quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Resumo Sociologia 1º médio ETIP (3º trim)

Aula 1. Os diversos tipos de trabalho.

·         As relações de trabalho se transformaram radicalmente ao longo da história da humanidade, com formas variadas.

o   Trabalho Escravo – Caracteriza-se pelo escravo ser propriedade de outra pessoa e dela depender totalmente, a sua existência depende do seu dono, cabia ao dono dar-lhe alimento, moradia e segurança em troca de trabalho e de fidelidade.
o   Trabalho servil – O feudo era uma porção de terra que pertencia a senhores feudais e nesse espaço viviam os servos, que em troca de segurança, trabalhavam nas terras dando parte do que produziam para seus senhores. Servos não eram escravos, mas também não eram livres.
o   Trabalho assalariado – Com a revolução industrial, o trabalhador não trabalha mais para ele mesmo, mas para outra pessoa, ele vende seu tempo e sua força para o dono da fábrica, que lhe paga um salário.
o   Trabalho virtual – Com a globalização cada vez maior através dos avanços tecnológicos, em especial a internet, criou-se um novo campo de trabalho, baseado na obtenção e difusão rápida de informações.           


·         A virtualização do trabalho é uma realidade no cotidiano das pessoas e das empresas. Com o advento da internet, o tempo se separou do espaço devido à velocidade de trânsito no mundo virtual, em segundos é possível acessar informações de qualquer parte do mundo. Chamamos este ambiente virtual de ciberespaço.

·         Características do trabalho virtual -

o   Não se prende a nenhum território.
o   Pode ser executado a qualquer horário.
o   Aumento do controle de produtividade.
o   Acesso imediato à informações e pesquisas profissionais.  

·         Vantagens do trabalho virtual

o   Diminuição de custos da empresa com infraestrutura.
o   Maior mobilidade funcional com maior alcance da clientela.
o   Aumento da motivação e da produtividade.
o   Flexibilização dos horários de trabalho.

·         Desvantagens do trabalho virtual

o   Comodismo, exigindo muita autodisciplina.
o   Duvidosa eficiência dos mecanismos de controle.
o   Pode prejudicar a interação social.
o   Maior volume de gastos com a segurança virtual.



Aula 2. O trabalho segundo Marx, Durkheim e Weber.

·         O trabalho segundo Karl Marx (Alemanha, 1818-1883):

o   Para Marx, é por meio do trabalho que o homem põe em movimento as forças naturais de seu corpo e de sua mente a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana.
o   O trabalho é a única forma válida de obter riqueza,
o   No capitalismo, a força de trabalho é uma mercadoria, o trabalhador vende sua força de trabalho para o burguês.
o   A divisão do trabalho determina também as relações sociais dos indivíduos, criando desigualdades.

·         O trabalho segundo Émile Durkheim (França, 1858-1917):

o   Para Durkheim, a divisão do trabalho gera um novo tipo de solidariedade, não mais baseado na semelhança entre os componentes, na chamada Solidariedade mecânica.
o   O encontro de interesses profissionais gera um novo tipo de laço social, a chamada Solidariedade orgânica
o   Esse tipo de solidariedade é típico das sociedades modernas e urbanas, com uma coesão social mais complexa.

·         O trabalho segundo Max Weber (Alemanha, 1864-1920):

o   Para Weber, a sociedade capitalista é uma sociedade do trabalho determinada pela acumulação de capital.
o   A ética protestante é uma categoria fundamental para a compreensão do trabalho.
o   O protestantismo proporcionou a formação de uma nova mentalidade, um conjunto de valores e hábitos que criaram um ambiente favorável à expansão do capitalismo.
o   O trabalho é o meio mais eficiente para se atingir a graça divina, pois é na atividade que usamos os dons que recebemos, aumentando assim a glória de Deus.


Aula 3. O sistema econômico: desenvolvimento ou superação?

·         Primeira questão: O fim do trabalho manual.

·         A ideia de que um dia as máquinas substituirão o trabalho humano vem desde a revolução industrial, porém esta previsão não se concretizou.
·         Com a revolução microeletrônica nas décadas de 1960-1970, as ideias apocalípticas do “fim do trabalho” se renovaram, mas também não ocorreram, afinal, robôs não compram mercadorias.
·         Se assim fosse, os E.U.A. e o Japão teriam uma enorme taxa de desemprego, o que não acontece.
·         É um erro achar que as inovações técnicas acarretam “impactos sociais”, na verdade a tecnologia é produto das relações sociais, ela surge como forma de suprir as necessidades das pessoas.  




·         Segunda questão: A virtualização do trabalho.

·         A partir do advento e da popularização da internet na década de 1990, cria-se um novo mercado de trabalho, mais dinâmico e inovador, mudando radicalmente a natureza do trabalho humano.
·         Com as novas tecnologias, o trabalho físico cede lugar ao trabalho cognitivo (mental), a virtude chave é a “criatividade intelectual”. 
·         A rede virtual se transforma no espaço e no meio de produção e circulação de bens e serviços.  


·         Mitos sobre o trabalho virtual:

·         O Trabalho virtual substituirá o trabalho manual – A parcela imaterial do trabalho é minoritária, sempre vai ser preciso o trabalho manual.

·         O Trabalho virtual transforma as relações trabalhistas – Mesmo virtual, o trabalho ainda é capitalista, ou seja, é determinado pela exploração da força de trabalho para aumentar o capital.

·         O Trabalho virtual é criativo e revolucionário – O trabalho ainda é assalariado, logo ainda existe a manipulação, a manutenção de padrões e a distorção da criatividade.
             

Aula 4. O sentido da autonomia no processo de globalização.

·         A sociedade moderna, globalizada, impulsionada pela explosão das informações e intensificação das comunicações a nível mundial contempla a cultura pluralista e ao mesmo tempo o fortalecimento da sociedade de consumo.

·         O capitalismo tem suas bases na atuação da mídia, no tecnopoder e na cultura da informatização.

·         As esferas sociais são autônomas, não se determinam, embora estejam relacionadas, por exemplo: o sistema econômico, o sistema político, a religião, a produção cultural e as relações sociais mantêm relações sem perder suas características próprias.

·         Até as décadas de 1960 o trabalhador era quase que um autômato, seguindo uma linha de produção, com a terceira revolução industrial, o ritmo de inovação tem sido muito rápido, o que exige do trabalhador uma nova postura e novas habilidades.

·         Habilidade e competência da mão de obra requerem como qualidades: polivalência, formação técnica, capacidade de análise, interpretação e correção, criatividade, tomada de decisão e boa comunicação.

·         Os trabalhadores devem ser autônomos para atender uma demanda que exige o diferente, para aprender, criar nova técnicas e resolver problemas. 

·         Pessoa sem qualificação, sem informação, com falta de visão crítica e com pobreza cultural estarão excluídas do mercado de trabalho e à margem da sociedade globalizada.

·         O grande desafio da formação educacional e técnica deve ser garantir a qualificação em termos de capacidade de gestão, participação, decisão e inovação.


Aula 5. Estratificação da sociedade e desigualdade.

·         Somente se pode compreender o conjunto da sociedade ou de uma organização compreendendo-se a relação dos elementos entre si e o modo como eles se arranjam na sociedade.
·         A estrutura social de qualquer sociedade contém direitos e deveres recíprocos, ou seja, aceitos e válidos para todos.
·         A estratificação social nada mais é do que a divisão de uma sociedade em classes, existem três tipos básicos de estratificação:
o   Estratificação econômica – Divisão entre ricos, classe média e pobres.
o   Estratificação política – Divisão entre os que têm e os que não têm poder.
o   Estratificação profissional – Divisão entre as profissões por grau de importância. 

·         A estratificação é fruto das desigualdades sociais, se todos fossem iguais não haveria a divisão social hierarquizada, ou seja, não haveria divisão entre “melhores” e “piores”.
 
·         Segundo Karl Marx, as relações sociais dependem de quem controla os modos básicos de produção econômica, como as terras ou as fábricas. A divisão em classes sociais depende do lugar que cada um ocupa no sistema de produção.

·         Max Weber distingue três tipos de estratificação: econômica, política e a divisão do status social, ou seja, o modo de vida das pessoas define sua classe social.

·         Para haver desigualdade, deve-se haver diferenças; porém não é por que existem diferenças que deve existir a desigualdade. Essa desigualdade se expressa principalmente pelas diferenças de oportunidades.


·         As diferenças são válidas, mas as desigualdades não são aceitáveis.

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