoregular, de controlar a si mesma mantendo a ordem, essa ordem social não é mantida apenas por policiais e juízes, mas sim por instituições, relações e processos variados.

• Escolas, empresas, igrejas, clubes, sindicatos, estas e outras organizações fazem parte de um grande sistema de controle social.

• No início do século XX, pesquisadores e sociólogos da Universidade de Chicago nos E.U.A. propuseram a criação de áreas de lazer, praças, parques vigiados para manter o controle social , diminuindo as taxas de criminalidade.

• Sociedade disciplinar – Segundo o filósofo francês Michel Foucault (1926 – 1984), sociedade disciplinar é aquela cujo sistema de controle social funciona por meio da combinação de técnicas de classificação, seleção, vigilância e controle sobre os indivíduos. Segue o princípio: dividir para governar.

• A prisão panóptica – Modelo arquitetônico de presídio desenhado pelo inglês J. Bentham, possui uma torre central que vigia constantemente a prisão radial em volta. Com esse modelo ocorre a inversão do princípio da masmorra, ou seja, em vez de esconder os criminosos, deixá-los a mostra, assim torna-se possível controlar cada movimento deles.

• Michel Foucault considera que a sociedade atual está vivendo sob o modelo panóptico, ou seja, passamos por vigilância constante através de câmeras, vigias e equipamentos restritivos, isso tudo é legitimado com o argumento da “promoção da segurança”. “Vamos controlar sua vida para a sua própria segurança.”


Aula 5. Ética e cidadania.

• Todos nós temos valores, costumes, condutas e crenças que direcionam nosso comportamento, e são as escolhas destes valores que nos identifica perante o mundo, nesse sentido cada um fala na “sua” religião, na “sua” ideologia, nos “seus” hábitos como se fossem exclusivos. O que geralmente passa despercebido para a maioria das pessoas é que esses valores , costumes e crenças são produtos do meio social, são construções sociais, as quais as pessoas escolhem aderir ou não.

• Atualmente ser ético é:
• Ser consciente de si e dos outros, reconhecendo a existência dos demais.
• Ser dotado de vontade para deliberar e decidir sobre sua participação social.
• Ser responsável, ou seja, reconhecer-se como o autor de seus atos.
• Ser livre, ou seja, procurar livrar-se da manipulação dos poderes externos a nós.

• Aparentemente ocorre uma oposição entre nossos valores individuais e os valores públicos ou sociais. Não conseguimos vislumbrar a importância dos valores sociais em nossa vida , mas percebemos porém que é necessário participar de algo, é fundamental exercitarmos a “Cidadania”.

• Cidadania – Capacidade de participar da vida e do governo da sociedade ou de um grupo social. Esta participação envolve a consciência de que temos direitos a exigir e deveres a cumprir, respeitando a igualdade de condições.

• A questão fundamental é: Como exercer a cidadania?

• As formas de participação mais óbvias são: votar nas eleições, ter documentos e pagar os impostos.

• Mas existem outras inúmeras formas, como por exemplo: trabalhar em uma empresa, estudar em uma escola, participar de reuniões de sindicatos e/ou de partidos políticos, frequentar áreas comuns de lazer, praticar um culto em uma igreja ou templo religioso, atuar em uma ONG,…

Aula 6. As ONGs e os direitos humanos.

• ONGs (Organizações não-governamentais) – Entidades, associações ou fundações sem fins lucrativos que procuram atender às necessidades sociais sem vínculo direto com o Estado. É dependente de doações, de trabalho voluntário e de parcerias com o setor privado e público.

• Terceiro setor – É outra maneira de se referir às ONGs, parte específica da economia distinta do primeiro setor (público, o Estado) e o segundo setor (privado, o mercado) também engloba associações, fundações, institutos de pesquisa, grupos sociais,…

• Principais áreas de atuação – Educação, direitos da mulher, crianças e adolescentes, direitos humanos, saúde, trabalho e renda, meio-ambiente, questões urbanas, arte e cultura, agrícolas, comunicação,…

• Exemplos: Greenpeace, Fundação SOS Mata Atlântica, WWF, Cruz vermelha internacional, médicos sem fronteiras, anistia internacional, MST, UDR, Instituto sou da paz, GAPA, AACD, UNICEF, Doutores da alegria, Associação brasileira de gays, lésbicas e transsexuais, institutos de defesa do consumidos,…


• Declaração universal dos direitos humanos.


• Documento assinado em 10/12/1948 pelos países participantes da Assembléia geral do ONU, surgiu como uma forma de evitar barbáries como as da segunda guerra mundial, seus artigos tratam dos direitos básicos que qualquer cidadão do mundo deve ter.

• Entre os direitos propostos pela declaração estão: direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

• Segue abaixo o último parágrafo da introdução e os quatro primeiros artigos do documento:


• "A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição."

Artigo 1.
Todas os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.
Artigo 2.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer
outra limitação de soberania.
Artigo 3.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4.
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos
serão proibidos em todas as suas formas.

• Ao lermos os princípios da declaração percebemos de imediato que paracem se referir a outro lugar, e não ao planeta Terra, pois vemos diariamente que estas bonitas palavras não são postas em prática. Serão estes princípios utópicos, irrealizáveis?

*Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serve como direcionamento, como um ideal a ser atingido, significa algo importante para motivar a luta pela plena execução de todos os direitos.Seus artigos influenciaram a elaboração de muitas constituições, e motivaram alguns governos a se comprometerem a adotar medidas para garantir o reconhecimento e o efetivo cumprimento dos direitos anunciados na Declaração.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Resumos Sociologia ETIP 1º médio (3º trim)

Aulas 1/2. Análise de ambientes culturais: a família.

• Modelo tradicional de família: pai, mãe e filhos.

• Aspectos importantes para a manutenção da família tradicional: fidelidade, exclusividade, garantia de propriedade.

• Podemos conceber a instituição familiar como:

o Organização natural – Se é algo natural, então qualquer forma diferente da tradicional é “anti-natural”, ou seja, errado.

o Determinação divina – A família é obra de Deus: “o que Deus uniu o homem não separa.” Qualquer forma diferente pode ser considerado ‘pecado”.

o Produto histórico-cultural – A família não é natural, nem divina, mas algo construído culturalmente, cada sociedade adota aquilo que é conveniente para sua cultura.

• Funções :

#Transmissão dos padrões culturais vigentes.

#Desenvolvimento físico, psíquico e social.

#Absorção e manutenção de valores ideológicos.(*)

• Influências :

#Fatores econômicos. Ex: a mulher no mercado de trabalho.

#Meios de comunicação de massa. Ex: exposição constante na mídia.

#Instituições educacionais. Ex: aprendizagem cada vez mais precoce.


• Segundo o psicanalista francês Jacques Lacan (Paris, 1901 – 1981), a família preside os processos fundamentais do desenvolvimento psíquico através de três mecanismos básicos.

• A 1ª educação :

#Os pais são os modelos de comportamento.

#Os adultos tem poder sobre as crianças. (Autoridade).

#Dependência física e psicológica quase total.

• Aquisição da linguagem :

#Ferramenta imprescindível.

#Possibilita a compreensão da realidade.


• A repressão do desejo :

#Ao nascer, a mãe é o mundo.

#Tempo de espera para a satisfação dos desejos.

#Limites impostos pela realidade, lidar com as frustrações.

#Repressão dos impulsos agrtessivos e eróticos.



Aulas 3/4. Análise de ambientes culturais: a escola.

• Instituição social que faz a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Com a educação a criança se humaniza, se socializa, aumentando assim sua autonomia.

• Evolução da escola :

Antiguidade – O meio social educa, aprende-se fazendo.
Idade média – Escola para as elites, religião e poder.
Idade moderna – Ainda elitistas, porém mais técnicas.
Revolução industrial – Universalização do ensino, preparo para o trabalho.
Atualmente - Preparação visando suprir as necessidades sociais.


• Principais problemas:


• O abismo entre a escola e o meio social.

o Ao buscar a proteção das crianças e dos jovens contra os perigos sociais, a escola substitui a realidade social por uma realidade escolar fechada, criando um distanciamento do cotidiano.
o Com este modelo, a escola forma uma pessoa passiva perante o seu meio social, que não sabe aplicar os conhecimentos aprendidos para entender e atuar no mundo.


• A discutível utilidade do saber escolar.

o Segundo as teorias pedagógicas, o lugar social que o indivíduo ocupará na sociedade depende do grau de cultura que adquirir, atestando o saber através de diplomas, que se tornam passaportes para a vida social.
o O grau de cultura adquirido pela pessoa depende do lugar social ocupado por sua família, depende de sua classe sócio-econômica.
o Em muitos casos há um problema metodológico significativo: algumas escolas ensinam as respostas sem que se tenha feito perguntas, não há o estímulo para os alunos aprenderem a perguntar. Saber é perguntar e conhecer respostas.


• Como preparar os alunos para a vida real?

o A escola acredita que ao ensinar a cultura acumulada pela humanidade, conseguirá desenvolver nos alunos o que neles há de melhor.
o A escola cria indivíduos à imagem e semelhança dos valores sociais dominantes.
o A família ficou apenas com a formação moral de seus filhos, a escola vem substituindo as famílias na orientação para a vida sexual, profissional, social.
o As regras e normas não podem ser ensinadas como verdades absolutas, mas como “acordos sociais” para melhorar nossas relações.
o As rotinas escolares, as atividades e os conteúdos apresentados estão distantes da vida cotidiana dos alunos, que não vêem na escola qualquer utilidade para seu desenvolvimento.
o Apenas o discurso da sociedade e a exigência do diploma na hora de obter um emprego melhor lhes dão a certeza de que é preciso insistir.
o A vida escolar deve estar articulada com a vida social, é preciso injetar realidade na escola.
o Ignorar as diferenças é trabalhar para aprofundá-las.
o Valores básicos na sociedade capitalista como liberdade individual, autonomia, criatividade e capacidade de tomar decisões exigirão da escola uma abertura em seu conservadorismo e autoritarismo.
o Nem todos os conhecimentos escolares têm aplicação imediata, são úteis porque desenvolvem a possibilidade de reflexão e aumentam nossa compreensão sobre a realidade que nos cerca, que deve ser a finalidade principal da escola.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Resumos Filosofia ETIP 3º médio (3ºtrim)



Aula 1. O Criticismo de Immanuel Kant (Alemanha, 1724 – 1804)

• Nasce e vive a vida inteira em Konigsberg, professor universitário de Lógica e de metafísica, não se casou nem teve filhos, era um homem extremamente metódico, um cérebro que passou a vida investigando o universo espiritual do homem, à procura de seus fundamentos últimos, necessários e universais.

• Principais obras: Prolegômenos a toda metafísica futura, Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão pura, Crítica da razão prática, A religião dentro dos limites da razão,…

• Com sua postura crítica Kant faz uma verdadeira Revolução copernicana em filosofia, invertendo o sentido da pesquisa filosófica, o objetivo da filosofia passa a ser investigar a Razão humana, seus limites e possibilidades, buscando responder a questão: Até onde posso ir com a razão sem a experiência sensível? (a razão pura).

• Algumas de suas principais ideias:

o Não conhecemos a realidade fora de nossa mente ( a coisa-em-si), só conhecemos os fenômenos, ou seja as coisas para nós. Pois todo conhecimento começa com a sensibilidade, passando pelo “filtro” da razão humana.
o Tempo e espaço são as formas puras da sensibilidade, ou seja, são ferramentas mentais que existem sem a interferência dos sentidos. A intuição de tempo e espaço se dá a priori, antes da experiência sensível.
o Existem várias categorias do pensamento: causalidade, contradição, identidade, qualidade, quantidade, finalidade,…
o Só é possível fazer ciência com “Juízos sintéticos a priori”, ou seja, juízos que acrescentam algo à ideia inicial antes da experiência sensível.


Aula 2. A Fenomenologia.

• Corrente de pensamento que surgiu no início do século XX, propõe o estudo dos fenômenos da consciência ( percepção, imaginação, memória,…)

• A realidade é apenas um dos modos como o objeto pode ser um dado à consciência . ( pode ser percebido, pensado, simbolizado, amado,…).

• Aa fenomenologia faz a análise da consciência na sua Intencionalidade, ou seja, consciência é sempre consciência DE… algo ou alguém. Nunca somos neutros, ao conhecermos algo, nosso ato de conhecer já está carregado de intenções (percepção, imaginação, memória, afeto,…).

• Principal nome: Edmund Husserl (Judeu tcheco, 1859 – 1938), Matemático e filósofo.

o Obras: Filosofia da aritmética, Investigações lógicas, Fenomenologia pura,…
o Propõe a epoché, ou seja, a suspensão do juízo sobre a realidade, buscando eliminar a intenção ou interesse, tornando o conhecimento puro, tornamo-nos expectadores desinteressados do real.

A realidade é o conjunto de fenômenos, fatos determinados pela consciência do sujeito, ou seja, nós construímos a realidade.




Aula 3. O Existencialismo.

• Corrente filosófica surgida na Europa durante a segunda guerra mundial, tem por objetivo estudar a existência humana, o modo de ser do homem no mundo, questionar o valor da vida e da dignidade.

• Nomes:

o S. Kierkegaard (Dinamarca, 1813 – 1855): “O conceito de angústia.”
o M. Heidegger (Alemanha, 1889 – 1976): “Ser e tempo”.
o M. Merleau-Ponty (França, 1908 – 1961): “Fenomenologia da percepção”.
o J. Paul Sartre (França, 1905 – 1980): ‘ O ser e o nada”.

• A relação apontada do existencialismo com a fenomenologia diz respeito ao modo de ser no mundo,. Que é repleto de intencionalidade.

• Principais ideias:

o O ser humano é finito.
o A vida humana é sempre problemática.(incerteza quanto às possibilidades).
o Realçe aos aspectos negativos e destrutivos das possibilidades existenciais dos homens no mundo. (morte, doença, sofrimento, fracasso, loucura,…)

• Jean-Paul Sartre ( França, 1905 – 1980)

• Destaca a necessidade do ser humano de buscar um sentido para a própria existência.

• Nas coisas, a existência precede a essência. (ideia que explica).

• Nas pessoas a existência precede a essência. ( os homens existem, estão aí, para depois construirem sua essência, seu projeto existencial).

• O ser humano está condenado a ser livre. ( o exercício da liberdade gera uma angústia da existência, devido a responsabilidade das pessoas sobre a própria vida, e a incapacidade de escolher certo dentre as várias possibilidades).


Aula 4. A psicanálise de Freud. (I)

• Psicologia – Ciência que trata da personalidade, dos fenômenos psíquicos e do comportamento, ou seja, procura saber o que somos e por que agimos.

• Psicanálise – Método de tratamento das desordens mentais e emocionais que constituem a estrutura das neuroses e psicoses por meio de uma investigação psicológica profunda dos processos mentais. Foi criada por Sigmund Freud.

• Segundo Freud, o comportamento humano é motivado, muitas vezes, por motivos ocultos no inconsciente, a maioria das perturbações do comportamento se deve aos recalques da sexualidade reprimida desde a primeira infância.

• Sigmund Freud (Áustria, 1856 – 1939)

• Médico austríaco, neuro-fisiólogo, psiquiatra, clinicava em Viena, começou tratando distúrbios nervosos com a sugestão hipnótica.

• Principais obras: “A interpretação dos sonhos”(1900), “ O ego e o id” (1923),...

• Primeira teoria sobre a estrutura psíquica:

• Consciente – Conjunto de processos e fatos psíquicos de que temos consciência, ou seja, conhecimento imediato da sua própria atividade.

• Subconsciente – Conjunto de processos e fatos psíquicos que estão latentes no indivíduo, mas lhe influenciam a conduta, podem facilmente aflorar à consciência através da memória ou do desejo.

• Inconsciente – Conjunto de processos e fatos psíquicos que atuam sobre a conduta do indivíduo, mas escapam ao âmbito da consciência e não podem ser trazidos nem pela vontade, nem pela memória, surgindo, porém, nos sonhos e nos estados neuróticos.


Aula 5. A psicanálise de Freud. (II): a Estrutura da consciência.

• A consciência é a parte clara e lúcida de cada um de nós, segundo Freud possui três partes:

1. ID ou inconsciente
* Instintos, necessidades e impulsos bási
* É uma força que está fora do controle da vontade.
* É a parte mais antiga e mais profunda da consciência.
* Funções: Fazer agir os instintos e armazenar vivências reprimidas.
* É regido pelo princípio do prazer.

2. Superego
* Princípios morais, proibições, censura internalizadas.
* É a personalidade guiada por normas, leis e exigências.
* Tem como modelos os pais e a sociedade.
* Função: Reprimir os impulsos instintivos.
* É movido pelo princípio da moralidade.

3. Ego
* O consciente, a personalidade.
* Quem sou e o que faço no presente.
* Função: Ajustar o sujeito ao meio físico e social, preservando o ser.
* É movido pelo princípio da realidade.


• Do conflito constante ente o ID e o Superego surge o Ego, ou seja, a natureza humana é conflituosa, existe uma tensão constante entre os desejos individuais e as normas sociais.


Aula 6. Motivo, força que impulsiona os comportamentos.

• Todo comportamento tem uma causa, uma motivação psicológica, embora nem sempre conhecemos tão claramente os motivos de nossas ações.

• Entre as várias alternativas de atividades possíveis, a escolhida será aquela que corresponde ao impulso mais forte ou ao motivo dominante.

• Motivo é tudo que inicia, sustenta e dirige uma atividade, é basicamente um impulso cujas fontes básicas são as necessidades ou as tensões geradas pelo excesso de energia.

Fases do ciclo da motivação:

1. NECESSIDADE - DESEQUILÍBRIO - TENSÕES - IMPULSO - OBJETIVO - SATISFAÇÃO
(falta) (motivo) (equilíbrio)



• São as necessidade que geram os motivos, uma necessidade satisfeita não é mais elemento de motivação, temos necessidades fisiológicas, sociais, emocionais, intelectuais,...

• Incentivo – É tudo aquilo que serve para aumentar o impulso interno, fazendo o ciclo das motivações girar.

• Barreiras:

o Internas – Falhas de caráter, falta de conhecimento ou de habilidade, bloqueios, insegurança.
o Externas – Falta de dinheiro, proibições sociais, impedimentos materiais.

• Quando surge alguma barreira que impede a concretização de nossos objetivos e de nossos desejos, reagimos de formas variadas criando mecanismos de defesa.

• Mecanismos de defesa – São processos inconscientes, o Ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo desta forma o aparelho psíquico. Todos nós utilizamos estes mecanismos de defesa do Ego, deformamos a realidade para nos defendermos de perigos internos ou externos, reais ou imaginários.

• Reações às barreiras (Defesas):

o Agressividade – Tentar derrubar a barreira pela força física ou psicológica.
o Formação reativa – Adotar uma atitude oposta a um desejo intenso. Ex: exageros, superproteção,..
o Projeção – O indivíduo projeta algo de si no mundo, distorcendo sua visão. É de uso comum, por exemplo nas críticas aos outros.
o Racionalização – Construção de uma argumentação aceitável e convincente para justificar a deformação do real. Ex: argumentos morais, ideologias,...
o Recalque – Eliminação de uma parte da realidade,deforma o sentido do todo, é o mais radical dos mecanismos.Por exemplo quando entendemos uma proibição como permissão porque não ouvimos o “não”.
o Regressão – O indivíduo retorna as fases anteriores do seu desenvolvimento. Atitudes imaturas, infantis. Ex: escândalo ao ver uma barata.
o Resignação – Desistência, conformismo com a derrota, desativa a necessidade.
o Sublimação – Substituição da necessidade original por objetivos artísticos, religiosos ou ideológicos.


• A psicanálise freudiana derrubou a ilusão de uma consciência racional plena, questionou a verdade e a naturalidade de conceitos tradicionais, demonstrou a existência de uma parte irracional do psiquismo humano com força sobre a razão. A visão tradicional que temos da natureza humana caiu por terra, somos seres irracionais, conflituosos e inconscientes da própria natureza.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Resumos Filosofia ETIP 2º médio (3ºtrim)


Aula 1. Aristóteles (Macedônia, 384 – 322 a.C.) – Vida e obra.

• Nasce na Macedônia, poderoso reino ao norte da Grécia.
• Ingressa na Academia platônica aos 17 anos, foi aluno de Platão por 20 anos, um dos mais brilhantes.
• Morte de Platão em 347 a.C., Aristóteles sai da Academia por discordar dos rumos que a escola estava tomando.
• Aos 41 anos torna-se preceptor do jovem Alexandre Magno, filho de Felipe II, coroado rei sete anos depois.
• Em 335 a.C. funda o Liceu em Atenas, o nome é uma homenagem ao deus Apolo.
• Produziu escritos de Lógica, Metafísica, Ética, Política e de várias outras áreas (economia, poética, física, história, matemática, biologia, psicologia,...)

O caráter sistemático e rigoroso de suas idéias o tornou a grande autoridade filosófica e científica dos medievais, ele era “o filósofo”, o construtor de uma teoria universal e permanente.


Aula 2. Aristóteles (Macedônia, 384 – 322 a.C.) – Principais ideias.

• A realidade é uma só, as formas das coisas são imanentes, ou seja, estão dentro delas, fazem parte da sua natureza.
• A Substância é o ser, é a realidade permanente.
• Devir (fluxo):
Potência – Possibilidades reais. (ex: o mármore)

Ato – Realização de uma ou mais possibilidades. (ex: a estátua)

• A teoria das quatro causas:

o Material – A matéria física. Ex: a madeira/ os remédios.
o Formal – A idéia da forma. Ex: a forma da mesa/ o tratamento.
o Eficiente – O botão de“start” Ex: o marceneiro/ o médico.
o Final – A finalidade do ato. Ex: a utilidade/ a cura.

• A causa final de toda a realidade é o 1º motor. (se verificarmos a causa das coisas, e depois disso as causas destas causas e assim por diante, chegaremos até o infinito: a causa da causa da causa..... ; isto não é possível, logo deve haver uma primeira causa para tudo).

• O conhecimento para Aristóteles:

FORMAS SENSÍVEIS ----- SENSAÇÃO ----- MARCA ----- (Fantasia, memória, experiência)


O conhecimento sensível é base para o conhecimento inteligível.


Aula 3. Filosofia medieval: introdução e patrística.

• Durante o período medieval a filosofia sofre a influência direta do pensamento religioso, cristãos, judeus e árabes muçulmanos elaboram sistemas e doutrinas que buscam explicar as relações entre os homens e Deus, Jeová ou Alá.

A filosofia cristã

• Tem início com as epístolas de São Paulo e o evangelho de João, no século I.

• Objetivo: Conduzir a humanidade à compreensão da verdade revelada por Cristo, buscando seu autêntico significado.

•Divide-se em duas fases:
Patrística – Do século I ao século VII
Escolástica – Do século VIII ao século XIV

Patrística – Teve por finalidade organizar a doutrina cristã para garantir a unidade da comunidade de fiéis e defender o Cristianismo dos adversários pagãos.

• Principais nomes: Justino, Orígenes, Gregório de Nisa e Santo Agostinho.

• Grandes momentos históricos do Cristianismo:

o 313 – Edito de Milão – O imperados romano Constantino decreta liberdade de culto.
o 325 – Concílio de Nicéia – Reunião para discutir a natureza do pai e do filho.
o 381 – Concílio de Constantinopla I – Discussão sobre o Espírito santo.
o 391 – Edito de Tessalônica – O imperador Teodósio decreta o Cristianismo a religião oficial do Império romano.


• Os filósofos cristãos reconheciam nos maiores filósofos gregos os legítimos precursores do Cristianismo.

Que grande mudança ocorre na filosofia com o surgimento do Cristianismo?

o Com o Cristianismo a filosofia deixa de ser uma busca racional pela verdade, afinal já temos em mãos a verdade revelada, cabe à filosofia apenas entendê-la.


Aula 4. A Patrística medieval: Santo Agostinho (Numídia, 354 – 430).

• Aurélio Agostinho, professor de retórica em Cartago, converteu-se ao cristianismo aos 32 anos, tornando-se o bispo de Hipona e um dos maiores teólogos da Igreja Católica, suas principais obras foram:
 Confissões (400), Sobre a Trindade (422), A cidade de Deus (426).

• Agostinho cristianizou a filosofia de Platão, usando suas teorias para melhor explicar os dogmas da fé católica, ele racionalizou a fé cristã.

• O homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade, que é fruto da intuição e da fé. É necessário “compreender para crer e crer para compreender”, ou seja, a razão está a serviço da fé.

• Suas ideias foram por muito tempo a doutrina fundamental da Igreja Católica, até hoje em dia, alguns setores da Igreja e algumas escolas seguem seus ensinamentos.


Aula 5. A Escolástica cristã.

• É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, coroava reis, organizava as cruzadas e criava as primeiras universidades.

 Universidade de Bologna (Itália) em 1088,
 Universidade de Paris (França) em 1170,
 Universidade de Padova (Itália) em 1222,
 Univ. de Napoli (1224), Siena (1242) e Pisa (1243), todas na Itália.
 Univ. de Oxford (1249) e Cambridge (1284), ambas na Inglaterra.
 Universidade de Coimbra (Portugal), em 1308.

• A origem e o desenvolvimento da Escolástica está intimamente ligada à atuação dos professores universitários de filosofia e de teologia, com eles ocorre a sistematização do ensino destas disciplinas. Este processo se desenvolvia com duas formas básicas de ensino:

o Lectio – Leitura e comentário de um texto consagrado.
o Disputatio – Debates acalorados sobre um tema específico, consistia no exame de todos os argumentos possíveis a favor e contra uma tese, eram verdadeiras disputas retóricas.

• O princípio de autoridade era o principal critério para definir se uma tese era verdadeira ou falsa. As principais autoridades eram:
o A Bíblia, Platão, Aristóteles, um Papa, um santo, os grandes teólogos da Igreja.
Nomes:
* Cristãos: Abelardo, Santo Anselmo, São Tomás de Aquino, * Árabes: Avicena, Averróis, Al-Gazali,…
* Judeus: Maimônides, Bem-Levi, Ibn-Gebirol (ou Avicebron),…


• O problema central da Escolástica era conciliar Fé e razão, buscando a compreensão plena da verdade revelada, o que levaria os homens à salvação.


Aula 6. A Escolástica cristã: São Tomás de Aquino (Roccasecca, 1225-1274)

• Monge dominicano, doutor em Teologia e professor na Universidade de Paris, teve uma vida inteiramente dedicada à meditação e ao estudo, autor de vasta erudição, suas principais obras foram:
8. Comentários sobre as sentenças (1253), O ente e a essência (1256), Súmula contra os gentios (1259), Questões sobre a alma (1264) e a Summa Theológica (1273).

• Tomás via na filosofia aristotélica um alimento intelectual superior e se esforçava para adaptá-la à revelação bíblica.

• A cristianização da filosofia aristotélica só veio a se tornar possível graças ao espírito analítico, à capacidade de ordenação metódica e à habilidade dialética de Tomás de Aquino, que ele aliava a um profundo sentimento da fé cristã.

• Deus é o puro ato de existir, é o ser pleno, a perfeição pura, criador de tudo o que existe.

• Segundo Aristóteles, o conhecimento humano começa com os sentidos, porém os sentidos não são suficientes para conhecer plenamente Deus, logo, é necessario demonstrar racionalmente sua existência.

• As provas da existência de Deus (as cinco vias para Deus):

1. A prova do movimento: Tudo o que se move é movido por outra coisa, e este por outra, e assim por diante. Mas, é impossível continuar até o infinito, logo, deve haver um primeiro motor, causa de todo o movimento, que é Deus.
2. A prova da causa: Na série de causas das coisas, uma é causa da outra, também não podemos chegar ao infinito, logo, deve haver algo que é causa de tudo: Deus.

3. A prova da necessidade: Todos os seres são contingentes, ou seja, não são necessários, podem ou não existir. Se nada é necessário, como explicar a existência de tudo? Logo, deve haver um ser necessário que criou tudo: Deus.

4. A prova dos graus de perfeição: As coisas e as pessoas são mais ou menos perfeitas, há graus de perfeição nos seres, deve haver um ser que contenha em si o grau máximo de perfeição: Deus.

5. A prova do sentido: As coisas naturais devem ter algum sentido, alguma ordem, nada existe por acaso, por acidente, logo deve haver alguma inteligência superior responsável pela ordem do mundo: Deus.

Aula 7. A Summa Theológica de Tomás de Aquino.

• Gigantesca obra teológica, levou 8 anos para ser escrita (de 1265 à 1273). Consta de 611 questões explicadas em mais de 3.400 artigos, todos seguindo a mesma estrutura lógica. Foi considerada a maior sistematização teológico-filosófica da Idade média.

• A obra tem a seguinte estrutura lógica:

1. Questão segundo o senso comum.
2. Argumentos a favor da questão.
3. Argumentos contrários.
4. Solução da questão.
5. Resposta às objeções.

• Summa Theológica – parte I – De Deus em si mesmo.

o Questão II – Se Deus existe.

• Artigo I – Se a existência de Deus é evidente.
Parece que a existência de Deus é evidente.
a) Temos alguns conhecimentos naturais, Deus é natural.
b) Ao inteligir o nome de Deus, se entende o que é Deus.
c) Se algo é verdadeiro, sua existência também o é.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (João:14,6)

Mas, em contrário: não se pode pensar o contrário do que é evidente, podemos pensar que Deus não exista, logo, não é evidente.

Solução: Aa frase “Deus existe” é evidente, pois o predicado se identifica com o sujeito; mas, como não sabemos exatamente o que é Deus, sua existência necessita ser demonstrada.

Resposta às objeções:
1. Deus é a felicidade do homem, e o que naturalmente se deseja, se conhece. Mas, esta relação não é válida, pois as pessoas tem visões diferentes do que seja a felicidade.
2. Quem ouve o nome de Deus não o identifica como o ser real, só podemos entender o significado de seu nome no intelecto. Se a existência de Deus fosse evidente, não existiriam ateus.
3. A existência da verdade é evidente por si, mas não é evidente para nós, pois cada um pode ter a sua verdade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Resumos Filosofia ETIP 1º médio (3ºtrim)

Aula 1. O que é política? O que é poder?

• A palavra política vem do grego “ta polítika” e quer dizer originalmente negócios públicos dirigidos pelos cidadãos da pólis.

• Podemos definir política de três modos:

o Governo – Direção e administração do poder público sob a forma do Estado.

o Atividade especializada – Atividade de profissionais que se ocupam com o Estado, os ‘políticos’.

o Conduta na organização de uma instituição – Modo de administrar uma empresa, uma escola ou um grupo de pessoas. Nesse sentido podemos falar em uma poítica econômica, política estudantil, política sindical,…

A política foi inventada como o modo pelo qual os humanos regulam e ordenam seus interesses conflitantes, seus direitos e deveres enquanto seres que vivem em sociedade.

• A política determina as relações de poder.


• POLÍTICA - Conceitos relacionados: PODER e CONFLITO.

• A política não está desvinculada do cotidiano, não é uma atividade ‘a parte’ , ela está inserida em todas as relações sociais, seja na família, na escola, no trabalho, ou até mesmo em ambientes de lazer.

O Poder:

• Toda ação politica envolve poder, e toda circunstância em que o poder aparece é, de alguma forma, uma situação política, ou seja:

POLÍTICA = PODER

• O poder pode ser entendido basicamente como força para agir, esta força não precisa necessariamente ser física, pode ser psicológica, emocional, de caráter, …

• Qualquer meio que permita influenciar o comportamento de outra pessoa pode ser visto como poder. Por exemplo, alguns artistas tem o poder de arrastar multidões para assistirem seus shows, as propagandas tem o poder de induzir as pessoas a comprarem determinado produto.

• Quando falamos do poder público, ou seja, do governo, devemos ter em mente que o objetivo de qualquer atividade poítica deveria ser o bem comum, suas atitudes devem necessariamente visar o benefício das pessoas da comunidade governada. É aí que entra a ética, a responsabilidade no exercício do poder visando o bem comum.



Aula 2. As ideias políticas de Platão (Atenas, 428 – 347 a.C.)

• Platão foi discípulo de Sócrates desde os vinte anos de idade, possuía intensa admiração e respeito pelo mestre, considerando-o um dos homens mais sábios de toda a Grécia.

• Em 399 a.C. Sócrates foi julgado e condenado à morte pela assembleia ateniense com a acusação de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses.

• Platão, inconformado com a morte de seu mestre, faz severas críticas à Democracia de Atenas: como é possível que um sistema político condene a morte um de seus mais ilustres cidadãos?

• A atividade filosófica de Platão passa a ter um objetivo claro: Encontrar a comunidade perfeita, o sistema político ideal.

• Qual seria a base desta tal comunidade perfeita? A Justiça.

• Justiça: Para Platão, é justo que cada parte da sociedade cumpra uma função adequada à natureza de cada um, ou seja, se a pessoa tem um dom específico, ou mesmo muita facilidade de atuar em certa área, é justo que ela use seus talentos naturais em benefício próprio e da sociedade.

• Problema = Como saber a natureza de cada um? Através da Educação.

• A educação platônica deveria atuar no sentido de descobrir e desenvolver os talentos naturais de cada um, conhecendo assim a predisposição natural das pessoas, classificando-as de acordo com este critério.

Divisão social:

Classe produtora – os trabalhadores, agricultores, artesãos, …

Classe guerreira – os guardiões da cidade, os mais fortes.

Classe governante – Os melhores, os que se guiam pela razão.

Para Platão, somente o filósofo teria a disciplina moral e intelectual para governar, só ele teria acesso pleno à verdade, estando assim acima de qualquer lei, pois saberia distinguir as ideias corretas de justiça, bem, felicidade,…

• Fonte do poder = O conhecimento, a razão.


Aula 3. A política de Aristóteles (Macedônia, 384 – 322 a.C.)

• Discípulo de Platão desde os dezessete anos, foi considerado seu aluno mais brilhante, divergiu das ideias platônicas criando seu próprio sistema filosófico.

• Aos 41 anos torna-se preceptor (professor) do jovem Alexandre, o grande, filho do rei Felipe II, esta proximidade com os círculos do poder em um grande reino tornou-se uma rica experiência para Aristóteles.

• A política deve ter por objetivo o Bem comum e a Justiça.

• Justiça (ou excelência moral) – Disposição da alma para desejar e fazer o que é justo, bom e correto de forma habitual, é o exercício da virtude moral perfeita.


• O Justo – Para Aristóteles a justiça pode ser aplicada de várias formas: distributiva, participativa e
Corretiva, de acordo com a ocasião que se apresente. Deve ser regido pelo princípio da proporcionalidade, ou seja, a justiça se coloca como uma proporção justa, adequada, um meio-termo.

• Exemplos:
o Distributiva – É justo uma pessoa receber um salário proporcional ao tempo, ao esforço e às necessidades materiais de sua família.

o Participativa – É justo que todos os grupos sociais participem das assembléias, das decisões políticas, os grupos maiores têm direito a uma maior participação nas votações.

o Corretiva – É justo punir um infrator de forma proporcional ao seu crime, restaurando ou compensando a perda da vítima.

• Segundo Aristóteles, “o homem é um animal político.”, devido à sua natureza racional e ao domínio da linguagem.

• Fonte de poder – A virtude, a natureza virtuosa.

Aula 4. O pensamento político medieval.

• A política européia do período medieval foi marcada por uma forte influência da religião cristã e pela ascensão e domínio da Igreja Católica apostólica romana, detentora do poder teológico-político.

• A religião cristã é uma comunidade cujos membros formam o povo de Deus, que vive sob a Lei de Deus.

• Objetivo da política: O bem comum e a justiça, garantindo a salvação dos fiéis.

• Teoria do bom governo – Tem por base a idéia do rei-filósofo de Platão, o governante deve servir de exemplo para a comunidade, sendo um príncipe virtuoso. Nesta teoria, a justiça do reino depende das qualidades morais do governante. Exaltação das virtudes cristãs: fé, esperança e caridade.

• Teoria do direito divino dos reis – Os reis eram considerados representantes de Deus, se estão no poder é por que Deus assim o quis, logo, desobedecer ao rei equivale a pecar contra Deus.

• Principal questão política medieval: A oposição entre o poder espiritual, eterno (o papa) e o poder temporal, finito (o imperador).

• Se a fonte de poder é Deus, então os reis e imperadores devem obediência ao papa.

• Ex: o imenso poder do papa Gregório VII (1073-1085) em conflito com o imperador Henrique IV do Sacro império romano-germânico na chamada Questão das investiduras.

• Santo Agostinho (Numídia, 354 – 430).

• Professor de retórica em Cartago, converteu-se ao cristianismo aos 32 anos, tornando-se o Bispo de Hipona e um dos maiores teólogos da Igreja Católica, suas principais obras foram: “Sobre a Trindade”, “Confissões” e “A cidade de Deus”.

• Agostinho manteve os laços entre ética e política, concebendo o amor como fundamento da comunidade social perfeita, a Cidade de Deus, em oposição à busca dos prazeres terrenos da Cidade dos homens.
CIDADE DE DEUS ------------------------- CIDADE DOS HOMENS
Cidade perfeita ------------------------- Cidade imperfeita
Finalidade divina ------------------------- Finalidade terrena
Amor de Deus ------------------------- Amor de si
Desprezo de si ------------------------- Desprezo de Deus
A Igreja ------------------------- Roma
• As duas cidades, de Deus e dos homens convivem lado a lado nas cidades terrenas, ou seja, se referem ao estado de espírito dos fiéis

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Roteiro para TT Filosofia 3º médio ETIP

ROTEIRO PARA O TRABALHO TRIMESTRAL DE FILOSOFIA

3º Médio Acadêmico ETIP (2º trimestre - 2012)

Elaborar um paper com o seguinte tema:

Qual dos sistemas políticos clássicos estudados (Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau) é, na sua opinião, mais coerente para explicar o surgimento do Estado civil? Justifique.

1. Capa: de acordo com o padrão da escola.

2. Introdução: descrevendo o objetivo e a forma da exposição utilizada, ou seja, como pretende responder à questão, se vai explicar os três de uma vez, um por um, por tópicos,...

3. Desenvolvimento: Com as informações suficientes para o leitor entender as ideias principais de cada autor.

4. Conclusão: Dando a sua resposta à questão, afinal qual ou quais deles é mais coerente?

5. Bibliografia: Fontes pesquisadas, em caso de pesquisa na internet, colocar o site específico e a data do acesso ( Não colocar Google como fonte!)


Bom trabalho!

Prof. Élio Augusto

Resumo sociologia 2º médio ETIP

Aula 5. As origens e o desenvolvimento da atual crise econômica mundial.

• 2001 – 2003 –

• O Banco central dos E.U.A. (Fed) baixa a taxa de juros de 6,5% para 1,75% ao ano com o objetivo de estimular a economia norte-americana. Todos pagam menos por empréstimos e financiamentos, podem assim investir e consumir.
• O mercado imobiliário dos E.U.A. expandiu-se rapidamente, um grande número de pessoas das classes populares fizeram empréstimos para comprar a casa própria, a indústria da construção civil aumentou a oferta, buscando captar esses recursos.
• Os bancos que emprestaram dinheiro emitem títulos e negociam com outros bancos, e estes com outros, multiplicando o valor dos papéis.

• 2004 – 2007 –

• Em outubro de 2004, o Fed começou a elevar a taxa básica de juros para captar recursos para diminuir o endividamento dos E.U.A. gerado pelos enormes gastos com as guerras do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). Aa taxa subiu para 5,25%.
• As prestações das casas e dos empréstimos subiram muito, provocando enorme inadimplência; os bancos começaram a despejar os moradores que não pagavam, recolocando os imóveis à venda; mas começaram a sobrar imóveis no mercado e o preço deles despencou.
• A queda do valor dos imóveis e a inadimplência derrubaram o valor dos títulos bancários, gerando uma crise financeira. O governo dos E.U.A. injetou dinheiro tentando conter as falências.

• 2008 – 2012 -

• Mesmo com as medidas do governo, o maior banco de investimentos dos E.U.A., O Lehman Brothers quebrou e levou consigo várias instituições financeiras e de crédito.
• Os investidores internacionais retiraram o dinheiro investido em imóveis e colocaram nas commodities (milho, trigo, soja,...); o aumento da procura provocou alta nos preços, o encarecimento do preço da comida levou mais de vinte países pobres ( quase todos da África) a enfrentarem uma crise de escassez de alimentos.
• O mercado suspendeu as operações de crédito, sem crédito, as indústrias pararam de investir e os consumidores pararam de comprar, comprometendo o comércio mundial.
• Os mais afetados pela crise foram: os países da União européia, a Coréia do sul, a Suécia,....
• Os chamados países emergentes ( entre eles o BRIC), foram menos afetados, pois suas economias não estavam fortemente atreladas à economia dos E.U.A..

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Resumo sociologia agosto 3º médio ETIP

Aula 4. A Escola de Frankfurt

• Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.

• Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das idéias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).

• Principais influências:
o marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).
A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).

• Nomes:
* Max Horkheimer (1895-1973).
* Theodor Adorno (1903-1969).
* Walter Benjamim (1892-1940).
* Herbert Marcuse (1898-1979).
* Jurgen Habermas (1929- )
* Erich Fromm (1900-1980).

• Questões

* Entender as relações que movimentavam as massas.
* Análise crítica dos meios de comunicação.
* Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
* Crítica à ideologia capitalista.

• Conceitos:

1. Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.

2. Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.

A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.

No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar.

• A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
1. Expressão do talento do autor ----- reprodução repetitiva.
2. Momento de criação ----- produtos para o consumo rápido.
3. Experimentar o novo ----- consagrar o padrão.
4. Provocar, chocar, incomodar ----- lazer e diversão, satisfazer os sentidos


• A análise dos meios de comunicação:

• Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.

• A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:

o Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.
o Falta de localização temporal – Perda da relação causa/conseqüência. Só existe o “Agora”.


A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.


• Efeitos da mídia:
* Inversão entre a realidade e a ficção.
* Dispersão da atenção, criando o hábito de pensar fragmentado.
* Infantilização do público, que não suporta a distância temporal entre o
desejo de consumir e a satisfação dele.
* Autoritarismo – Intimidação social, com os especialistas que nos ensinam a viver.

• Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.

Resumo sociologia Agosto 2º médio

• Conceitos econômicos

• Consenso de Washington – Reunião entre os líderes mundiais para decidir o futuro político e econômico do mundo no pós-guerra (1944), suas principais decisões foram: a criação do FMI (Fundo monetário internacional), liberalização econômica e a adoção do dólar dos EUA como padrão financeiro mundial.

• Reservas monetárias – Quantidade de dólares guardados no Banco central de um país, é usado pelos governos para regular o fluxo de dinheiro e para o equilíbrio das taxas de câmbio.

• Taxas de câmbio – Basicamente é o custo do dinheiro, ou seja, quanto deve-se pagar para comprar/vender dólares ou outra moeda. É estipulado pelos governos com base na “Lei da oferta e da procura” e reflete a competritividade do país no mercado mundial.

• Câmbio flutuante – Valor de troca variável.

• Política monetária – É a maneira com o governo de um país administra o valor de seu dinheiro e das operações financeiras, pode ser mais cautelosa ou mais agressiva.

• Remessa de lucros – Dinheiro que as multinacionais enviam à suas matrizas em outros países.

Se houver uma procura (demanda) muito grande de moeda, por exemplo por causa do crescimento da economia, ela se tornará escassa e as pessoas estarão dispostas a pagar um
preço maior para poder adquiri-la ( mais juros).




• Aumento de juros :

* Aumento das reservas monetárias, pois atrai investidores.
* Diminui o consumo interno, devido ao crédito mais caro.
* Possibilita um maior controle da inflação.
* Aumenta o lucro dos exportadores.

• Queda de juros :

* Aumento dos investimentos produtivos.
* Aumenta o consumo interno, devido ao crédito mais barato.
* Risco de aumento da inflação.
* Aumenta o lucro dos importadores.

Obs: A taxa de juros básica é a mesma tanto para compra quanto para a venda de produtos.


Exemplo prático:

1. Suponha que um produtor de café no Brasil venda parte de sua produção para os E.U.A., ao concretizar a venda, ele recebe o pagamento em dólares, que para serem usados no Brasil devem ser trocados por reais (para pagar funcionários, impostos, ou comprar produtos). Se muitos produtores estão exportando significa mais oferta de dinheiro, ou seja, mais pessoas estarão vendendo dólares, o preço cai.

2. Imagine uma empresa que importa tecnologia, essa empresa compra máquinas no exterior e deve pagar em dólares, para isso ela deve trocar reais por dólares. Se muitas pessoas estão comprando dólares, aumenta a demanda (procura), o preço sobe.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Conteúdo das RCs e das POs do 2º trimestre ETIP

Conteúdo das RCs e das POs do 2º trimestre ETIP 2012

1º médio – Filosofia

• Ética e moral.
• Os valores.
• Moral e justiça.
• As emoções humanas.
• A ética materialista dos antigos gregos.
• A ética cristã.
• A ética racionalista de Spinoza.

1º médio – Sociologia

• O que é cultura?
• Símbolos culturais.
• O relativismo cultural.
• A cultura brasileira.

2º médio – Filosofia

• Filosofia antiga: Sócrates de Atenas.
• Sócrates: vida e obra, os sofistas, missão, o método socrático, julgamento.
• Filosofia antiga: Platão de Atenas.
• Platão: vida e obra, a realidade platônica, a alegoria da linha dividida, o mito de Er e o mito da caverna.

2º médio – Sociologia

• Sociologia econômica.
• Panorama geral da Globalização.
• A economia mundial: os blocos econômicos.
• A economia mundial: o comércio mundial, o BRIC.
• A economia mundial: OMC e conceitos econômicos.
• As origens da atual crise econômica mundial.

3º médio – Filosofia

• Estética: definição e conceitos relacionados.
• Estética: a reflexão estética, a arte e a natureza, a arte e o ser humano.
• Filosofia política: Thomas Hobbes.
• Filosofia política: John Locke.
• Filosofia política: Jean-Jacques Rousseau.

3º médio – Sociologia

• Sociologia clássica: Max Weber.
• Max Weber: vida e obra, ação social.
• Max Weber: a análise do capitalismo, classes sociais.
• A escola de Frankfurt: origens, objetivos e principais nomes.
• A escola de Frankfurt: principais questões.
• Conceitos: a cultura de massas e a indústria cultural.
• Análise dos meios de comunicação e dos efeitos sociais da mídia.


Resumo filosofia agosto (2) 3º médio Etip

Aula 7. A teoria política de Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 1712-1778)

• Nasce na Suíça em uma família protestante, sua mãe morreu no parto e seu pai o abandonou aos dez anos, passa a levar uma vida errante, seu maior prazer eram os livros.

• Conviveu com os filósofos franceses Condillac e Diderot e com o inglês David Hume.

• A partir dos 45 anos começa a manifestar sinais claros de desequilíbrio mental, com sinais claros de desequilíbrio mental ( mania de perseguição), escreve suas obras com enorme carga emocional.

• Principais obras: Discurso sobre as ciências e as artes, Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, Nova Heloísa, Emílio, O contrato social.

• Conceitos e idéias:

1. Estado de natureza – É um estado de plena felicidade, aonde os homens vivem de forma pacífica e independente, praticando uma bondade natural (idéia que deu origem ao mito do bom selvagem).

2. Para Rousseau, a corrupção humana começou com o advento da propriedade privada e com a instituição da sociedade. A sociedade em geral é marcada pela insegurança e pela violência, por causa das disputas por riquezas e poder.

3. A solução deste problema seria a realização de um contrato social, aonde os homens renunciariam ao seu poder em favor da Vontade geral, que é a união das vontades individuais em torno de interesses em comum.

4. Estado civil – É uma associação de homens livres formando um corpo coletivo, moral, que obedece as leis que prescreve para si mesmo. O governo nada mais é do que a expressão física desta vontade geral.

5. Segundo Rousseau, só a soberania popular é absoluta, perfeita e legítima. Porém, para que a população possa exercer este poder de forma adequada precisa necessariamente ser instruída, logo, no Estado de Rousseau, a educação exerce um papel fundamental.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Resumo Filosofia Agosto 3º médio Etip

Aula 6. As ideias políticas de John Locke (Inglaterra, 1632-1704)

• Viveu na Inglatera durante o conturbado século XVII, períiodo de governo da dinastia Stuart, neste período ocorre a guerra civil, o governo de Cronwell e a revolução gloriosa.

• Todo o século XVII ficou marcado pelos constantes conflitos entre a autoridade real e a autoridade do parlamento, além de conflitos religiosos entre católicos e protestantes.

• Principal problema político enfrentado por Locke = dar legitimidade às aspirações da burguesia ao poder político contra a influência da nobreza e do clero.

• Principais obras: Carta sobre a tolerância, os dois tratados sobre o governo civil e o ensaio sobre o entendimento humano.

• Conceitos:

1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil, os homens nascem livres e iguais, todos tem o poder de punir os que forem contra o direito natural. ( este poder é necessário, pois os homens tendem a beneficiar a si mesmos e aos seus amigos e parentes).

2. Direito natural – Os homens tem naturalmente o direito a vida, a liberdade e a propriedade; estes bens necessários são válidos desde que sejam conseguidos através do trabalho, ou seja, o trabalho é a origem e o fundamento da propriedade.

3. Estado – Formado a partir de um contrato ( ou pacto) entre homens livres e iguais criando uma força coletiva para a execução das leis naturais.

• Para Locke as funções do Estado são:

1. Garantir o Direito natural, em especial a propriedade. ( esta ideia dá origem ao Liberalismo, nele o Estado deve respeitar a liberdade econômica dos proprietários).

2. Servir de árbitro dos conflitos da sociedade civil através da lei e da força.

3. Garantir a liberdade de consciência, ou seja, de pensamento, incluindo aí a tolerância religiosa.

• Esta teoria acaba por transformar o soberano no agente executor da soberania do povo, que tem o direito de se rebelar contra um eventual governo tirano.

• As ideias de Locke influenciaram os iluministas da Revolução francesa e os revolucionários norte-americanos que lutaram pela independência dos E.U.A.. Suas teses estão na base das democracias liberais.

Resumos Filosofia agosto 1º médio Etip

Aulas 6/7. Os grandes sistemas éticos da história.

1. A ética materialista dos antigos gregos.

• Para os antigos gregos, a ética é um saber prático, para este saber, o agente, a ação e a finalidade de agir são inseparáveis.
• Princípios da vida moral:

1. Por natureza aspiramos ao bem e a felicidade, só atingidas pela virtude (grego: areté).
2. A virtude é uma força interior do caráter, consiste na escolha consciente do bem.
3. A conduta ética se refere ao que é possível e desejável para nós.
4. A ação virtuosa é conseguida agindo conforme a razão (que conhece o bem) e a natureza
( o Cosmos e a humana).
5. Julgamos uma ação ética pelos seus efeitos materiais, ou seja, pelas consequências reais.
6. Dedicar-se ao conhecimento do bem é o que determina uma atitude ética.

2. A ética cristã.

• O cristianismo é uma religião individual que se define pela fé num único Deus.
• A vida ética não se define por sua relação com a sociedade, mas por sua relação espiritual e interior com Deus.
• As principais virtudes cristãs são: a fé e a caridade.
• Livre-arbítrio: o primeiro impulso humano é para o mal, pois somos fracos para resistir às tentações, a vontade humana é impotente, precisa do auxílio divino.
• Qual é este auxílio divino? A lei divina revelada, expressa pelo texto bíblico.
• O cristianismo introduz na moral o conceito de Dever; temos o dever de obedecer a Lei divina, pois a revelação define eternamente o que é o Bem e o mal, a virtude e o vício, a salvação e o castigo.
• Este dever não se refere apenas às ações, mas às intenções, que passam a ser julgadas eticamente, ou seja, a intenção de fazer o mal, mesmo sem agir já é pecado.
• O cristianismo oferece um caminho seguro para a vontade fraca superar suas limitações e conseguir a salvação da alma.

2. A ética racionalista de Baruch de Spinoza ( Holanda, 1632-1677).

• As paixões humanas não são nem boas, nem más, são apenas naturais, sendo as principais a alegria, a tristeza e o desejo.
• Conatus – Desejo de auto-conservação, instinto de sobrevivência, poder para existir.
• As paixões alegres ( amor, esperança, piedade,…) aumentam o Conatus, as paixões tristes ( ódio, orgulho, inveja, medo,…) diminuem o Conatus.
• É possível vencer as paixões negativas pelas positivas modificando a direção do desejo rumo a objetos que aumentem a força do Conatus.
• Ter virtude é ser a causa interna das ações, dos pensamentos e dos sentimentos.
• Ter vícios significa submeter-se às paixões, deixar-se dominar por causas externas.
• Para Spinoza, o bem e o mal não existem de forma absoluta, são palavras que usamos para classificar a maneira como as coisas nos atingem.
• Ser ético é ser livre, o homem livre é aquele que, conhecendo as leis da natureza e as do seu corpo, não se deixa vencer pelo exterior, mas sabe dominá-lo, ser a causa de si mesmo.
• Spinoza prega o amor intelectual de Deus, ou seja, a paixão positiva guiada pela consciência de nosso ser na compreensão de Deus, isto é, da totalidade. Deus é a natureza.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Resumo Filosofia agosto 2º médio ETIP

Aula 5. Platão de Atenas (428 – 347 a.C.)

• Discípulo de Sócrates desde os 20 anos.

• Crítica à democracia ateniense após o julgamento de Sócrates.

• Escreveu 34 diálogos e 13 cartas, a maioria dos diálogos tem Sócrates como personagem principal.

• principais diálogos: A República, Eutífron, Críton, Fédon, o banquete,...

• O conhecimento sensível é fonte de erro devido à natureza imperfeita, instável e corruptível da matéria.

• Os objetos e as ações humanas são limitados, não chegam a contemplar as ideias plenas e perfeitas.

• Platão divide a realidade em dois níveis:

1. O mundo sensível - material, cópia imperfeita

2. O mundo inteligível - Ou mundo das ideias, o reino das formas, o ser.

• Platão utiliza mitos e alegorias para demonstrar suas teorias, em seus diálogos três mitos são destacados:
o A alegoria da Linha dividida.
o O mito de Er, ou a teoria da reminiscência.
o O mito da caverna.

1. A alegoria da linha dividida:




2. O mito de Er, ou a teoria da reminiscência:

Este mito, relatado no livro X da "República", conta a história de Er, um guerreiro que após morrer em batalha obteve permissão para voltar à vida, contando aos vivos o que se passava no além.
Segundo ele, as almas passavam por um processo aonde poderiam escolher a vida que teriam na Terra, após a escolha, esta era gravada na alma, tornando-se assim o destino desta alma, após isso era necessário passar pelas águas do rio Lethe, para esquecer a escolha feita.
Platão utiliza este mito para explicar nossa passagem pelo mundo das ideias e como não podemos fugir das consequências de nossas escolhas, devemos pois escolher sempre o bem.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Resumo Filosofia 3º médio ETIP

Aula 1. A filosofia política de Thomas Hobbes (Inglaterra, 1588-1679)

• Formado em Oxford, esteve exilado na França durante a ditadura de Crownwell, conheceu Galileu, foi contemporâneo de Descartes e secretário de Francis Bacon.

• Sua principal obra: “O Leviatã”, publicada em 1651.

• Hobbes reuniu ideias do Racionalismo e do empirismo, partilhava do mecanicismo, rejeitando explicações metafísicas.

• Conceitos importantes:

1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil.

2. Direito natural – É a liberdade que cada homem possui para usar seu próprio poder para a preservação de sua vida.

3. Estado – Homem artificial formado pela união de uma multidão em uma só pessoa, um soberano que representa a união das vontades da multidão.

• Teses de Hobbes:

1. Os homens são por natureza iguais, tem os mesmos desejos, procurando superar-se reciprocamente, tornando-se egoístas e violentos, capazes de qualquer coisa para conseguir seus objetivos.
2. No estado de natureza a vida humana é miserável, pois não há garantia nenhuma de sobrevivência e nem da satisfação dos desejos, é a guerra generalizada de todos contra todos. “O homem é o lobo do homem.”
3. A única maneira de garantir a vida humana e a satisfação pessoal é através da renúncia dos homens ao direito natural em favor de um poder suficientemente forte para garantir os pactos.
4. A sociabilidade humana não é natural, só é alcançada através de um pacto ou contrato em que a multidão confere força e poder absoluto a um soberano, com o objetivo de assegurar a paz e a prosperidade do grupo, formando assim o estado (o Leviatã – monstro bíblico).

• As teorias de Thomas Hobbes serviram de base para o Absolutismo europeu, muitos monarcas viram em suas ideias a justificativa racional para a centralização excessiva do poder em suas mãos.

Resumo Sociologia 3º médio ETIP

Aula 1. A sociologia de Max Weber (Alemanha, 1864-1920)

• Professor universitário, desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e economia.

• Principais obras: A ética protestante e o espírito do capitalismo. (1905).
Economia e sociedade. (1922).

• Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades.

• Funda a chamada “sociologia compreensiva”, de caráter racionalista, considerando a ação individual como ponto de partida para a compreensão da realidade social.

Ação Social : Conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo, que orienta o agente de acordo com o comportamento dos outros, ou seja, o seu caráter social. Segundo Weber, há quatro tipos ideais, ou puros de ação social:

1. Racional com relação a um objetivo : Projeto para agir. Ex: Um professor planejando a aula, um engenheiro desenhando a planta de um prédio.
2. Racional com relação a um valor : Fidelidade a valores políticos, religiosos. Ex: um capitão que afunda com seu navio, um ataque terrorista.
3. Emocional ou afetiva: Reação emocional por medo, inveja, vingança,… Ex: brigas de torcidas.
4. Tradicional : Ação por hábitos, crenças ou costumes. Ex: participar de cerimônias de casamento, funeral.

A sociologia de Weber busca compreender a ação social através do sentido que o sujeito atribuiu à sua própria ação, ou seja, quer entender o sentido subjetivo das condutas sociais.

• Weber analisa as regras e normas sociais como resultado do conjunto de ações individuais, das decisões pessoais. Ex: Uma religião existe por que muitas pessoas adotam estes valores, uma campanha comunitária acontece através da decisão pessoal de cada participante.

A análise do capitalismo :

• A expansão do capitalismo moderno, cujo início ocorreu no século XIV com o renascimento comercial só foi possível a partir da expansão da religião protestante, em especial o Calvinismo, que pregava:

o Ter lucro não era mais pecado, a usura era permitida.
o O trabalho é o meio mais eficiente para se atingir a graça divina, a Salvação.
o O ascetismo é valorizado, deve-se ter disciplina e auto-controle.
o A prosperidade material é uma prova da predestinação, ou seja, algo que indica que Deus escolheu certa pessoa para ser salva.


O protestantismo proporcionou a formação de uma nova mentalidade, um conjunto de valores e hábitos fundamentais que criaram um ambiente propícios a expansão do capitalismo.

Obs: A reforma de Lutero teve início em 1517, e o Calvinismo surgiu em 1534.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Resumo Sociologia 2º médio ETIP

Centro Educacional ETIP

Aula 3. O comércio mundial.

• Atualmente 10 países, do total de 196, concentram 52% do comércio mundial.

Comércio Mundial: (1.EUA: 10,6%, 2.China: 9,7%, 3.Alemanha: 7,6%)
PIB (Em bilhões de US$): (1.EUA. 15.094,0, 2.China. 7.298,1, 3.Japão. 5.869,4)
IDH – 2011:(1. Noruega. 0,943, 2.Austrália.0,929, 3.Holanda. 0,910)

BRASIL: Comércio mundial - 1,4% (19º), PIB - 2.492,9 (6º), IDH - 0,718 (84º)

Classificação econômica dos países do mundo.

• G-7 : Os 7 países mais ricos do mundo. ( E.U.A., Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá). (Com a Rússia, forma o G-8).


* BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China.
* Emergentes: México, África do sul, Austrália, Coréia do sul, Indonésia, Turquia, Arábia Saudita e Argentina.
• G-20 : Os países do G-7, mais o Bric e os emergentes.
* Representa aprox. 85% do PIB mundial, possui 66% da população mundial. e participa com aprox. 80% do comércio mundial.


• Nessa competição desenfreada pelo maior espaço no mercado mundial, os países usam alguns recursos para garantir seu crescimento:

1. Barreiras alfandegárias – Tarifas de importação elevadas para proteger a economia nacional.

2. Outras barreiras – Técnicas (padrão de qualidade), sanitárias (condições de saúde) e ambientais (ameaças ao meio-ambiente).

3. Subsídios – Auxílio financeiro, dirteto ou indireto, concedido pelo governo de um país a produtores, por diversos motivos, buscando tornar-se mais competitivo nos mercados local e global.


• OMC – Organização Mundial do Comércio
(WTO – World Trade Organization)


• Fundada em 1995 por 125 países, em maio de 2012 são 155 membros; a organização surgiu após quase 50 anos de negociações, que tiveram início em 1947 com o GATT (Acordo geral de tarifas de comércio) assinado por 23 países.

• Função – Regular a rorma como os países realizam operações de compra e venda de bens e serviços, promovendo o livre comércio; estipular regras para o comércio mundial, funcionando também como um fórum de discussões e de disputas econômicas.

• Rodadas de negociação – Reuni~]oes periódicas para tratar de determinadas assuntos. Rodada atual : Doha, no Catar, de 2001 a 2006 (suspensa, sem acordo), em 2010 houve uma tentativa de reabrir a rodada).

• Foco atual – Reclamação de países emergentes contra os subsídios concedidos Pelos E.U.A., pela União Européia e pelo Japão a seus produtores agrícolas.

• Em 2004, o Brasil entrou com processo contra o subsídio dos EUA aos produtores de algodão, a OMC deu ganho de causa ao Brasil em 2010.

• Até dezembro de 2011, o Brasil já havia entrado com 25 processos de acusação, tendo que se defender de 14 processos e participado de 67 mediações.

• Outros focos – Questão da propriedade intelectual (Lei de Patentes), biodiversidade (Transgênicos).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

ETIP - Centro educacional
Conteúdo das RCs de Filosofia e de Sociologia.( mesmo conteúdo das POs).

3º médio - Filosofia: (RC. 16/04, PO . 07/05).
  • A Metafísica (origem, definição e principais questões).
  • Conceitos metafísicos fundamentais.
  • A análise das essências metafísicas.
  • Teoria do conhecimento (definição, questões, fontes e formas do conhecimento).
  • Epistemologia: definição, método.
  • Como surgem as teorias científicas.
  • A ciência do século XVII.
  • O Racionalismo, o Empirismo e o Criticismo.
3º médio - Sociologia: (RC. 20/04, PO . 25/04).
  • Sociologia: definição, marco histórico, funções.
  • As grandes correntes da Sociologia.
  • Auguste Comte e a fundação da Sociologia.
  • A Sociologia de Émile Durkheim.
  • As ideias sociológicas de Karl Marx.
ETIP - Centro educacional
Conteúdo das RCs de Filosofia e de Sociologia.( mesmo conteúdo das POs).

2º médio - Filosofia: (RC. 16/04, PO . 07/05).
  • As áreas da Filosofia.
  • A Lógica Aristotélica: função e principais características.
  • Os três princípios lógicos fundamentais.
  • O quadrado dos opostos de Aristóteles.
  • O silogismo científico.
  • A lógica simbólica e o cálculo proposicional.
2º médio - Sociologia: (RC. 18/04, PO . 25/04).
  • Introdução à Sociologia política(definição, função).
  • Definição de política.
  • O sistema político brasileiro: os três poderes.
  • O caminho para se aprovar uma lei no Brasil.
  • Histórico das eleições no Brasil( colônia, império e república).
  • Partidos políticos e ideologias.
ETIP - Centro educacional
Conteúdo das RCs de Filosofia e de Sociologia.( mesmo conteúdo das POs).

1º médio - Filosofia:    (RC. 16/04, PO . 07/05).
  • Introdução à Filosofia (crenças silenciosas, atitude filosófica, definições).
  • Os mitos e o senso comum.
  • Conceitos de Escolha, Ideia e Liberdade. (de acordo com a questão-chave).
  • Questão-chave: Se o que determina nossas escolhas de vida são as ideias que temos, então, o que determina essas ideias? Somos realmente livres para pensar e a partir daí fazermos nossas escolhas?
1º médio - Sociologia:    (RC. 20/04, PO . 25/04).
  • O que é Sociologia? (definição e utilidade).
  • O papel do estudante na sociedade atual.
  • Como surgiu a Sociologia?
  • Os primeiros sociólogos e os "fatos sociais".
  • Ciência e sociologia.
  • Grupos e tribos.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Apresentação do Blog

Olá, galera!
Temos agora mais um canal para troca de informações úteis e interessantes.
Resumos de aula, dicas de estudo e de pesquisa, exercícios de vestibulares e cronograma de atividades.
Quaisquer sugestões e dicas serão bem vindas!
Use e abuse do blog, pois este espaço é seu!!
Abs
Prof. Élio Augusto