quinta-feira, 30 de julho de 2015

Resumo Filosofia Informática 1º médio (2º trim)

Aula 1. Ética e moral.

  • Em nossa vida vivemos ou presenciamos certas situações que nos afetam profundamente, como por exemplo:

    • Nos indignamos com atos injustos.
    • Sentimos vergonha, remorso ou culpa por um ato impulsivo.
    • Nos emocionamos com atos de sacrifício, de heroísmo ou de dignidade.
    • Sentimos horror diante da violência extrema.

  • Todos esses sentimentos exprimem nosso senso moral.

  • Senso Moral: É um sentido interno do que seja bom ou mau, certo ou errado; todas as pessoas o possuem, independente de sua índole.

  • Porém, existem situações que não apenas provocam sentimentos, mas exigem uma postura, uma decisão de nossa parte, como por exemplo:

    • Uma pessoa querida está com uma doença incurável, vivendo por máquinas e sofrendo dores intoleráveis.
    • Uma adolescente carente descobre que está grávida e não tem condições financeiras, físicas e nem emocionais para cuidar do filho.
    • Um funcionário de uma grande empresa descobre que seu chefe, a pessoa que o contratou está roubando a firma, desviando dinheiro e cobrando propina dos fornecedores.

  • A pergunta que se coloca nas três situações descritas acima é: o que fazer? Desligar ou não os aperelhos? (eutanásia) Fazer um aborto ou tentar criar o filho? Denunciar ou chantagear o funcionário corrupto?

  • Situações como essas nos deixam em dúvida quanto a decisão a tomar, qual é a ação correta? Elas colocam à prova nossa consciência moral.

  • Consciência moral: É a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que adoramos, é a chamada “voz da consciência”.

  • A partir disso podemos analisar melhor as definições formais de moral e ética.

  • Moral: Conjunto de valores referentes ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, válidos para todas as pessoas de uma comunidade, classe social ou um grupo de indivíduos.

  • Ética: Pode ser entendida como uma reflexão cujo objetivo é discutir e interpretar o significado e a importância dos valores morais, sendo chamada de “filosofia moral”.



Aula 2. Os valores.

  • Em toda comunicação que fazemos estamos sempre nos referindo a algo, esta referência ocorre na forma de juízos, que podem ser afirmativos, negativos, interrogativos ou imperativos.

  • Juízos:

    • De fato – Enuncia a constatação de algo.
                       (Ex: Alice é aluna do ETIP.)
    • De valor – Enuncia o resultado de uma interpretação ou avaliação de algo.
                         (Ex: Alice é uma ótima aluna do ETIP.)

  • Os valores expressam a maneira como nos relacionamos com o meio em que vivemos. “Dar valor é atribuir significados.”
                                                  

  • Valores:

    • Relativos – Os valores são criações culturais, dependem da relação das
                         pessoas com o mundo.
    • Absolutos – São únicos, não dependem de nenhuma condição, por exemplo:
                          O bem, o belo, a verdade, a justiça, a felicidade,…

OBS: Os valores citados acima podem ser considerados absolutos, o que é relativo é como cada um os interpreta, cada pessoa tem sua visão de felicidade, mas o desejo por ela é universal. O mesmo ocorre com os outros valores.

  • Os valores determinam nossas escolhas, ou seja, valor é a atitude de não indiferença, é você se posicionar a favor ou contra algo, é não ficar em cima do muro, é decisã

Aula 3. As virtudes morais.

  • Virtude:
    • Do grego areté – significando excelência.
    • Do latim virtus – significando força.

  • Sentido geral: Capacidade ou habilidade para fazer algo.
  • Sentido moral: Disposição firme e constante para a prática do bem. 

  • Tipos de virtudes:
    • Físicas – Força, resistência, agilidade,…
    • Intelectuais – Memória, criatividade, raciocínio lógico,…
    • Teológicas – Fé, esperança e caridade.
    • Morais – Coragem, moderação, calma, orgulho, honestidade, generosidade, justiça,…  

  • O oposto da virtude é o vício, podemos pecar por falta ou por excesso. Por exemplo, a falta de coragem é a covardia, e o excesso de coragem é temeridade.

  • A virtude da Justiça segundo Platão:

    • Texto-base: “A República”, livro II, parágrafos 17 e 18.
    • Tema -  Qual é a natureza e a origem da Justiça?
    • Explicado através do mito de anel de Giges, que conta a estória de Giges, o lídio que encontrou um anel da invisibilidade, com o poder do anel ele seduziu a rainha, matou o rei e se tornou o novo soberano.
    • Platão usa este mito para explicar a tendência humana à prática da injustiça.

  • A injustiça:
    • Fazer sem punição é o maior bem.
    • Sofrer sem reação é o maior mal.

·         Segundo Platão, a origem das leis está no medo das pessoas de sofrer injustiças.

·         Se dermos liberdade total de ação para o justo e para o injusto, os dois tentarão levar vantagem sobre os outros, pois essa é a natureza humana.

·         Conclusão: Ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação.


Aula 4. As paixões humanas.

  • O ser humano é:
    • Um animal racional, sua essência é pensar.
    • Um ser de desejo, sua essência é querer.

  • Desejo:
    • Impulso, energia, vibração.
    • Inclinação poderosa que leva à ação, apetite sensível.
    • Implica sempre na falta de algo.
    • Satisfação das necessidades com prazer.
    • Nasce da imaginação.
    • Oferece à vontade os motivos para agir.
  • Vontade:
    • É o ato de querer.
    • É uma ação voluntária, força de vontade.
    • Apetite racional, exige deliberação, avaliação.
    • Nasce da reflexão.
    • Educa o desejo, direciona ações e finalidades.

  • Tanto o desejo como a vontade são inclinações que levam à ação, mas enquanto o desejo busca saciar um apetite sensível, a vontade se refere a uma decisão racional.

  • Desejo é paixão, vontade é decisão.

  • PAIXÃO: Do grego pathos, significa: sofrer, suportar, deixar-se levar.

    • Se refere aos fenômenos passivos da alma.
    • O oposto da paixão é a apatia (ausência de sentimentos).
    • Visão negativa – Fraqueza humana, perturbação da alma, algo que deve ser controlado.
    • Visão positiva – Faz parte da natureza humana, motiva a ação, não se pode evitar ou negar, mas pode-se compreender.
    • A paixão surge independentemente da nossa vontade, isto é, não podemos ter ou não ter paixão.
    • É uma inclinação incontrolável, a Razão não tem forças para controlar as paixões.
    • Segundo Spinoza, uma paixão só pode ser vencida por outra paixão mais forte.

Aula 5. Os grandes sistemas éticos da história antiga.

1. A ética materialista dos antigos gregos.

  • Para os antigos gregos, a ética é um saber prático, para este saber, o agente, a ação e a finalidade de agir são inseparáveis.

  • Princípios da vida moral:

    1. Por natureza aspiramos ao bem e a felicidade, só atingidas pela virtude (grego: areté).
    2. A virtude é uma força interior do caráter, consiste na escolha consciente do bem.
    3. A conduta ética se refere ao que é possível e desejável para nós.
    4. A ação virtuosa é conseguida agindo conforme a razão (que conhece o bem) e a natureza
( o Cosmos e a humana).
    1. Julgamos uma ação ética pelos seus efeitos materiais, ou seja, pelas consequências reais.
    2. Dedicar-se ao conhecimento do bem é o que determina uma atitude ética.



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