quarta-feira, 4 de março de 2015

Resumo Filosofia 2º médio ETIP (1º trim)

Aula 1. O exercício do filosofar e as áreas da Filosofia.

• Filosofar é refletir, indagar, duvidar, criticar, argumentar, porém não basta apenas soltar livremente o pensamento, é preciso entender a filosofia como organização sistemática do pensamento, com método próprio de investigar.

• A Filosofia é uma reflexão que deve ser: Rigorosa, Sistemática e Consistente.

Obs: Ler textos da apostila 5, páginas 2 e 3.

• As áreas da Filosofia:

1. Filosofia/teoria do conhecimento = Estuda as origens e as características do conhecimento humano, como conhecemos? Quais os fundamentos do conhecimento?

2. Filosofia da ciência/ Epistemologia = Estuda as características do conhecimento científico, seus métodos, procedimentos e validade.

3. Ética e moral = Estuda os valores e as regras morais, incluindo a consciência moral, a liberdade de escolha e a responsabilidade.

4. Estética = Estuda a natureza e o valor das artes e do conceito de beleza, da harmonia das formas e do prazer estético.

5. Filosofia política = Estuda as relações de poder, as formas de governo e suas implicações, abrange os conceitos de cidadania, democracia, Estado.
Obs: Para os itens acima, ler texto da apostila 5, página 4.

6. Lógica = Estuda os tipos de raciocínio, a validade deles e as regras utilizadas para verificar a verdade ou a falsidade das ideias.

7. Metafísica = Estuda o ser, a essência das coisas, os fundamentos e as causas da realidade.

8. Filosofia da História = Estuda os fundamentos das várias concepções de história, da evolução da cultura humana e da noção de progresso.

9. Filosofia da linguagem/ analítica = Estuda os limites e as possibilidades das várias formas de linguagem e dos processos de significação, expressão e comunicação.

10. História da Filosofia = Estuda as origens, os períodos, os conceitos e as teorias produzidas pelos filósofos.

Extraído de: Chauí, Marilena. Convite à filosofia, Ed. Ática, São Paulo, 1995.


Aula 2. Introdução à Lógica clássica.

• A expressão “é lógico que…” indica para nós e para a pessoa com quem estamos falando que se trata de uma coisa evidente, óbvia, e portanto inquestionável.


• As palavras lógica e lógico ( origem grega: palavra, razão) são usadas por nós para significar:

o Uma inferência: Se conheço algo, posso concluir que…
o Uma coerência: Se algo é assim, então é preciso que…
o Uma não contradição: Se algo é assim, não é possível que não seja assim.
o Uma conclusão: Para entendermos algo é preciso conhecer seus antecedentes.

• A Lógica foi criada na Grécia antiga por Aristóteles (384 – 321 a.C.) como um instrumento para verificar a validade dos raciocínios, foi chamada por ele de Filosofia analítica.

• As principais características da lógica são:

o Instrumental = É um instrumento para pensar corretamente.
o Formal = Ocupa-se com a forma do raciocínio e não com o conteúdo.
o Normativa = Fornece princípios, leis e normas do pensamento verdadeiro.
o Doutrina da prova = Permite comprovar a veracidade de um raciocínio.
o Geral e atemporal = É universal e necessária, portanto exata.

• A Lógica formal tem por objetivo estudar as proposições, que são frases que expressam um juízo, que é o ato de concordar/discordar, afirmar/negar algo. Por exemplo:
o Susana é professora. ( S é P, onde S = sujeito e P = predicado).
o Alexandre não é casado. ( S não é P).

Obs: Ler texto da apostila 5, página 6.

Aula 3. A Lógica Aristotélica.

• O elemento básico da lógica de Aristóteles é o Silogismo (raciocínio), que se constitui de:

o 1ª premissa - Todo homem é mortal.
o 2ª premissa - Sócrates é homem.
o Conclusão - Logo, Sócrates é mortal.

• Sendo que a conclusão deve, necessariamente decorrer da combinação das duas premissas, que precisam ser evidentes por si mesmas.

• Os três princípios lógicos fundamentais:

Princípio de identidade = Um ser é sempre idêntico a si mesmo.
( A é A) ou ( A = A).
Princípio da não-contradição = É impossível que um ser seja e não seja idêntico a si mesmo ao mesmo tempo e na mesma relação. (A é A e A não é A = impossível).

Princípio do terceiro excluído = Dadas duas proposições com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, sendo uma afirmativa e outra negativa, uma delas é necessariamente Verdadeira e a outra necessariamente Falsa, não havendo uma terceira possibilidade. ( A é A ou A não é A)

• Exemplos:

o Todos os gatos são animais.
o As aves são animais.
o Logo, todos os gatos são aves.
(Incorreto, pois fere o princípio de identidade.)


* Nenhum professor é bonzinho.
* Asdrúbal é professor.
* Logo, alguns professores são bonzinhos.
(Incorreto, pois fere o princípio da não-contradição.)


Aula 4. O quadrado dos opostos da Lógica medieval e o silogismo científico.

• Os lógicos medievais criaram uma figura conhecida como o quadrado dos opostos, que busca sistematizar as relações entre proposições, ou seja, como se relacionam entre si os quatro tipos básicos de proposições.







OBS: Nos casos das proposições contraditórias, quando uma é verdadeira a outra é sempre falsa, e vice-versa.


O silogismo científico.


• Para que um silogismo possa ser considerado válido ou científico deve obedecer quatro regras, conforme elas as premissas devem ser:

o Verdadeiras – E não apenas possíveis.
o Primárias – Indemonstráveis, óbvias.
o Inteligíveis – São evidentes, entendíveis.
o Causa – Causa necessárias da conclusão.

Exemplos:
1ª premissa – O todo é um conjunto inteiro. (verdadeira, óbvia e entendível)
2ª premissa – O conjunto inteiro é formado por partes. (verdadeira, óbvia e entendível)
Conclusão – Logo, o todo é maior do que as partes. (surge da combinação das premissas)

1ª premissa – As retas r e p são paralelas. (verdadeira, óbvia e entendível)
2ª premissa – As paralelas nunca se tocam. (verdadeira, óbvia e entendível)
Conclusão – Logo, as retas r e p nunca se tocam. (surge da combinação das premissas)

Aula 5. A lógica simbólica.

• A matemática possui símbolos próprios, inconfundíveis, universais; a Lógica também deveria ser uma linguagem perfeita, totalmente purificada das ambiguidades da linguagem cotidiana.

• Segundo o alemão Leibniz e o inglês Hobbes, “o raciocínio é um cálculo”, ou seja, quando raciocinamos, simplesmente somamos, subtraímos, multiplicamos ou dividimos ideias, cabendo à Lógica estabelecer as regras universais desse cálculo.

• O matemático alemão Gottlob Frége (1848/1925) contruiu uma linguagem simbólica artificial baseada em símbolos e regras gerais.

• Símbolos:
o Ʌ = e.
o V = ou.
o → = se … então, ou implica em…
o ↔ = se e somente se…
o ≈ = não.
o Є, Ɇ = pertence, não pertence.

Exemplos:
Todo homem é mortal. ( A Є B)
Sócrates é homem. ( X Є A).
Logo, Sócrates é mortal. (X) ( X Є A) ( X Є B). (Lê-se: para todo X, X pertence a A implica que X pertence a B).

Se Deus existe, o mal não existe.
Mas, o mal existe.
Logo, Deus não existe.

(A ≈ B), (mas B) (logo, ≈ A).

• A lua é quadrada e a neve é branca. (A Ʌ B).
• A lua é quadrada ou a neve é branca. (A V B).
• Se a lua é quadrada então a neve é branca. ( A B).
• A lua é quadrada somente se a neve é branca. (A B).
• A lua não é quadrada. (≈ A).

Aula 6. O cálculo proposicional.

• A lógica moderna transforma uma proposição em uma equação entre um sujeito e um predicado.

• O cálculo proposicional consiste em estabelecer os procedimentos pelos quais podemos determinar a verdade ou a falsidade de uma proposição, de acordo com sua ligação com outras proposições.





Aula 7. Organização do pensar.

• O exercício do pensamento produz ideias que podem vir da intuição ou do raciocínio, o raciocínio lógico adota alguns procedimentos:
- Dedução, indução, análise, síntese e analogia.

OBS: Para uma explicação mais detalhada ler o texto da apostila 5, páginas 12, 13 e 14.




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