quinta-feira, 30 de julho de 2015

Resumo filosofia Informática 3º médio (2º trim)

Aula 1. O pensamento político de Nicolau Maquiavel (1469-1527).
·         Viveu intensamente os conflitos políticos de sua época, foi chanceler e embaixador de Florença numa Itália dividida em vários reinos e principados.

·         Sua principal obra é “o príncipe” (1513-1516), que basicamente é um manual sobre como se deve governar as massas.

·         Maquivel parte da política real de seu tempo, não da ideal.

·         Críticas às ideias:
o        Fundamento da política – Deus, a natureza ou a razão.
o        Objetivos da política – O bem comum e a justiça.
o        A boa política  se faz com um príncipe virtuoso.

·         Principais ideias:
o        Não se pode contar com a boa vontade do homens, pois todos são egoístas e ambiciosos.
o        A política é um fim em si mesmo.
o        Se puder exerça o bem, mas deve-se saber usar o mal quando necessário.
o        O objetivo da política é a tomada e a manutenção do Poder.
o        A política é a lógica da força (virtú – virtude).
o        “Os fins justificam os meios.” (finalidade principal: a estabilidade política).
o        Maquiavel separa política de ética e direito.
o        Sua filosofia expressa a realidade interna do poder.
o        Governar é fazer acreditar.

Aula 2. A filosofia política de Thomas Hobbes (Inglaterra, 1588-1679)
  • Formado em Oxford, esteve exilado na França durante a ditadura de Crownwell, conheceu Galileu, foi contemporâneo de Descartes e secretário de Francis Bacon.

  • Sua principal obra: “O Leviatã”, publicada em 1651.

  • Hobbes reuniu ideias do Racionalismo e do empirismo, partilhava do mecanicismo, rejeitando explicações metafísicas.

  • Conceitos importantes:
    1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil.

    1. Direito natural – É a liberdade que cada homem possui para usar seu próprio poder para a preservação de sua vida.

    1. Estado – Homem artificial formado pela união de uma multidão em uma só pessoa, um soberano que representa a união das vontades da multidão.

  • Teses de Hobbes:
    1. Os homens são por natureza iguais, tem os mesmos desejos, procurando superar-se reciprocamente, tornando-se egoístas e violentos, capazes de qualquer coisa para conseguir seus objetivos.
    2. No estado de natureza a vida humana é miserável, pois não há garantia nenhuma de sobrevivência e nem da satisfação dos desejos, é a guerra generalizada de todos contra todos. “O homem é o lobo do homem.”
    3. A única maneira de garantir a vida humana e a satisfação pessoal é através da renúncia dos homens ao direito natural em favor de um poder suficientemente forte para garantir os pactos.
    4. A sociabilidade humana não é natural, só é alcançada através de um pacto ou contrato em que a multidão confere força e poder absoluto a um soberano, com o objetivo de assegurar a paz e a prosperidade do grupo, formando assim o estado (o Leviatã – monstro bíblico).

  • As teorias de Thomas Hobbes serviram de base para o Absolutismo europeu, muitos monarcas viram em suas ideias a justificativa racional para a centralização excessiva do poder em suas mãos.

Aula 3. As ideias políticas de John Locke (Inglaterra, 1632-1704)
  • Viveu na Inglatera durante o conturbado século XVII, períiodo de governo da dinastia Stuart, neste período ocorre a guerra civil, o governo de Cronwell e a revolução gloriosa.

  • Todo o século XVII ficou marcado pelos constantes conflitos entre a autoridade real e a autoridade do parlamento, além de conflitos religiosos entre católicos e protestantes.

  • Principal problema político enfrentado por Locke = dar legitimidade às aspirações da burguesia ao poder político contra a influência da nobreza e do clero.

  • Principais obras: Carta sobre a tolerância, os dois tratados sobre o governo civil e o ensaio sobre o entendimento humano.

  • Conceitos:
    1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil, os homens nascem livres e iguais, todos tem o poder de punir os que forem contra o direito natural. ( este poder é necessário, pois os homens tendem a beneficiar a si mesmos e aos seus amigos e parentes).

    1. Direito natural – Os homens tem naturalmente o direito a vida, a liberdade e a propriedade; estes bens necessários são válidos desde que sejam conseguidos através do trabalho, ou seja, o trabalho é a origem e o fundamento da propriedade.

    1. Estado – Formado a partir de um contrato ( ou pacto) entre homens livres e iguais criando uma força coletiva para a execução das leis naturais.

  • Para Locke as funções do Estado são:
    1. Garantir o Direito natural, em especial a propriedade. ( esta ideia dá origem ao Liberalismo, nele o Estado deve respeitar a liberdade econômica dos proprietários).

    1. Servir de árbitro dos conflitos da sociedade civil através da lei e da força.

    1. Garantir a liberdade de consciência, ou seja, de pensamento, incluindo aí a tolerância religiosa.

  • Esta teoria acaba por transformar o soberano no agente executor da soberania do povo, que tem o direito de se rebelar contra um eventual governo tirano.

  • As ideias de Locke influenciaram os iluministas da Revolução francesa e os revolucionários norte-americanos que lutaram pela independência dos E.U.A.. Suas teses estão na base das democracias liberais


Aula 4. A teoria política de Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 1712-1778)

  • Nasce na Suíça em uma família protestante, sua mãe morreu no parto e seu pai o abandonou aos dez anos, passa a levar uma vida errante, seu maior prazer eram os livros.

  • Conviveu com os filósofos franceses Condillac e Diderot e com o inglês David Hume.

  • A partir dos 45 anos começa a  manifestar sinais claros de desequilíbrio mental, com sinais claros de desequilíbrio mental ( mania de perseguição), escreve suas obras com enorme carga emocional.

  • Principais obras: Discurso sobre as ciências e as artes, Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, Nova Heloísa, Emílio, O contrato social.

  • Conceitos e ideias:

    1. Estado de natureza – É um estado de plena felicidade, aonde os homens vivem de forma pacífica e independente, praticando uma bondade natural. (ideia que deu origem ao mito do bom selvagem).

    1. Para Rousseau, a corrupção humana começou com o advento da propriedade privada e com a instituição da sociedade. A sociedade em geral é marcada pela insegurança e pela violência, por causa das disputas por riqueza e poder.

    1. A solução deste problema seria a realização de um contrato social, aonde os homens renunciariam ao seu poder em favor da Vontade geral, que é a união das vontades individuais em torno de interesses em comum.

    1. Estado civil – É uma associação de homens livres formando um corpo coletivo, moral, que obedece as leis que prescreve para si mesmo. O governo nada mais é do que a expressão física desta vontade geral.

    1. Segundo Rousseau, só a soberania popular é absoluta, perfeita e legítima. Porém, para que a população possa exercer este poder de forma adequada precisa necessariamente ser instruída, logo, no estado de Rousseau, a educação exerce um papel fundamental.



Resumo filosofia Informática 2º médio (2º trim)

Aula 1. Sócrates de Atenas (470 – 399 a.C.).
  • Filho de um escultor (Sofronisco) e de uma parteira (Fenarete). As ocupações dos pais tiveram influência na sua atividade filosófica.

  • Viveu durante o “Século de Péricles”, idade de ouro de Atenas. Aonde a democracia era o regime político vigente. Com a democracia direta, a função dos oradores na Ágora era fundamental.

  • A principal função da educação grega era preparar o indivíduo para a vida pública, tornando-o um cidadão capaz de discutir sobre as questões da cidade.

  • Os Sofistas eram professores de eloquência, bem remunerados, que se propunham a ensinar aos jovens o uso correto e hábil da palavra, não se importando se o que se falava era ou não verdadeiro, o objetivo era aprender a convencer os outros com suas ideias.

  • Um dos mais importantes sofistas foi Protágoras de Abdera, cujo lema era: “O homem é a medida de todas as coisas.” Ou seja, são os seres humanos que inventam as verdades, logo ela é totalmente relativa, os valores humanos passam a ser meras convenções sociais.

  • Ciência e missão de Sócrates:
    • Xenofonte, um grande amigo de Sócrates fez uma consulta ao Oráculo de Delfos, perguntando: Qual o homem mais sábio de toda a Grécia? A resposta do Oráculo foi: Sócrates é o mais sábio.
    • Ao saber disso, Sócrates estranhou a resposta: como posso ser sábio se tudo o que sei é que nada sei?
    • Decide então investigar os atenienses para compreender a fala do Oráculo, questiona as pessoas que se julgam sábias e com maestria incomum, derruba argumentos e falsas ideias, demonstrando que os outros também não sabiam de nada, pois eles supõem saber algo que não sabem.
    • Com ironia, Sócrates mostra às pessoas que elas ignoram a verdade, isso gera ódios e rancores contra ele. Os jovens da época entusiasmavam-se com esta prática.
    • Sócrates se considerava encarregado da missão de despertar os homens para o conhecimento de si mesmos, sua pesquisa buscava descobrir a essência das virtudes e dos valores morais, buscava a verdade do conhecimento.

  • O método socrático:
    • Sócrates acreditava que a filosofia se faz através do diálogo, ele utilizava um método bem específico de dirigir suas investigações, constava de dois passos:
    • A Ironia – Com o objetivo de eliminar as falsas opiniões, acabando com a ilusão de sabedoria.
    • A Maiêutica – Parto de ideias, construção de novas ideias pelo diálogo.

  • O julgamento de Sócrates:
    • Com o passar dos anos, a atividade socrática passou a incomodar pessoas importantes de Atenas, em 399 a.C. foi levado a julgamento sob a acusação de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses que a cidade acreditava.
    • Durante o julgamento, narrado por Platão no texto:  “a defesa de Sócrates”, o filósofo argumenta ao seu modo habitual, mas não consegue convencer a maioria da Assembléia e é condenado por uma margem pequena de votos.
    • Condenado, é convidado a propor sua pena, ao que ele responde ser merecedor de prêmios e não de castigos, pois tornava os atenienses pessoas melhores.
    • Sócrates foi condenado à morte por envenenamento com cicuta, aguardando a execução, ele se recusa a fugir, dizendo ser contra os seus princípios.

Aulas 2 e 3. Platão de Atenas (428 – 347 a.C.)
  • Discípulo de Sócrates desde os 20 anos.

  • Crítica à democracia ateniense após o julgamento de Sócrates.

  • Escreveu 34 diálogos e 13 cartas, a maioria dos diálogos tem Sócrates como personagem principal.

  • O conhecimento sensível é fonte de erro devido à natureza imperfeita, instável e corruptível da matéria.

  • Os objetos e as ações humanas são limitados, não chegam a contemplar as ideias plenas e perfeitas.

  • Platão divide a realidade em dois níveis:

    1. O mundo sensível  - material, cópia imperfeita
    2. O mundo inteligível  - Ou mundo das ideias, o reino das formas, o ser.

  • Platão utiliza mitos e alegorias para demonstrar suas teorias, em seus diálogos três mitos são destacados:
    • A alegoria da Linha dividida.
    • O mito de Er, ou a teoria da reminiscência.
    • O mito da caverna.

  1. A alegoria da linha dividida:














        

  1. O mito de Er, ou a teoria da reminiscência:
  • Este mito, relatado no livro X da "República", conta a história de Er, um guerreiro que após morrer em batalha obteve permissão para voltar à vida, contando aos vivos o que se passava no além.
  • Segundo ele, as almas passavam por um processo aonde poderiam escolher a vida que teriam na Terra, após a escolha, esta era gravada na alma, tornando-se assim o destino desta alma, após isso era necessário passar pelas águas do rio Lethe, para esquecer a escolha feita.
  • Platão utiliza este mito para explicar nossa passagem pelo mundo das ideias e como não podemos fugir das consequências de nossas escolhas, devemos pois escolher sempre o bem.
  • Como consequência disso, para Platão, conhecer é lembrar-se das ideias plenas e perfeitas que já contemplamos um dia, quando estivemos no mundo das ideias.

  1. O mito da caverna:  
·         Um dos mitos mais conhecidos de Platão é o da caverna, segue abaixo um desenho com os elementos básicos do mito.





·         Uma possível interpretação dos elementos:
o       O cativo -  somos nós, o senso comum.
o       As sombras – a realidade física, aparente.
o       O muro e os fantoches – a manipulação da realidade aparente.
o       O fogo – a fonte artificial da realidade aparente.
o       O mundo exterior – a verdadeira realidade, o mundo das ideias.
o       O sol – é a ideia do bem, a fonte da verdade.
o       O liberto – representa o filósofo, aquele que tem a coragem de olhar para outra direção, buscando a verdade e não se deixando guiar pelas sombras.

·         O mito, ou alegoria da caverna representa o difícil caminho rumo ao conhecimento verdadeiro; libertar-se do mundo sensível e contemplar as ideias do mundo inteligível são as difíceis missões do filósofo, encarregado de ensinar essa tarefa aos homens.


Resumo Filosofia Informática 1º médio (2º trim)

Aula 1. Ética e moral.

  • Em nossa vida vivemos ou presenciamos certas situações que nos afetam profundamente, como por exemplo:

    • Nos indignamos com atos injustos.
    • Sentimos vergonha, remorso ou culpa por um ato impulsivo.
    • Nos emocionamos com atos de sacrifício, de heroísmo ou de dignidade.
    • Sentimos horror diante da violência extrema.

  • Todos esses sentimentos exprimem nosso senso moral.

  • Senso Moral: É um sentido interno do que seja bom ou mau, certo ou errado; todas as pessoas o possuem, independente de sua índole.

  • Porém, existem situações que não apenas provocam sentimentos, mas exigem uma postura, uma decisão de nossa parte, como por exemplo:

    • Uma pessoa querida está com uma doença incurável, vivendo por máquinas e sofrendo dores intoleráveis.
    • Uma adolescente carente descobre que está grávida e não tem condições financeiras, físicas e nem emocionais para cuidar do filho.
    • Um funcionário de uma grande empresa descobre que seu chefe, a pessoa que o contratou está roubando a firma, desviando dinheiro e cobrando propina dos fornecedores.

  • A pergunta que se coloca nas três situações descritas acima é: o que fazer? Desligar ou não os aperelhos? (eutanásia) Fazer um aborto ou tentar criar o filho? Denunciar ou chantagear o funcionário corrupto?

  • Situações como essas nos deixam em dúvida quanto a decisão a tomar, qual é a ação correta? Elas colocam à prova nossa consciência moral.

  • Consciência moral: É a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que adoramos, é a chamada “voz da consciência”.

  • A partir disso podemos analisar melhor as definições formais de moral e ética.

  • Moral: Conjunto de valores referentes ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, válidos para todas as pessoas de uma comunidade, classe social ou um grupo de indivíduos.

  • Ética: Pode ser entendida como uma reflexão cujo objetivo é discutir e interpretar o significado e a importância dos valores morais, sendo chamada de “filosofia moral”.



Aula 2. Os valores.

  • Em toda comunicação que fazemos estamos sempre nos referindo a algo, esta referência ocorre na forma de juízos, que podem ser afirmativos, negativos, interrogativos ou imperativos.

  • Juízos:

    • De fato – Enuncia a constatação de algo.
                       (Ex: Alice é aluna do ETIP.)
    • De valor – Enuncia o resultado de uma interpretação ou avaliação de algo.
                         (Ex: Alice é uma ótima aluna do ETIP.)

  • Os valores expressam a maneira como nos relacionamos com o meio em que vivemos. “Dar valor é atribuir significados.”
                                                  

  • Valores:

    • Relativos – Os valores são criações culturais, dependem da relação das
                         pessoas com o mundo.
    • Absolutos – São únicos, não dependem de nenhuma condição, por exemplo:
                          O bem, o belo, a verdade, a justiça, a felicidade,…

OBS: Os valores citados acima podem ser considerados absolutos, o que é relativo é como cada um os interpreta, cada pessoa tem sua visão de felicidade, mas o desejo por ela é universal. O mesmo ocorre com os outros valores.

  • Os valores determinam nossas escolhas, ou seja, valor é a atitude de não indiferença, é você se posicionar a favor ou contra algo, é não ficar em cima do muro, é decisã

Aula 3. As virtudes morais.

  • Virtude:
    • Do grego areté – significando excelência.
    • Do latim virtus – significando força.

  • Sentido geral: Capacidade ou habilidade para fazer algo.
  • Sentido moral: Disposição firme e constante para a prática do bem. 

  • Tipos de virtudes:
    • Físicas – Força, resistência, agilidade,…
    • Intelectuais – Memória, criatividade, raciocínio lógico,…
    • Teológicas – Fé, esperança e caridade.
    • Morais – Coragem, moderação, calma, orgulho, honestidade, generosidade, justiça,…  

  • O oposto da virtude é o vício, podemos pecar por falta ou por excesso. Por exemplo, a falta de coragem é a covardia, e o excesso de coragem é temeridade.

  • A virtude da Justiça segundo Platão:

    • Texto-base: “A República”, livro II, parágrafos 17 e 18.
    • Tema -  Qual é a natureza e a origem da Justiça?
    • Explicado através do mito de anel de Giges, que conta a estória de Giges, o lídio que encontrou um anel da invisibilidade, com o poder do anel ele seduziu a rainha, matou o rei e se tornou o novo soberano.
    • Platão usa este mito para explicar a tendência humana à prática da injustiça.

  • A injustiça:
    • Fazer sem punição é o maior bem.
    • Sofrer sem reação é o maior mal.

·         Segundo Platão, a origem das leis está no medo das pessoas de sofrer injustiças.

·         Se dermos liberdade total de ação para o justo e para o injusto, os dois tentarão levar vantagem sobre os outros, pois essa é a natureza humana.

·         Conclusão: Ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação.


Aula 4. As paixões humanas.

  • O ser humano é:
    • Um animal racional, sua essência é pensar.
    • Um ser de desejo, sua essência é querer.

  • Desejo:
    • Impulso, energia, vibração.
    • Inclinação poderosa que leva à ação, apetite sensível.
    • Implica sempre na falta de algo.
    • Satisfação das necessidades com prazer.
    • Nasce da imaginação.
    • Oferece à vontade os motivos para agir.
  • Vontade:
    • É o ato de querer.
    • É uma ação voluntária, força de vontade.
    • Apetite racional, exige deliberação, avaliação.
    • Nasce da reflexão.
    • Educa o desejo, direciona ações e finalidades.

  • Tanto o desejo como a vontade são inclinações que levam à ação, mas enquanto o desejo busca saciar um apetite sensível, a vontade se refere a uma decisão racional.

  • Desejo é paixão, vontade é decisão.

  • PAIXÃO: Do grego pathos, significa: sofrer, suportar, deixar-se levar.

    • Se refere aos fenômenos passivos da alma.
    • O oposto da paixão é a apatia (ausência de sentimentos).
    • Visão negativa – Fraqueza humana, perturbação da alma, algo que deve ser controlado.
    • Visão positiva – Faz parte da natureza humana, motiva a ação, não se pode evitar ou negar, mas pode-se compreender.
    • A paixão surge independentemente da nossa vontade, isto é, não podemos ter ou não ter paixão.
    • É uma inclinação incontrolável, a Razão não tem forças para controlar as paixões.
    • Segundo Spinoza, uma paixão só pode ser vencida por outra paixão mais forte.

Aula 5. Os grandes sistemas éticos da história antiga.

1. A ética materialista dos antigos gregos.

  • Para os antigos gregos, a ética é um saber prático, para este saber, o agente, a ação e a finalidade de agir são inseparáveis.

  • Princípios da vida moral:

    1. Por natureza aspiramos ao bem e a felicidade, só atingidas pela virtude (grego: areté).
    2. A virtude é uma força interior do caráter, consiste na escolha consciente do bem.
    3. A conduta ética se refere ao que é possível e desejável para nós.
    4. A ação virtuosa é conseguida agindo conforme a razão (que conhece o bem) e a natureza
( o Cosmos e a humana).
    1. Julgamos uma ação ética pelos seus efeitos materiais, ou seja, pelas consequências reais.
    2. Dedicar-se ao conhecimento do bem é o que determina uma atitude ética.