segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Resumo Filosofia 2º médio ETIP (3º trim)

Aulas 1/2. O Renascimento e o humanismo.

  • Renascimento: Movimento de renovação cultural, racional e científica ocorrido primeiramente na Itália no início do século XIV; inspirado na cultura greco-romana, rejeitava os valores medievais, considerando a Idade média como uma “Idade das trevas”, abolida por um renascimento dos valores da antiguidade clássica.

  • Fases do renascimento:

  • Trecento (1300/1399):
o   Período de transição, mudança gradual.
o   Literatura – Dante Alighieri, Petrarca e Bocaccio.
o   Obra marcante – A Divina Comédia (Dante – 1321).
  • Quattrocento (1400/1499):
        • Período de apogeu, antropocentrismo.
        • Artes plásticas – Donatello, Botticelli, Masaccio.
        • Obra marcante – O nascimento de Vênus (Botticelli – 1483). 

  • Cinquecento (1500/1599):
        • Período de maturidade, humanismo.
        • Apogeu das artes plásticas e das teorias políticas..
        • Nomes – Da Vinci, Michelangelo, Rafael, Bruno, Maquiavel.
        • Obras marcantes – Mona Lisa (Da Vinci – 1507), O príncipe (Maquiavel – 1532).

  • Comparativo dos valores medievais e renascentistas:

                IDADE MÉDIA                               RENASCIMENTO
                 
·         Influência cristã.
·         Teocentrismo (Deus).
·         Coletivismo (o rebanho de fieis).
·         Misticismo (Explicações mágicas).
·         Dogmatismo (Verdade absoluta).
·         Ascetismo (Elevação da alma).
·         Escolástica ( A fé controla a razão).                




·         Influência clássica greco-romana.
·         Antropocentrismo (O homem).
·         Individualismo (autonomia).
·         Naturalismo (Explicações naturais).
·         Racionalismo (Espírito crítico).
·         Hedonismo (O valor do prazer).
·         Humanismo ( A razão tem o controle).

 
·         Racionalismo - Tudo pode ser explicado pela ciência e pelo uso da razão, em oposição à crença medieval de que a verdade só pode ser conhecida pelos ensinamentos da Igreja, baseados na fé e a religião.

·         Humanismo – Doutrina segundo a qual o homem é o valor supremo e fonte dos valores, no renascimento designa um ideal de cultura e de sabedoria livre das limitações impostas pela igreja Católica.

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Aula 3/4. O pensamento político de Nicolau Maquiavel (1469-1527).

  • Viveu intensamente os conflitos políticos de sua época, foi chanceler e embaixador de Florença numa Itália dividida em vários reinos e principados.

  • Sua principal obra é “o príncipe” (1513-1516), que basicamente é um manual sobre como se deve governar as massas.

  • Maquiavel parte da política real de seu tempo, não da ideal, ele prefere escrever sobre como se faz política real e não como deveria ser um governo ideal.

  • Críticas às ideias clássicas:
    • Fundamento da política – Deus, a natureza ou a razão.
    • Objetivos da política – O bem comum e a justiça.
    • A boa política se faz com um príncipe virtuoso.

  • Maquiavel era radicalmente contra a visão tradicional de política e contra as ideias que a fundamentava.

  • Principais ideias de Maquiavel:
    • Não se pode contar com a boa vontade do homens, pois todos são egoístas e ambiciosos.
    • A política é um fim em si mesmo.
    • Se puder exerça o bem, mas deve-se saber usar o mal quando necessário.
    • O objetivo da política é a tomada e a manutenção do Poder.
    • A política é a lógica da força (virtú – virtude).
    • O príncipe deve fazer-se temido e, se não for amado, deve evitar ser odiado.
    • “Os fins justificam os meios.” (finalidade principal: a estabilidade política).
    • Maquiavel separa política de ética e direito.
    • Sua filosofia expressa a realidade interna do poder.
    • Governar é fazer acreditar.


Aulas 5/6. O nascimento da ciência moderna.

  • A visão de ciência dos antigos gregos – O conhecimento estava voltado para a compreensão da totalidade do real, da vida humana e da natureza, o ensino tinha por objetivo o domínio de si mesmo e a reflexão sobre as virtudes.

  • O período moderno, em especial a partir do século XV, significou o fim do cosmo fechado grego e da transcendência medieval, dando lugar a uma nova concepção de homem e de mundo, a partir da consciência do Cosmo infinito.

  • O homem se separa do Cosmo, que passa a ser visto como objeto, conhecendo a possibilidade de dominá-lo.

  • A Revolução científica é um  movimento de ideias que ocorreu, simultaneamente na Física, na Astronomia e na Biologia, e que vai provocar uma reviravolta no pensamento filosófico.

  • A Epistemologia ou filosofia da ciência investiga os limites, as possibilidades, as origens e os tipos de conhecimento científico.


  • MÉTODO:

    • Tem origem grega, significa “seguir um caminho”.
    • Constitui o conjunto de procedimentos necessários para orientar determinada atividade ou pesquisa.
    • Exemplos: método dedutivo, método experimental, método indutivista,…

  • TEORIAS CIENTÍFICAS:

  • Com o método, o cientista procura conhecer Leis universais que expliquem certos fenômenos particulares, o encadeamento dessas leis e de fatos faz surgir as Teorias científicas.

  • Como se elabora uma teoria científica:

  • Primeiramente, o cientista seleciona um FATO, visto como um PROBLEMA a ser resolvido. Com a OBSERVAÇÃO dos fatos criam-se HIPÓTESES, que devem guiar as EXPERIÊNCIAS, essas experiências devem comprovar ou não as hipóteses, com resultados positivos, o cientista extrai LEIS necessárias, que ao serem encadeadas formam as TEORIAS científicas.

  • O que é uma teoria científica?

  • É um sistema ordenado e coerente de proposições ou enunciados baseados em um pequeno nº de princípios, cuja finalidade é descrever, explicar e prever do modo mais completo possível um conjunto de fenômenos, oferecendo suas leis necessárias.

  • Podemos citar como exemplos: a teoria da evolução, a teoria do Big bang ou a teoria da relatividade de Einstein.

  • A ciência do século XVII:

  • O desenvolvimento científico do século XVII foi fundamental para a construção da ciência moderna, pois os pressupostos ali colocados serviram de base para tudo o que foi feito a partir daí.

  • Pressupostos:
    • Matematização da natureza – Explicação de eventos naturais através das relações matemáticas existentes.
    • Adoção do método experimental – Não confiar apenas nas teorias, mas fazer experimentos que as comprovem.
    • Pensamento mecanicista – O Universo é considerado uma grande máquina, aonde todos os seus elementos estão conectados.
    • Novos objetivos -  Aa ciência passa a ter como objetivo ampliar o poder dos homens sobre a Natureza.

  • A partir do século XVII há uma mudança radical de postura intelectual, com a adoção dos pressupostos citados, o homem passa a ter poder sobre a Natureza, fabricando novas verdades.

Aula 7. A oposição entre o Racionalismo e o Empirismo.

  • O RACIONALISMO:        

  • Doutrina filosófica inaugurada pelo francês René Descartes (1596-1658),  faz do sujeito do conhecimento o  fundamento de toda a verdade.
  • A Razão é a luz natural inata que permite o acesso à verdade.
  • A verdade é uma característica das ideias e não das coisas.
  • A frase considerada símbolo do Racionalismo é o cogito cartesiano: “Penso, logo existo.”    (a primeira verdade é a minha existência enquanto um ser pensante).

  • AS IDEIAS INATAS:
  • Descartes defende a existência de “ideias inatas”, que por serem puras (livres dos sentidos) só podem existir porque já nascemos com elas.
  • Exemplos: Infinito, tempo, espaço, Deus, relações matemáticas,.. (intuições intelectuais).

  • O EMPIRISMO:        

         Doutrina filosófica que encontra o seu auge nos séculos XVII e XVIII na Inglaterra com Francis Bacon, John Locke e David Hume.
         A Razão, a verdade e as ideias são adquiridas por nós através da experiência sensível, antes da experiência, nossa mente é como uma “folha em branco”.

         A ORIGEM DAS IDEIAS:
         As sensações formam a percepção, a associação das percepções formam as ideias.
         Temos o hábito de fazer associações; para Hume  a razão é o hábito de associar ideias.

  • PROBLEMAS:        

         Do Racionalismo: Se as ideias são inatas, porque mudam? (A razão muda e prova que certas ideias são falsas.)

         Do Empirismo: Se as ciências são apenas hábitos, não possuem objetividade (verdade?), o conhecimento empírico é uma ilusão. (Impossibilidade do conhecimento objetivo da realidade).  



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