segunda-feira, 18 de abril de 2016

Resumo Sociologia 3º médio ETIP (1º trim)

Aula 1. Sociologia: conceitos e panorama histórico.

  • A Sociologia estuda os fenômenos sociais em geral, quer sejam ou não percebidos como problemas.
  • A expressão Fenómenos Sociais designa os fenómenos que decorrem da vida social e do comportamento humano, tais como os fenómenos económicos (desemprego, crescimento económico, inflação, riqueza e sua distribuição,...), demográficos (crescimento populacional, emigração e imigração, distribuição por faixas etárias), sociológicos, políticos, históricos, etc.
  • Uma sociedade não é apenas a soma dos indivíduos que a compõem, mas o conjunto de relações que ligam as pessoas.

  • A Sociologia não pretende explicar tudo o que acontece na sociedade, parte de uma seleção intencional de fatos relativos ao conjunto das relações sociais possíveis de serem transformadas em uma representação da realidade.   

  • Problemas:
    • O objeto de estudo é dinâmico, transitório.
    • O pesquisador é parte do objeto que estuda, ou seja, não é neutro. 
    • Dificuldade de submeter as teses à experimentação.  
    • Influências políticas e econômicas no processo de pesquisa.


  • O primeiro marco histórico do surgimento da Sociologia foi sem dúvidas a instalação definitiva da sociedade capitalista a partir do século XVIII, com as revoluções científica, industrial e francesa. 
  • Essas três revoluções modificaram o mundo e foram objeto de estudo de grandes pensadores, que criaram a sociologia como uma forma de entender e talvez resolver os novos problemas políticos e sociais criados por esses movimentos.



Aula 2. As grandes correntes de estudo da sociologia.

  • A realidade social é dinâmica e transitória, envolvendo múltiplos aspectos, logo, a Sociologia enquianto ciência humana deve buscar várias formas de abordagem, formas que consigam abranger os diferentes aspectos de seu objeto de estudo.

  • Podemos destacar três grandes linhas clássicas de abordagem dos problemas sociais:

  1.  A positivista – funcionalista =  Fundada por Auguste Comte (1798/1857) e desenvolvida por Émile Durkheim (1858/1917), entende que a consciência coletiva se sobrepõe ao indivíduo, ou seja, a vida coletiva existe acima das pessoas, condicionando os comportamentos. A sociedade classifica e determina as ações individuais.

  1.  A materialista histórica =  Elaborada por Karl Marx (1818/1883), afirma que a coerção do coletivo só se impõe quando uma classe social se sobrepõe a outra, ou seja, são os fatores econômicos que determinam, principalmente, as ações individuais.

  1.  A Sociologia compreensiva =  Proposta pelo alemão Max Weber (1864/1920), defende a ideia de que a ação individual é o ponto de partida para a compreensão da realidade social, o indivíduo é um agente criador e transformador da vida coletiva.

 


Nestes autores se encontram os elementos básicos para a explicação científica dos fenômenos sociais, é a partir da obra destes pensadores que a sociologia se constitui como ciência.


Aula 3. A sociologia de Émile Durkheim (França, 1858 – 1917).

  • De família judaica, Durkheim foi professor de sociologia na França, foi o principal responsável pela transformação da sociologia em ciência reconhecida como tal.

  • Obras:
    • Da divisão do trabalho social.
    • As regras do método sociológico.
    • O suicídio.
    • Educação e sociologia.

  • Durkheim desenvolveu o método científico da sociologia, sistematizando a ação do pesquisador e o objeto de estudo. O centro desse método é a ideia de que o sociólogo deve ser imparcial, tratando os fatos sociais como “coisas”.

  • A sociedade não é a simples soma dos indivíduos que a compõem, é um sistema que representa determinada realidade com características próprias.

  • Os “Fatos sociais” consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem.

  • O caminho mais adequado para os estudos sociológicos é buscar identificar as causas de um fato social em outro fato social, ou seja, a resposta para os problemas sociais se encontram na própria estrutura social.

  • Características dos fatos sociais:

    • Exterioridade – As regras sociais, os costumes e as leis já existem antes das pessoas e agem sobre elas.
    • Generalidade – É social todo fato que é geral, que se aplica à todas ou a maioria das pessoas, é de natureza coletiva.
    • Coerção social – A força (pressão) que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos.


Aula 4. As ideias sociológicas de Émile Durkheim (França, 1858 – 1917).

  • O principal mecanismo de coerção social é a educação, que impõe maneiras de ver, de sentir e de agir, tentando moldar as pessoas à imagem do meio social.

  • A educação teria com objetivo central a socialização das novas gerações. Estes jovens aprenderiam não apenas conteúdos escolares, mas a disciplina moral e a autoridade política (respeito e submissão), sendo assim um poderoso fator de manutenção da sociedade (coesão social).

  • UNIDADE garantida pelas SEMELHANÇAS de VALORES e IDEIAS, quando internalizados se tornam NATURAIS, perpetuando a UNIDADE.

  • Solidariedade:

    • Mecânica – Crenças e valores comuns, sociedades antigas/rurais, manter as tradições.
    • Orgânica – Divisão do trabalho, sociedades modernas/urbanas, coesão social complexa.

  • O mundo moderno caracteriza-se por uma redução na eficácia de determinadas instituições integradoras como a religião e a família, já que os indivíduos passam a se agrupar segundo suas atividades profissionais.

  • A multiplicidade de correntes de pensamento diluiu a coerção social, com isso há um senso de que a moral perdeu sua eficiência no controle da sociedade.


Aula 5. As ideias sociológicas de Karl Marx (Alemanha, 1818 – 1883).

  • Marx faz uma análise crítica radical da sociedade capitalista.

  • Foco sociológico:
    • As contradições básicas da sociedade capitalista.
    • As possibilidades de superação.

  • Conceitos:

  • Relações sociais de produção: São a base de toda estrutura social. Expressam as formas de organização dos meios de produção.

  • Materialismo histórico: Evolução das relações materiais de subsistência.

  • Matéria-prima + Instrumentos de produção = Meios de produção.

  • Meios de produção + Trabalho humano = Forças produtivas.

  • Forças produtivas + Relações de produção = Estrutura econômica.

  • O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é para Marx, a principal atividade humana, é sua história social, é o fundamento do materialismo histórico.

  • Forças produtivas + Relações sociais de produção = INFRAESTRUTURA

  • A Infraestrutura determina a Superestrutura.

  • SUPERESTRUTURA : Ideologias políticas, doutrinas religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais de ensino e de comunicação, conhecimento científico e filosófico.

  • O grande problema do capitalismo é a posse dos meios de produção, monopolizada pelos burgueses, só restando aos proletários vender sua força de trabalho aos burgueses para sobreviver.


Aula 6. Conceitos marxistas.

  • Mercadoria: É um objeto, uma coisa que, por suas propriedades satisfaz as necessidades humanas, seja qual for a natureza ou a origem delas. Possui dois tipos de valores:

  • Valor de uso: A utilidade da coisa.

  • Valor de troca: O valor dado para comercialização.

  • O valor de troca deve ser calculado a partir da quantidade de trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria.

  • No capitalismo, a força de trabalho foi transformada em mercadoria.

  • Fetiche da Mercadoria: Segundo Marx, a mercadoria tem um dom especial, ela oculta, como por encanto, a sua natureza de produto do trabalho humano e das relações sociais do processo de produção. O valor do produto perde a relação com o trabalho e ganha vida própria.

  • Alienação: O trabalhador não se reconhece no produto que criou ou ajudou a criar, ele não vê no trabalho qualquer finalidade que não seja a de garantir a sobrevivência. A alienação faz os indivíduos perderem a consciência da vida e serem engolidos pelas diretrizes do sistema capitalista. 

  • Mais-valia: Tempo de trabalho excedente em que o trabalhador produz mais do que o necessário para sua manutenção, propiciando a acumulação de capital nas mãos dos burgueses. A taxa de mais-valia é a expressão do grau de exploração da força de trabalho pelo capital. 

  • Obs: Ver apostila Pitágoras, páginas 11, 12, 13 e 14.



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