quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Resumo Sociologia 2º médio ETIP (3º trim)


Aula 1. Os direitos civis, políticos e sociais.

·         Em uma sociedade organizada aonde a cidadania é praticada, todos têm direitos, deveres e meios de participação, podemos distinguir três grandes tipos de direitos:

o   Direito civil – Estabelece as condições legais que regem as relações sociais, refere-se à pessoa, à família, aos bens e à sua forma de aquisição, aos contratos. Exemplos: Liberdade de ir e vir, liberdade de expressão, direito de defesa, ...
o   Direito político – Ligado à participação popular no exercício do poder político. Exemplos: Votar nas eleições, filiar-se a um partido, acompanhar o trabalho dos candidatos eleitos.
o   Direito social –   Refere-se às condições necessárias para manter a qualidade de vida dos cidadãos.

o   Direitos sociais garantidos pela constituição brasileira: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.

·      Os direitos civis, sociais e políticos foram conquistados ao longo de séculos, sendo a maioria deles conquistada no século XX por meio da pressão de movimentos sociais e de trabalhadores

·      No Brasil, o Estado teve um papel fundamental na garantia desses direitos, muitos deles cedidos pela “bondade” dos governantes colocando a população na dependência dos líderes políticos.  

Aula 2. Marx, Weber e a cidadania.

·         Segundo Marx, a cidadania é parte integrante da emancipação política, pois a política é, em sua essência, uma forma de opressão. 

·         A chamada sociedade civil tem suas raízes nas relações econômicas, no ato de compra e venda da força de trabalho pelos proletários, sendo que este ato puramente econômico produz necessariamente a desigualdade social.

·         A produção de desigualdade social é uma tendência crescente no sistema capitalista, a vida sob o domínio do capital se torna alienada, manipulada, os que têm capitais controlam os que não têm.

·         Marx prega a eliminação completa do capital em todas as suas categorias, só assim se consegue a emancipação humana, numa sociedade assim, nem é preciso cidadania, pois todos seriam iguais em direitos e deveres.

·         Max Weber defendeu que a origem das cidades modernas da Europa se deu a partir de um movimento de cidadãos, profissionais que se reuniam em guildas, corporações, associações e ligas comerciais.

·         Esses novos grupos econômicos se sublevaram contra o poder da nobreza de sangue, lutando de forma unitária para tomas o poder, garantindo a união e a coesão social.

·         Para Weber, a luta da burguesia pelo poder acabou por garantir a expansão de alguns direitos civis, políticos e sociais. 

·         A cidadania para Weber é o conjunto de ações sociais resultantes da luta pelo poder, a oposição com a nobreza e o clero fez valer a ideia de universalização dos direitos humanos.


Aula 3. Juventude e participação política.

·         A cidadania é determinada pela participação política, social e econômica das pessoas de uma comunidade.

·         A participação política se dá através de voto, militância partidária e sindical, participação em manifestações e de várias outras formas.

·         Existem duas grandes dimensões de participação política:

o   O poder de escolha diante de eleições, plebiscitos e referendos.
o   O controle social do Estado, fiscalizando a atuação das pessoas eleitas.

·         Quando se fala da participação dos jovens na política brasileira, costuma-se questionar usando um já conhecido argumento: As gerações anteriores, que vivenciaram a luta contra a ditadura eram muito mais politizadas e revolucionárias que a atual geração. Esta ideia se transformou num verdadeiro estigma.

·         Hoje, as formas de participação e de atuação se multiplicaram , vão além das formas tradicionais como o movimento estudantil e a política partidária. Essas mudanças transformaram as possibilidades de praticar a cidadania, logo não podemos acusar a atual geração de apática, pois muitos participam de outra forma.

·         Os jovens têm capacidade e energia suficientes para assumir ou para mudar os valores e as práticas em constante construção da configuração social.


Aula 4. Cidadania digital e as redes sociais.

·         A cidadania digital é a capacidade para participar das várias esferas sociais através do universo virtual, estando on-line, conectado com tudo o que acontece.

·         A utilização da internet trouxe benefícios significativos para a participação democrática. Nesse sentido, os cidadãos digitais são aqueles que utilizam a rede em busca de informações políticas. São aqueles que fazem parte de uma sociedade verdadeiramente global

·         Uma das principais características dessa sociedade digital é a desterritorialização, ou seja, a cidadania não se restringe a um território, a uma cidade ou a um país, ela não conhece fronteiras.

·         O exercício cívico atual deixou de estar ligado apenas a questões políticas e econômicas, passa a girar em torno de questões sociais como a luta contra a pobreza, a preservação ambiental ou a paz social.

·         Enquanto os meios de comunicação tradicionais como TV, rádio e jornais são unidirecionais, as redes sociais são bidirecionais, ou seja, você não é só o receptor, mas também o emissor de notícias e de informações com um alcance global e instantâneo.

·         O processo de organização das manifestações é muito bem articulado pelas redes sociais, com a internet, as convocações ocorrem de forma imediata e simultânea para vários grupos sociais.

·         Outra importante característica presente é a ausência de lideranças, tornando estes atuais movimentos completamente diferentes de outras épocas.


Aula 5. A situação das mulheres no mundo e no Brasil.

·         Dados estatísticos da situação da mulher no mundo:(Fonte – ONU/the world’s women 2015)                                                                                                                                         

 ·         População mundial:
o   Homens   – 50,4%
o   Mulheres – 49,6%
  • ·         Expectativa de vida:

o   Homens  – 68 anos.
o   Mulheres – 72 anos.  
  • ·         Participação na força de trabalho:

o   Homens  - 77%
o   Mulheres – 50% 
  • ·         Participação política feminina:

o   No legislativo – 22%
o   Chefes de governo – 16


·         Países governados por mulheres em novembro de 2016:

o   Europa – Alemanha, Croácia, Escócia, Kosovo, Lituânia, Malta, Noruega, Polônia e Suíça.
o   América – Chile, Jamaica e Trinindad-Tobago.
o   Ásia – Bangladesh e Coréia do sul.
o   África – Libéria e República Centro-Africana.

·         População brasileira:
o   Mulheres  – 51,4%
o   Homens   – 48,6%

·         Dados estatísticos da violência contra a mulher no Brasil:

·         Número de homicídios femininos:
o   Em 1980 –  1353.
o   Em 1990 –  2585.
o   Em 2000 –  3743.
o   Em 2010 –  4465.
o   Em 2013 –  4762 ( em média 13 por dia).


Aula 6. Mulher: igualdade, diversidade e respeito.

·         No Brasil houve avanços significativos na área dos direitos das mulheres, principalmente na Constituição de 1988, porém ainda encontramos a discriminação, seja ela trabalhista, familiar ou afetiva.
·         Um dos grandes problemas é que as diferenças naturais, biológicas passam a ser vistas como desigualdades, tornando as mulheres vulneráveis à exclusão social.

·         Essa exclusão surge nos âmbitos político, econômico e social, tendo desdobramentos nas áreas da cultura, educação, trabalho, políticas sociais, etnia, identidade e outras.

·         As relações entre homens e mulheres, ao longo dos séculos, mantém caráter excludente e preconceituoso, deixando a mulher em condição de inferioridade. Até mesmo os ideólogos burgueses do século XVIII destacaram a inclinação natural das mulheres para o lar e para a educação das crianças.

·         A educação, seja a informal doméstica ou a instrução escolar, contribui para manter as bases da exclusão e da violência contra a mulher.

·         É a partir de detalhes que essa imagem de inferioridade vai sendo construída: brinquedos infantis (carrinho X boneca), estereótipos (azul X rosa), piadas, apelidos e ofensas (chamar um garoto de mulherzinha). 

·         Dessa forma, vão sendo atribuídas personalidades padronizadas para homens e mulheres, gerando a necessidade da existência de um ser frágil, dócil e submisso para justificar o poder do outro, forte, agressivo e dominador.

·         A cultura brasileira é historicamente patriarcal e machista, gerando uma situação de desigualdade difícil de enfrentar.

·         É necessária a desmontagem de um esquema construído numa lógica patriarcal que dificulta a percepção de mundo, tornando a desigualdade algo “natural”. 


·         A proposta de desconstrução é a de desmontar a lógica das oposições binárias do pensamento tradicional, evidenciando que estas são construções históricas, podemos começar com pequenos gestos e atitudes positivas, rejeitando qualquer rótulo de inferioridade feminina, isto como um primeiro passo rumo à igualdade de gênero. 

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