domingo, 11 de outubro de 2015

Resumo Filosofia Informática 3º médio (3º trim)

Aula 1. O Criticismo de Immanuel Kant (Alemanha, 1724 – 1804)

  • Nasce e vive a vida inteira em Konigsberg, professor universitário de Lógica e de metafísica, não se casou nem teve filhos, era um homem extremamente metódico, um cérebro que passou a vida investigando o universo espiritual do homem, à procura de seus fundamentos últimos, necessários e universais.

  • Principais obras: Prolegômenos a toda metafísica futura, Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão pura, Crítica da razão prática, A religião dentro dos limites da razão,…

  • Com sua postura crítica Kant faz uma verdadeira Revolução copernicana em filosofia, invertendo o sentido da pesquisa filosófica, o objetivo da filosofia passa a ser investigar a Razão humana, seus limites e possibilidades, buscando responder a questão: Até onde posso ir com a razão sem a experiência sensível? (a razão pura).

  • Algumas de suas principais ideias:

    • Não conhecemos a realidade fora de nossa mente ( a coisa-em-si), só conhecemos os fenômenos, ou seja as coisas para nós. Pois todo conhecimento começa com a sensibilidade, passando pelo “filtro” da razão humana.
    • Tempo e espaço são as formas puras da sensibilidade, ou seja, são ferramentas mentais que existem sem a interferência dos sentidos. A intuição de tempo e espaço se dá a priori, antes da experiência sensível.
    • Existem várias categorias do pensamento: causalidade, contradição, identidade, qualidade, quantidade, finalidade,… 
    • Juízos analíticos – São juízos que extraem algo já pertencente à ideia. Por exemplo, quando falamos de “triângulo”, já está implícito que é uma figura de três lados.
    • Juízos sintéticos – São juízos que acrescentam algo novo à ideia. Por exemplo, quando falamos do “livro do Elio”, o fato de pertencer ao Elio não é deduzido da palavra livro, é uma informação nova. Podem ser “a posteriori”, depois da experiência sensível, ou “a priori”, antes da experiência sensível.
    • Só é possível fazer ciência com “Juízos sintéticos a priori”, ou seja, juízos que acrescentam algo à ideia inicial antes da experiência sensível.

Aula 2. A Fenomenologia e o Existencialismo.

      A) A Fenomenologia:                 

  • Corrente de pensamento que surgiu no início do século XX, propõe o estudo dos fenômenos da consciência ( percepção, imaginação, memória,…)

  • A realidade é apenas um dos modos como o objeto pode ser um dado à consciência . ( pode ser percebido, pensado, simbolizado, amado,…).

  • A fenomenologia faz a análise da consciência na sua Intencionalidade, ou seja, consciência é sempre consciência DE… algo ou alguém. Nunca somos neutros, ao conhecermos algo, nosso ato de conhecer já está carregado de intenções (percepção, imaginação, memória, afeto,…).

  • Principal nome: Edmund Husserl (Judeu tcheco, 1859 – 1938), Matemático e filósofo.

    • Obras: Filosofia da aritmética, Investigações lógicas, Fenomenologia pura,…
    • Propõe a epoché, ou seja, a suspensão do juízo sobre a realidade, buscando eliminar a intenção ou interesse, tornando o conhecimento puro, tornamo-nos expectadores desinteressados do real.


*A realidade é o conjunto de fenômenos, fatos determinados pela consciência do sujeito, ou seja, nós construímos a realidade.

      B) O Existencialismo.

  • Corrente filosófica surgida na Europa durante a segunda guerra mundial, tem por objetivo estudar a existência humana, o modo de ser do homem no mundo, questionar o valor da vida e da dignidade.

  • Nomes:
    • S. Kierkegaard (Dinamarca, 1813 – 1855): “O conceito de angústia.”
    • M. Heidegger (Alemanha, 1889 – 1976): “Ser e tempo”.
    • M. Merleau-Ponty (França, 1908 – 1961): “Fenomenologia da percepção”.
    • J. Paul Sartre (França, 1905 – 1980): ‘ O ser e o nada”.

  • A relação apontada do existencialismo com a fenomenologia diz respeito ao modo de ser no mundo,. Que é repleto de intencionalidade.

  • Principais ideias:
    • O ser humano é finito.
    • A vida humana é sempre problemática.(incerteza quanto às possibilidades).
    • Realçe aos aspectos negativos e destrutivos das possibilidades existenciais dos homens no mundo. (morte, doença, sofrimento, fracasso, loucura,…)

  • Jean-Paul Sartre ( França, 1905 – 1980)

  • Destaca a necessidade do ser humano de buscar um sentido para a própria existência.

  • Nas coisas, a existência precede a essência. (ideia que explica).

  • Nas pessoas a existência precede a essência. ( os homens existem, estão aí, para depois construirem sua essência, seu projeto existencial).

  • O ser humano está condenado a ser livre. ( o exercício da liberdade gera uma angústia da existência, devido a responsabilidade das pessoas sobre a própria vida, e a incapacidade de escolher certo dentre as várias possibilidades).

Aula 3. A Escola de Frankfurt

  • Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.

  • Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das idéias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).

 

  • Principais influências:       
    • o marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).
    • A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).
Principais nomes:

 


            * Max Horkheimer (1895-1973).
                       * Theodor Adorno (1903-1969).
·                               * Walter Benjamim (1892-1940).
                            * Herbert Marcuse (1898-1979)
                            * Jurgen Habermas (1929- )
                            * Erich Fromm (1900-1980).

Questões estudadas:



                  * Entender as relações que movimentavam as massas.
·                           * Análise crítica dos meios de comunicação.
                        * Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
                        * Crítica à ideologia capitalista.          

  • Conceitos:

    1. Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
    2. Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.

 
*A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar. 

·         A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
1.
Expressão do talento do autor ---------- reprodução repetitiva.
2.

Momento de criação ---------------------- produtos para o consumo rápido.
3.
Experimentar o novo --------------------- consagrar o padrão.
4. Provocar, chocar, incomodar ----------- lazer e diversão, satisfazer os sentidos

·         A análise dos meios de comunicação:

·         Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.

·         A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:

o        Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.
o        Falta de localização temporal – Perda da relação causa/conseqüência. Só existe o “Agora”.


 *A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.

            Efeitos da mídia: Inversão entre realidade e ficção, dispersão da atenção, infantilização do público, autoritarismo.

·         Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.


Um comentário:

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