segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Resumo Filosofia 3º médio ETIP (3º trim)

Aulas 1/2. A Escola de Frankfurt

  • Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.

  • Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das ideias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).
 







·         Principais influências:
       
O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).                 
A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).



  • Nomes: 
* Max Horkheimer (1895-1973).
* Theodor Adorno (1903-1969).            
* Walter Benjamim (1892-1940).
* Herbert Marcuse (1898-1979).
* Jurgen Habermas (1929- )
* Erich Fromm (1900-1980).




                                  * Entender as relações que movimentavam as massas.
  • Questões          * Análise crítica dos meios de comunicação.
             * Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
             * Crítica à ideologia capitalista.          

  • Conceitos:

    • Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
    • Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.



A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar. 

·         A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
                                                                    
Expressão do talento do autor -------- Reprodução repetitiva.
Momento de criação --------------------- Produtos para consumo rápido.
Experimentar o novo -------------------- Consagrar o padrão.
Provocar, chocar, incomodar ---------- Lazer e diversão, satisfazer os sentidos

Aulas 3/4. O Surrealismo

  • O Surrealismo foi um movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam definir o modernismo no período entre as duas guerras mundiais.

  • Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (Áustria, 1856-1939), o Surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um de seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo Racionalismo.

  • O poeta e crítico francês André Breton (1896-1966) foi o principal líder e mentor deste movimento.

  • Outros representantes: A. Artaud, Luís Buñuel, Salvador Dali, René Magritte, Pablo Picasso, Juan Miró, Max Ernst.

  • Características – Combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.

  • Os Surrealistas rejeitavam a chamada ditadura da razão e os valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra. Para eles, a imaginação é mais importante do que a razão.

  • A partir da leitura de Freud, os surrealistas mergulharam na ideia de que a verdade estava nos sonhos, uma forma de linguagem que  nos abre o acesso ao inconsciente, onde estão guardados os pensamentos e desejos mais profundos do homem. É nessas manifestações do inconsciente, nessa ligação entre o real e o imaginário, que o artista surrealista vai buscar sua inspiração. 

  • Humor, sonhos e a contra lógica (Irracionalidade) são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária. As ideias de bom gosto e decoro devem ser subvertidas.

  • Mais do que um movimento estético, o Surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes da Imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo de uma sociedade burguesa e superar a contradição entre objetividade e subjetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência.


Aula 5. A crítica ao mecanicismo, ao antropocentrismo e ao evolucionismo.

  • O Mecanicismo foi uma forma de pensar que acreditava que o Universo se comporta como uma grande máquina cujas causas podem ser conhecidas e compreendidas, sendo inteiramente previsíveis.

  • Para o mecanicismo, a máquina do mundo é uma estrutura grandiosa, e o conhecimento científico é aquele que pode ser medido, quantificado e decomposto em partes mais simples, como se fossem pequenas peças de um relógio.

  • A concepção de mundo e de homem contemporâneo estrutura-se a partir de um processo de questionamento e desconstrução do triunfo da razão.

  • A partir do século XIX, o Antropocentrismo, sustentado na razão humana, foi seriamente abalado pelas novas descobertas da ciência:
o   A teoria heliocêntrica de Copérnico e Galileu.
o   A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin.
o   A teoria materialista da história de Karl Marx.
o   Os questionamentos de Nietzsche e Freud.

·         A grande questão para se estabelecer uma relação entre a moral e a teoria da evolução, é, em primeiro lugar, a constatação do homem como uma espécie como outra qualquer.

·         A consequência da questão evolucionista é que a ideia de homem como um ser que se liberta dos instintos e evolui para uma racionalidade e civilização não se sustenta, uma vez que a cultura não é capaz de romper totalmente com sua base biológica.


Aula 6. A crítica da ciência: Popper, Kuhn e a razão instrumental.

  • O avanço tecnológico do século XX fez a ciência deslumbrar muitas pessoas, porém ao mesmo tempo em que obtinha avanços incríveis, também produzia muitos problemas.

  • Duas visões de ciência se destacaram neste século:

  • Karl Popper (Áustria, 1902-1994) – A ciência era conhecida como uma atividade estritamente indutiva, pois avança a partir de observações, experiências, hipóteses e generalizações. Popper questiona essa posição, dizendo que as referências indutivas não conferem uma necessidade lógica à teoria, propõe a Teoria da Falseabilidade, segundo a qual uma teoria só pode ser considerada verdadeira até que ela seja refutável ou falseável.

  • Thomas Kuhn (E.U.A., 1922-1996) – Com sua obra: “A estrutura das revoluções científicas” (1962) ele propõe que as grandes revoluções científicas ocorriam por uma evolução de paradigmas (modelos). As mudanças ocorrem quando um paradigma não consegue mais dar respostas satisfatórias, ficando saturado; a busca por novas respostas levam à substituição por novos paradigmas.

  • Os grandes paradigmas da ciência moderna segundo T. Kuhn – Aristóteles/Ptolomeu, Copérnico/Galileu, Isaac Newton e Albert Einstein. 

  • A razão instrumental – A racionalidade instrumental surge quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a natureza e os seres humanos. Ao contrário, a razão crítica questiona os limites e a validade da razão humana.

Aula 7. O Existencialismo.

  • Corrente filosófica surgida na Europa durante a segunda guerra mundial, tem por objetivo estudar a existência humana, o modo de ser do homem no mundo, questionar o valor da vida e da dignidade. 

  • Nomes:
    • S. Kierkegaard (Dinamarca, 1813 – 1855): “O conceito de angústia.”
    • M. Heidegger (Alemanha, 1889 – 1976): “Ser e tempo”.
    • M. Merleau-Ponty (França, 1908 – 1961): “Fenomenologia da percepção”.
    • J. Paul Sartre (França, 1905 – 1980): “O ser e o nada”.

  • Principais ideias:
    • O ser humano é finito.
    • A vida humana é sempre problemática. (incerteza quanto às possibilidades).
    • Realce aos aspectos negativos e destrutivos das possibilidades existenciais dos homens no mundo. (morte, doença, sofrimento, fracasso, loucura,…)

  • Jean-Paul Sartre ( França, 1905 – 1980)

  • Destaca a necessidade do ser humano de buscar um sentido para a própria existência.

  • Nas coisas, a existência precede a essência. (ideia que explica).

  • Nas pessoas a existência precede a essência. ( os homens existem, estão aí, para depois construirem sua essência, seu projeto existencial).


  • O ser humano está condenado a ser livre. ( o exercício da liberdade gera uma angústia da existência, devido a responsabilidade das pessoas sobre a própria vida, e a incapacidade de escolher certo dentre as várias possibilidades). 

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