quinta-feira, 30 de julho de 2015

Resumo filosofia Informática 2º médio (2º trim)

Aula 1. Sócrates de Atenas (470 – 399 a.C.).
  • Filho de um escultor (Sofronisco) e de uma parteira (Fenarete). As ocupações dos pais tiveram influência na sua atividade filosófica.

  • Viveu durante o “Século de Péricles”, idade de ouro de Atenas. Aonde a democracia era o regime político vigente. Com a democracia direta, a função dos oradores na Ágora era fundamental.

  • A principal função da educação grega era preparar o indivíduo para a vida pública, tornando-o um cidadão capaz de discutir sobre as questões da cidade.

  • Os Sofistas eram professores de eloquência, bem remunerados, que se propunham a ensinar aos jovens o uso correto e hábil da palavra, não se importando se o que se falava era ou não verdadeiro, o objetivo era aprender a convencer os outros com suas ideias.

  • Um dos mais importantes sofistas foi Protágoras de Abdera, cujo lema era: “O homem é a medida de todas as coisas.” Ou seja, são os seres humanos que inventam as verdades, logo ela é totalmente relativa, os valores humanos passam a ser meras convenções sociais.

  • Ciência e missão de Sócrates:
    • Xenofonte, um grande amigo de Sócrates fez uma consulta ao Oráculo de Delfos, perguntando: Qual o homem mais sábio de toda a Grécia? A resposta do Oráculo foi: Sócrates é o mais sábio.
    • Ao saber disso, Sócrates estranhou a resposta: como posso ser sábio se tudo o que sei é que nada sei?
    • Decide então investigar os atenienses para compreender a fala do Oráculo, questiona as pessoas que se julgam sábias e com maestria incomum, derruba argumentos e falsas ideias, demonstrando que os outros também não sabiam de nada, pois eles supõem saber algo que não sabem.
    • Com ironia, Sócrates mostra às pessoas que elas ignoram a verdade, isso gera ódios e rancores contra ele. Os jovens da época entusiasmavam-se com esta prática.
    • Sócrates se considerava encarregado da missão de despertar os homens para o conhecimento de si mesmos, sua pesquisa buscava descobrir a essência das virtudes e dos valores morais, buscava a verdade do conhecimento.

  • O método socrático:
    • Sócrates acreditava que a filosofia se faz através do diálogo, ele utilizava um método bem específico de dirigir suas investigações, constava de dois passos:
    • A Ironia – Com o objetivo de eliminar as falsas opiniões, acabando com a ilusão de sabedoria.
    • A Maiêutica – Parto de ideias, construção de novas ideias pelo diálogo.

  • O julgamento de Sócrates:
    • Com o passar dos anos, a atividade socrática passou a incomodar pessoas importantes de Atenas, em 399 a.C. foi levado a julgamento sob a acusação de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses que a cidade acreditava.
    • Durante o julgamento, narrado por Platão no texto:  “a defesa de Sócrates”, o filósofo argumenta ao seu modo habitual, mas não consegue convencer a maioria da Assembléia e é condenado por uma margem pequena de votos.
    • Condenado, é convidado a propor sua pena, ao que ele responde ser merecedor de prêmios e não de castigos, pois tornava os atenienses pessoas melhores.
    • Sócrates foi condenado à morte por envenenamento com cicuta, aguardando a execução, ele se recusa a fugir, dizendo ser contra os seus princípios.

Aulas 2 e 3. Platão de Atenas (428 – 347 a.C.)
  • Discípulo de Sócrates desde os 20 anos.

  • Crítica à democracia ateniense após o julgamento de Sócrates.

  • Escreveu 34 diálogos e 13 cartas, a maioria dos diálogos tem Sócrates como personagem principal.

  • O conhecimento sensível é fonte de erro devido à natureza imperfeita, instável e corruptível da matéria.

  • Os objetos e as ações humanas são limitados, não chegam a contemplar as ideias plenas e perfeitas.

  • Platão divide a realidade em dois níveis:

    1. O mundo sensível  - material, cópia imperfeita
    2. O mundo inteligível  - Ou mundo das ideias, o reino das formas, o ser.

  • Platão utiliza mitos e alegorias para demonstrar suas teorias, em seus diálogos três mitos são destacados:
    • A alegoria da Linha dividida.
    • O mito de Er, ou a teoria da reminiscência.
    • O mito da caverna.

  1. A alegoria da linha dividida:














        

  1. O mito de Er, ou a teoria da reminiscência:
  • Este mito, relatado no livro X da "República", conta a história de Er, um guerreiro que após morrer em batalha obteve permissão para voltar à vida, contando aos vivos o que se passava no além.
  • Segundo ele, as almas passavam por um processo aonde poderiam escolher a vida que teriam na Terra, após a escolha, esta era gravada na alma, tornando-se assim o destino desta alma, após isso era necessário passar pelas águas do rio Lethe, para esquecer a escolha feita.
  • Platão utiliza este mito para explicar nossa passagem pelo mundo das ideias e como não podemos fugir das consequências de nossas escolhas, devemos pois escolher sempre o bem.
  • Como consequência disso, para Platão, conhecer é lembrar-se das ideias plenas e perfeitas que já contemplamos um dia, quando estivemos no mundo das ideias.

  1. O mito da caverna:  
·         Um dos mitos mais conhecidos de Platão é o da caverna, segue abaixo um desenho com os elementos básicos do mito.





·         Uma possível interpretação dos elementos:
o       O cativo -  somos nós, o senso comum.
o       As sombras – a realidade física, aparente.
o       O muro e os fantoches – a manipulação da realidade aparente.
o       O fogo – a fonte artificial da realidade aparente.
o       O mundo exterior – a verdadeira realidade, o mundo das ideias.
o       O sol – é a ideia do bem, a fonte da verdade.
o       O liberto – representa o filósofo, aquele que tem a coragem de olhar para outra direção, buscando a verdade e não se deixando guiar pelas sombras.

·         O mito, ou alegoria da caverna representa o difícil caminho rumo ao conhecimento verdadeiro; libertar-se do mundo sensível e contemplar as ideias do mundo inteligível são as difíceis missões do filósofo, encarregado de ensinar essa tarefa aos homens.


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