sábado, 30 de julho de 2016

Resumo Filosofia 1º médio ETIP (2º trim)

Aulas 1/3. O início da filosofia e os filósofos pré-socráticos.

  • Segundo os historiadores, a filosofia começou no início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia menor (atual Turquia), Tales de Mileto (610 – 547 a.C.), um dos sete sábios da antiguidade é considerado o primeiro filósofo.

  • O problema central das primeiras reflexões é o da mudança e da multiplicidade, ou seja, os gregos perguntam o que são as coisas, o que elas são sempre por detrás de suas múltiplas aparências? Como ocorrem as constantes transformações na natureza?

  • As respostas míticas sobre a origem ou o princípio das coisas não mais satisfaziam as indagações humanas. Aos poucos as respostas religiosas e mitológicas vão dando lugar a explicações naturais.

  • Com o questionamento das teogonias (origem mitológica dos deuses) e das cosmogonias (origem mitológica do mundo), a filosofia nasce como uma Cosmologia, ou seja, com o conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza.

  • A pesquisa filosófica na Grécia antiga se fazia através de “escolas”, que nada mais eram do que grupos de pensadores que compartilhavam ideias, dúvidas e costumes, em um verdadeiro centro de investigações.

  • As cinco mais importantes escolas filosóficas da antiguidade eram:

  1. Escola Jônica:

    • Tales de Mileto – A água é a origem e a matriz de todas as coisas, tudo é um, existe um Logos, uma razão que explica e organiza o Universo.
    • Anaximandro – A substância primordial é o Ápeiron (infinito, indefinido), as mudanças ocorrem através da lei universal de justiça.
    • Heráclito de Éfeso – O mundo é um eterno devir, a realidade é um fluxo eterno de mudanças contínuas.    

  1. Escola Eleática:

    • Parmênides de Eléia – “O ser é, o não ser não é”; distinção entre verdade e aparência, o ser verdadeiro não muda, o que muda são as aparências.
    • Zenão de Eléia – Nega a multiplicidade e o movimento, argumentos do absurdo, infinita divisibilidade (Aquiles e a tartaruga).

  1. Escola Itálica ou Pitagórica:

    • Pitágoras de Samos – A substância das coisas é o número, a ordem é a perfeição.
    • Filolau de Crotona – A forma geométrica das partículas determina a diversidade dos elementos.


  1. Os físicos da pluralidade:

    • Empédocles de Agrigento – O princípio do real é múltiplo, formado pelos quatro elementos, o amor une, o ódio separa, amor e ódio são forças cósmicas.
    • Anaxágoras de Clazômenas – Há um princípio inteligível que é a causa da ordem do mundo, tudo é formado por partículas elementares (sementes).

  1. Os atomistas:

    • Leucipo de Mileto – O real é composto pela união e separação dos átomos, regida por uma razão necessária.
    • Demócrito de Abdera – O ser é pleno, o não-ser é vazio, defende a ética e a felicidade, o respeito por si.

  • Apesar das conclusões destes filósofos serem diferentes, existe algo em comum, que é a crença de que as transformações e os movimentos que constituíam a natureza Physis
poderiam ser explicadas a partir de uma substância única, material e primordial que forma todo o Cosmos, a Arché.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas 51 a 60 (só as partes grifadas).


Aulas 4/6. Sócrates de Atenas (470 – 399 a.C.).

  • Filho de um escultor (Sofronisco) e de uma parteira (Fenarete). As ocupações dos pais tiveram influência na sua atividade filosófica.

  • Viveu durante o “Século de Péricles”, idade de ouro de Atenas. Aonde a democracia era o regime político vigente. Com a democracia direta, a função dos oradores na Ágora era fundamental.

  • A principal função da educação grega era preparar o indivíduo para a vida pública, tornando-o um cidadão capaz de discutir sobre as questões da cidade.

  • Os Sofistas eram professores de eloquência, bem remunerados, que se propunham a ensinar aos jovens o uso correto e hábil da palavra, não se importando se o que se falava era ou não verdadeiro, o objetivo era aprender a convencer os outros com suas ideias.

  • Um dos mais importantes sofistas foi Protágoras de Abdera, cujo lema era: “O homem é a medida de todas as coisas.” Ou seja, são os seres humanos que inventam as verdades, logo ela é totalmente relativa, os valores humanos passam a ser meras convenções sociais.

  • Ciência e missão de Sócrates:

    • Querefonte, um grande amigo de Sócrates fez uma consulta ao Oráculo de Delfos, perguntando: Qual o homem mais sábio de toda a Grécia? A resposta do Oráculo foi: Sócrates é o mais sábio.

    • Ao saber disso, Sócrates estranhou a resposta: como posso ser sábio se tudo o que sei é que nada sei?

    • Decide então investigar os atenienses para compreender a fala do Oráculo, questiona as pessoas que se julgam sábias e com maestria incomum, derruba argumentos e falsas ideias, demonstrando que os outros também não sabiam de nada, pois eles supõem saber algo que não sabem.

    • Com ironia, Sócrates mostra às pessoas que elas ignoram a verdade, isso gera ódios e rancores contra ele. Os jovens da época entusiasmavam-se com esta prática.

    • Sócrates se considerava encarregado da missão de despertar os homens para o conhecimento de si mesmos, sua pesquisa buscava descobrir a essência das virtudes e dos valores morais, buscava a verdade do conhecimento.

  • O método socrático:

    • Sócrates acreditava que a filosofia se faz através do diálogo, ele utilizava um método bem específico de dirigir suas investigações, constava de dois passos:

    • A Ironia – Ao dialogar, Sócrates procurava provocar uma catarse, ou seja, uma purificação da alma através da eliminação das falsas opiniões e das ilusões, acabando com a ilusão de sabedoria, fazendo com que as pessoas reconhecessem a própria ignorância.

    • A Maiêutica – A seguir, com a concordância do outro, Sócrates buscava em conjunto a construção de novas ideias pelo diálogo, fazendo um verdadeiro parto de ideias.

  • O julgamento de Sócrates:

    • Com o passar dos anos, a atividade socrática passou a incomodar pessoas importantes de Atenas, em 399 a.C. foi levado a julgamento sob a acusação de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses que a cidade acreditava.

    • Durante o julgamento, narrado por Platão no texto: “a defesa de Sócrates”, o filósofo argumenta ao seu modo habitual, mas não consegue convencer a maioria da Assembléia e é condenado por uma margem pequena de votos.

    • Condenado, é convidado a propor sua pena, ao que ele responde ser merecedor de prêmios e não de castigos, propõe então ser sustentado no Pritaneu como se fosse um herói olímpico, pois tornava os atenienses pessoas melhores, conscientes de si mesmos e dos valores morais.

    • Sócrates foi condenado à morte por envenenamento com cicuta, aguardando a execução, ele se recusa a fugir, dizendo ser contra os seus princípios, prefere a morte a declarar-se culpado, pois não abre mão de sua própria consciência. Esse gesto imortaliza a figura de Sócrates como o mártir da filosofia.


  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas 67 a 75 (só as partes grifadas).



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