domingo, 17 de maio de 2015

Resumos Sociologia 2º médio ETIP (2ºtrim)

Aulas 1, 2 e 3. A Globalização e a economia mundial.

  • Globalização: Processo de integração das diversas partes do globo através dos avanços tecnológicos, principalmente nos transportes e nas telecomunicações, que permitem encurtar as distâncias e , com isso, quebrar o isolamento das diferentes sociedades. Processo iniciado no final do século XV com as grandes viagens marítimas européias.

  • Hoje, a globalização é o processo de integração econômica produzido pelas grandes companhias industriais, comerciais e financeiras do capitalismo mundial, as chamadas multinacionais.

  • Os blocos econômicos:

    1. Área de livre-comércio – Acordo que visa a adoção progressiva de tarifas alfandegárias comuns entre os países do bloco, com a redução ou eliminação dessas tarifas. Ex: NAFTA.
    2. União aduaneira – É uma área de livre-comércio cujos países membros também adotam tarifa externa comum, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de importação de terceiros. Ex: MCCA.
    3. Mercado comum – É um acordo mais amplo no qual, além de serviços e mercadorias, também permite a livre circulação de pessoas, bens e capitais. Ex: Mercosul.
    4. União econômica e monetária – É quando os países de um mercado comum concordam em adotar uma moeda comum e alinhar suas políticas econômicas. Ex: União européia (adotam o Euro desde janeiro de 2002).

  • O comércio mundial:
·         Atualmente 10 países, do total de 196, concentram 50,8% do comércio mundial.

COMÉRCIO
MUNDIAL

Em %
PIB
(FMI – 2013)
Em bilhões
de US $

IDH – 2014

Entre 0 e 1
1. China
11,0%
1. E.U.A.
16.800,0
1. Noruega
0,944
2. E.U.A.
10,3%
2. China
9.240,3
2. Austrália
0,933
3. Alemanha
7,0%
3. Japão
4.901,5
3. Suíça
0,917
4. Japão
4,1%
4. Alemanha
3.634,8
4. Holanda
0,915
5. França
3,3%
5. França
2.734,9
5. E.U.A.
0,914
6. Holanda
3,3%
6. Reino Unido
2.522,3
6. Alemanha
0,911
7. Reino Unido
3,2%
7. Brasil
2.245,7
7. NovaZelândia
0,910
8. Hong Kong
3,1%
8. Rússia
2.096,8
8. Canadá
0,902
9.Coréia do sul
2,9%
9. Itália
2.071,3
9. Cingapura
0,901
10.Itália
2,6%
10. Índia
1.876,8
10. Dinamarca
0,900
22. Brasil
1,3%
11. Canadá
1.825,1
79.Brasil
0,744

  • Obs: Nem sempre o poder econômico garante a qualidade de vida da população.

Classificação econômica dos países do mundo.

  • G-7 : Os 7 países mais ricos do mundo. ( E.U.A., Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá).  (Com a Rússia, aceita por causa do arsenal nuclear, forma o chamado G-8).
  • G-20 ( grupo dos países mais ricos e influentes do mundo), inclui o G-7 +         

 * BRICS – Brasil, Rússia, Índia e China e África do sul (países emergentes em destaque).

 * Emergentes: México, Austrália, Coréia do sul, Indonésia, Turquia                                                      Arábia Saudita , Argentina.
 * Representa perto de 85% do PIB mundial, possui 66% da população mundial. e
                     participa com aproximadamente 80% do comércio mundial.

  • Nessa competição desenfreada pelo maior espaço no mercado mundial, os países usam alguns recursos para garantir seu crescimento:
    1. Barreiras alfandegárias – Tarifas de importação elevadas para proteger a economia nacional.
    2. Outras barreiras – Técnicas (padrão de qualidade), sanitárias (condições de saúde) e ambientais (ameaças ao meio-ambiente).
    3. Subsídios – Auxílio financeiro, direto ou indireto, concedido pelo governo de um país a produtores, por diversos motivos, buscando tornar-se mais competitivo nos mercados local e global.

Aula 4, 5 e 6. A OMC, Conceitos econômicos e o fluxo de capitais.

  • OMC – Organização Mundial do Comércio
(WTO – World Trade Organization)

·         Fundada em 1995 por 125 países, em dezembro de 2012 são 157 membros; a organização surgiu após quase 50 anos de negociações, que tiveram início em 1947 com o GATT (Acordo geral de tarifas de comércio) assinado por 23 países.
·         Função – Regular a forma como os países realizam operações de compra e venda de bens e serviços, promovendo o livre comércio; estipular regras para o comércio mundial, funcionando também como um fórum de discussões e de disputas econômicas.
·         Rodadas de negociação – Reuniões periódicas para tratar de assuntos econômicos. Rodada atual : Doha, no Catar, de 2001 a 2006 (suspensa, sem acordo), em 2010 houve uma tentativa de reabrir a rodada.
·         Foco atual – Reclamação de países emergentes contra os subsídios concedidos Pelos E.U.A., pela União Européia e pelo Japão a seus produtores agrícolas.
·         Em 2004, o Brasil entrou com processo contra o subsídio dos EUA aos produtores de algodão, a OMC deu ganho de causa ao Brasil em 2010.
·         Até dezembro de 2011, o Brasil já havia entrado com 25 processos de acusação, tendo que se defender de 14 processos e participado de 67 mediações.
·         Outros focos – Questão da propriedade intelectual (Lei de Patentes), biodiversidade (Transgênicos).

  • Conceitos econômicos

·         Consenso de Washington – Reunião entre os líderes mundiais para decidir o futuro político e econômico do mundo no pós-guerra (1944), suas principais decisões foram: a criação do FMI (Fundo monetário internacional), liberalização econômica e a adoção do dólar dos EUA como padrão financeiro mundial.
·         Reservas monetárias – Quantidade de dólares guardados no Banco central de um país, é usado pelos governos para regular o fluxo de dinheiro e para o equilíbrio das taxas de câmbio.
·         Taxas de câmbio – Basicamente é o custo do dinheiro, ou seja, quanto deve-se pagar para comprar/vender dólares ou outra moeda. É estipulado pelos governos com base na “Lei da oferta e da procura” e reflete a competitividade do país no mercado mundial.
·         Câmbio flutuante – Valor de troca variável.
·         Política monetária – É a maneira com o governo de um país administra o valor de seu dinheiro e das operações financeiras, também controla o volume de dinheiro circulante, pode ser mais cautelosa ou mais agressiva.
·         Remessa de lucros – Dinheiro que as multinacionais enviam à suas matrizas em outros países.
·         Lei da oferta e da procura – Influencia diretamente o valor das mercadorias, é definido pelo volume de compradores, quanto mais oferta, mais barato e vice-versa, ou seja, quando muitas pessoas querem comprar, o preço sobe, quando poucas pessoas compram, o preço abaixa (promoções, liquidações, ofertas, …)

 
OBS: Se houver uma procura (demanda) muito grande de moeda, por exemplo por causa do crescimento da economia, ela se tornará escassa e as pessoas estarão dispostas a pagar um preço maior para poder adquiri-la          ( mais juros).

·         Aumento de juros:
         * Aumento das reservas monetárias, pois atrai investidores.
         * Diminui o consumo interno, devido ao crédito mais caro.
                   * Possibilita um maior controle da inflação.
                   * Aumenta o lucro dos exportadores.


 
·         Queda de juros:
                                              * Aumento dos investimentos produtivos.
          * Aumenta o consumo interno, devido ao crédito mais barato.
* Risco de aumento da inflação.
* Aumenta o lucro dos importadores.
      
    Obs: A taxa de juros básica é a mesma tanto para compra quanto para a venda de                        produtos.
           No Brasil, a taxa básica de juros é a taxa SELIC, em dez/2014: 11,75%

Exemplo prático:

1.      Suponha que um produtor de café no Brasil venda parte de sua produção para os E.U.A., ao concretizar a venda, ele recebe o pagamento em dólares, que para serem usados no Brasil devem ser trocados por reais (para pagar funcionários, impostos, ou comprar produtos). Se muitos produtores estão exportando significa mais oferta de dinheiro, ou seja, mais pessoas estarão vendendo dólares, o preço cai.
2.      Imagine uma empresa que importa tecnologia, essa empresa compra máquinas no exterior e deve pagar em dólares, para isso ela deve trocar reais por dólares. Se muitas pessoas estão comprando dólares, aumenta a demanda (procura), o preço sobe.


Aula 7.  As origens e o desenvolvimento da atual crise econômica mundial.

  • 2001 – 2003 –

    1. O Banco central dos E.U.A. (Fed) baixa a taxa de juros de 6,5% para 1,75% ao ano com o objetivo de estimular a economia norte-americana. Todos pagam menos por empréstimos e financiamentos, podem assim investir e consumir.
    2. O mercado imobiliário dos E.U.A. expandiu-se rapidamente, um grande número de pessoas das classes populares fizeram empréstimos para comprar a casa própria, a indústria da construção civil aumentou a oferta, buscando captar esses recursos.
    3. Os bancos que emprestaram dinheiro emitem títulos e negociam com outros bancos, e estes com outros, multiplicando o valor dos papéis.

  • 2004 – 2007 –

    1. Em outubro de 2004, o Fed começou a elevar a taxa básica de juros para captar recursos para diminuir o endividamento dos E.U.A. gerado pelos enormes gastos com as guerras do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). Aa taxa subiu para 5,25%.
    2. As prestações das casas e dos empréstimos subiram muito, provocando enorme inadimplência; os bancos começaram a despejar os moradores que não pagavam, recolocando os imóveis à venda; mas começaram a sobrar imóveis no mercado e o preço deles despencou.
    3. A queda do valor dos imóveis e a inadimplência derrubaram o valor dos títulos bancários, gerando uma crise financeira. O governo dos E.U.A. injetou dinheiro tentando conter as falências.

  • 2008 – 2012 -  

    1. Mesmo com as medidas do governo, o maior banco de investimentos dos E.U.A., O Lehman Brothers quebrou e levou consigo várias instituições financeiras e de crédito.
    2. Os investidores internacionais retiraram o dinheiro investido em imóveis e colocaram nas commodities (milho, trigo, soja,...); o aumento da procura provocou alta nos preços, o encarecimento do preço da comida levou mais de vinte países pobres ( quase todos da África) a enfrentarem uma crise de escassez de alimentos.
    3. O mercado suspendeu as operações de crédito, sem crédito, as indústrias pararam de investir e os consumidores pararam de comprar, comprometendo o comércio mundial.
    4. Os mais afetados pela crise foram: os países da União européia ( principalmente Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda), a Coréia do sul, Cingapura,…
    5. Os chamados países emergentes ( entre eles o BRIC), foram menos afetados, pois suas economias não estavam fortemente atreladas à economia dos E.U.A..


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