domingo, 11 de outubro de 2015

Resumo Filosofia Informática 2º médio (3º trim)

Aula 1. Aristóteles (Macedônia, 384 – 322 a.C.) – Vida e obra e principais ideias.

             VIDA E OBRA:
                                                                         
  • Nasce na Macedônia, poderoso reino ao norte da Grécia.
  • Ingressa na Academia platônica aos 17 anos, foi aluno de Platão por 20 anos, um dos mais brilhantes.
  • Morte de Platão em 347 a.C., Aristóteles sai da Academia por discordar dos rumos que a escola estava tomando.
  • Aos 41 anos torna-se preceptor do jovem Alexandre Magno, filho de Felipe II, coroado rei sete anos depois.
  • Em 335 a.C. funda o Liceu em Atenas, o nome é uma homenagem ao deus Apolo.
  • Produziu escritos de Lógica, Metafísica, Ética, Política e de várias outras áreas (economia, poética, física, história, matemática, biologia, psicologia,...)

 


*O caráter sistemático e rigoroso de suas idéias o tornou a grande autoridade filosófica e científica dos medievais, ele era “o filósofo”, o construtor de uma teoria universal e permanente.

            PRINCIPAIS IDEIAS:

  • A realidade é uma só, as formas das coisas são imanentes, ou seja, estão dentro delas, fazem parte da sua natureza.
  • A Substância é o ser, é a realidade permanente. 
  • Devir (fluxo de mudanças):
             Potência – Possibilidades reais. (ex: o mármore)                                                  

             Ato – Realização de uma ou mais possibilidades. (ex: a estátua)

·         A teoria das quatro causas:

o        Material –  A matéria física.  Ex: a madeira/ os remédios.
o        Formal – A idéia da forma.    Ex: a forma da mesa/ o tratamento.
o        Eficiente – O botão de“start” Ex: o marceneiro/ o médico.
o        Final – A finalidade do ato.    Ex: a utilidade/ a cura.

·         A causa final de toda a realidade é o 1º motor. (se verificarmos a causa das coisas, e depois disso as causas destas causas e assim por diante, chegaremos até o infinito: a causa da causa da causa..... ; isto não é possível, logo deve haver uma primeira causa para tudo).

·         O conhecimento para Aristóteles:


                                                                                                       


  FORMAS SENSÍVEIS-----SENSAÇÃO-----MARCA : MEMÓRIA, FANTASIA E EXPERIÊNCIA

           
   * O conhecimento sensível é base para o conhecimento inteligível.

Aula 2. Filosofia medieval: introdução e patrística.

  • Durante o período medieval a filosofia sofre a influência direta do pensamento religioso, cristãos, judeus e árabes muçulmanos elaboram sistemas e doutrinas que buscam explicar as relações entre os homens e Deus, Jeová ou Alá.

A filosofia cristã

  • Tem início com as epístolas de São Paulo e o evangelho de João, no século I.

  • Objetivo: Conduzir a humanidade à compreensão da verdade revelada por Cristo, buscando seu autêntico significado.

 

  • Divide-se em duas fases:     
    • Patrística – Do século I ao século VII
    • Escolástica – Do século VIII ao século XIV

  • Patrística – Teve por finalidade organizar a doutrina cristã para garantir a unidade da comunidade de fiéis e defender o Cristianismo dos adversários pagãos.

  • Principais nomes:   Justino, Orígenes, Gregório de Nisa e Santo Agostinho.

  • Grandes momentos históricos do Cristianismo:

    • 313 – Edito de Milão – O imperador romano Constantino decreta liberdade de culto.
    • 325 – Concílio de Nicéia – Reunião para discutir a natureza do pai e do filho.
    • 381 – Concílio de Constantinopla I – Discussão sobre o Espírito santo.
    • 391 – Edito de Tessalônica – O imperador Teodósio decreta o Cristianismo a religião oficial do Império romano.

  • Os filósofos cristãos reconheciam nos maiores filósofos gregos os legítimos precursores do Cristianismo.

 


*Que grande mudança ocorre na filosofia com o surgimento do Cristianismo?

    • Com o Cristianismo a filosofia deixa de ser uma busca racional pela verdade, afinal já temos em mãos a verdade revelada, cabe à filosofia apenas entendê-la.

·         A primeira grande organização sistemática dos textos bíblicos ocorreu com S. Jerônimo no século IV, ele leu, analisou e meditou sobre os textos anteriores e criou a tradução latina chamada “Vulgata”, aprovada pelo Sínodo de Hipona em 393. Foi considerada a versão oficial da Bíblia católica, passou por uma revisão na década de 70 e aprovada em 1979 pelo papa João Paulo II a “Nova vulgata”.

Aula 3. A Patrística medieval: Santo Agostinho (Numídia, 354 – 430).

  • Aurélio Agostinho, professor de retórica em Cartago, converteu-se ao cristianismo aos 32 anos, tornando-se o bispo de Hipona e um dos maiores teólogos da Igreja Católica, suas principais obras foram:  Confissões (400), Sobre a Trindade (422), A cidade de Deus (426).

  • Agostinho cristianizou a filosofia de Platão, usando suas teorias para melhor explicar os dogmas da fé católica, ele racionalizou a fé cristã.

  • O homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade, que é fruto da intuição e da fé. É necessário “compreender para crer e crer para compreender”, ou seja, a razão está a serviço da fé.

  • Deus é a verdade, é o ser que ilumina a razão e lhe fornece a norma e a medida de todos os juízos. Esta ideia é a base da Teoria da iluminação.

  • Questão: Se Deus é o autor de tudo e também do homem, daonde vem o mal?

  • Resposta: A realidade do mal contradiz a bondade perfeita de Deus, tudo o que é, é o bem, mas as coisas e as pessoas se corrompem, perdem o seu ser, se afastam do bem. O mal é o nada, é a ausência total do bem.
  • Suas ideias foram por muito tempo a doutrina fundamental da Igreja Católica, até hoje em dia,  alguns setores da Igreja e algumas escolas seguem seus ensinamentos.


  • As provas da existência de Deus (as cinco vias para Deus):

  1. A prova do movimento: Tudo o que se move é movido por outra coisa, e este por outra, e assim por diante. Mas, é impossível continuar até o infinito, logo, deve haver um primeiro motor, causa de todo o movimento, que é Deus.
  2. A prova da causa: Na série de causas das coisas, uma é causa da outra, também não podemos chegar ao infinito, logo, deve haver algo que é causa de tudo: Deus.

  1. A prova da necessidade: Todos os seres são contingentes, ou seja, não são necessários, podem ou não existir. Se nada é necessário, como explicar a existência de tudo? Logo, deve haver um ser necessário que criou tudo: Deus.

  1. A prova dos graus de perfeição: As coisas e as pessoas são mais ou menos perfeitas, há graus de perfeição nos seres, deve haver um ser que contenha em si o grau máximo de perfeição: Deus.

  1. A prova do sentido: As coisas naturais devem ter algum sentido, alguma ordem, nada existe por acaso, por acidente, logo deve haver alguma inteligência superior responsável pela ordem do mundo: Deus.


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