sábado, 13 de maio de 2017

Resumo Filosofia 3º médio ETIP (2º trim)


Aula 1. Razão e consciência.



·         A questão filosófica central dos pensadores do século XIX e do início do século XX é a dos limites existentes entre a razão e a consciência.



·         “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. (Blaise Pascal)



·         A razão científica não é capaz de explicar e resolver todos os problemas e situações humanas, questiona-se a crença na superioridade da razão como principal critério de humanização e de superioridade do homem, crença essa que busca justificar o domínio sobre a natureza, os homens e culturas.



·         Até que ponto a razão científica (criadora) é capaz de orientar a vontade e os desejos humanos?



·         Os homens se julgam racionais, mas são capazes de cometer atos terríveis, verdadeiras atrocidades e justificá-las em nome da razão, existem inúmeros exemplos históricos disso: a escravidão dos africanos, o massacre dos índios americanos, as guerras religiosas, o holocausto dos judeus, as bombas atômicas no Japão, os massacres étnicos na Bósnia.



·         O ser humano é realmente civilizado? A razão humana tem algum poder sobre as emoções?



·         Se entendermos a civilização como uma manifestação cultural, então a evolução cultural da humanidade pode nos dar pistas preciosas sobre essa questão.



·         A ideia da cultura como formação humana, chamada de Paideia, surge entre os antigos gregos, que entendiam a educação num contexto mais amplo, não se educa alguém só com teorias e ideias, mas também com a arte, a justiça, a beleza e a política.



·         A partir do Iluminismo, no século XVIII, a ideia de civilização adquire um sentido universal sob o domínio da razão.



·         As criações humanas não estão associadas apenas à razão, mas a valores morais e espirituais que influenciam decisivamente o comportamento das pessoas.



·         Para Hegel, a cultura é uma produção histórica que se desenvolve a partir das relações dos homens com os outros e com a natureza, em um processo de criação cultural.



·         A cada período histórico, o Espírito ou razão universal produz uma cultura determinada, que exprime o estágio de desenvolvimento espiritual e racional da Humanidade num progresso contínuo.



  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas 59 a 62 (só as partes grifadas).



 Aula 2. A crítica à consciência: Marx e Freud.





·         O materialismo histórico de Karl Marx pode ser considerado uma crítica à tendência de superioridade racionalista.



·         Materialismo histórico: Concepção marxista segundo a qual os acontecimentos históricos e as relações sociais eram determinados pelas condições materiais de existência, que incluíam o trabalho e a luta de classes.



·         O sistema capitalista se desenvolveu e se expandiu a partir da exploração dos trabalhadores pelas classes dominantes, sua ideologia faz as pessoas entenderem a exploração como algo natural, histórico, tornando-as alienadas.



·         A alienação no sentido marxista faz os indivíduos perderem a consciência da própria vida e serem engolidos pelas diretrizes do sistema capitalista.



·         Conclusão óbvia: somos todos manipulados pelo sistema opressor capitalista, vivemos uma ilusão social.



·         A psicanálise de Sigmund Freud também contribuiu decisivamente para o desencanto com a razão humana.



·         Freud divide a estrutura psíquica em três partes:



o   Consciente – Conjunto de fatos psíquicos de que temos conhecimento imediato.

o   Subconsciente – Conjunto de fatos psíquicos que estão latentes e podem facilmente aflorar à consciência através da memória ou do desejo.

o   Inconsciente – Conjuntos de fatos psíquicos que não podem ser trazidos à consciência nem pela vontade, nem pela memória, podem surgir nos sonhos e nas neuroses.



·         Com a ideia de inconsciente, Freud mostra que o homem não se define pela racionalidade, e sua mente não se caracteriza apenas pela consciência.



·         Ela é determinada por desejos e impulsos de que não temos conhecimento e que, embora reprimidos, permanecem na mente e manifestam-se em nosso comportamento.





Aula 3/4. A crítica à moral: Friedrich Nietzsche (Alemanha, 1844 – 1900)



·         Filho de pastor protestante e professor de filologia clássica (estudo das origens culturais das palavras e das formas literárias) na Universidade da Basileia na Suíça.



·         Profundo estudioso dos antigos gregos, tinha verdadeira admiração pela cultura clássica.



·         Influências teóricas de A. Schopenhauer (ateísmo e pessimismo com a miséria humana) e do músico Richard Wagner (expressão musical das tragédias gregas).



·         Nietzsche viveu intensamente a filosofia, para ele o filósofo deveria ser um artista e um médico, sua investigação é subjetiva e autobiográfica.

·         “Todos os grandes problemas exigem um grande amor e só espíritos rigorosos, claros e seguros são capazes de tal, pois os grandes problemas não se deixam apreender pelos débeis e pelos seres com sangue de rã.” (A Gaia ciência, § 345).



Principais ideias:



·        A tragédia grega é o ápice da perfeição artística, mas começou sua decadência com o advento do Racionalismo.



·        O homem é o criador dos valores, mas esquece de sua própria criação e vê neles algo de transcendente, de eterno e verdadeiro, quando os valores não são mais do que algo humano, demasiado humano.



·        O cristianismo, a metafísica e o racionalismo são a manifestação da decadência humana, isto é, da fraqueza e da negação da vida.



·        A vida é dor, luta, destruição, crueldade, incerteza, erro. É a própria irracionalidade, não tem ordem nem finalidade, o acaso a domina. Podemos ter diante da vida uma atitude de renúncia (fuga, ascetismo cristão) ou de aceitação (exaltação, superação do homem).



·        Todos os valores fundados na renúncia e na diminuição da vida, todas as chamadas virtudes que tendem a mortificar a energia vital e a destroçar e empobrecer a esperança e a vida, degradam o homem e são indignas dele.



·        É realmente virtude toda paixão que diz sim à vida e ao mundo. (Vontade de poder).



·         Nietzsche opera uma inversão de valores, o que sempre foi considerado um bem é na verdade um mal e vice-versa.





 TÁBUA DE VALORES:


ESCRAVOS
SENHORES
MISÉRIA
RIQUEZA
DOR
PRAZER
FRAQUEZA
FORÇA
DEVER
LIBERDADE
TRANSCENDÊNCIA
IMANÊNCIA
HUMILDADE
ARROGÂNCIA
MORTE
VIDA






                                                BEM                       OU                  MAL









·         Para Nietzsche, a moral dos fracos foi inventada para controlar e dominar os fortes, eles invejam os fortes e como não conseguem ter e fazer o mesmo, procuram pela renúncia à vida e pelo sofrimento voluntário alcançar a felicidade em uma vida futura, eterna, após a morte.



Aulas 5/6. A Escola de Frankfurt



  • Um gr6upo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.



  • Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das ideias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).




·         Principais influências:       
      O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).                 

      A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).


  • Nomes:

          * Max Horkheimer (1895-1973).

          * Theodor Adorno (1903-1969).

     * Walter Benjamim (1892-1940).
    * Herbert Marcuse (1898-1979)
    * Jurgen Habermas (1929- )
          * Erich Fromm (1900-1980).



  • Questões:



                   * Entender as relações que movimentavam as massas.

              * Análise crítica dos meios de comunicação.
                  * Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
                  * Crítica à ideologia capitalista.          



  • Conceitos:



    • Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
    • Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.




A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.

No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar. 



·         A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:

1.    Expressão do talento do autor-----reprodução repetitiva.

2.    Momento de criação------------------produtos para o consumo rápido.

3.    Experimentar o novo-----------------consagrar o padrão.

4.    Provocar, chocar, incomodar------lazer e diversão, satisfazer os

                                                                     Sentidos.



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