quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Resumo Sociologia 3º médio ETIP (1º trim)


Aula 1. Sociologia: conceitos e panorama histórico.



  • A Sociologia estuda os fenômenos sociais em geral, quer sejam ou não percebidos como problemas.
  • A expressão Fenómenos Sociais designa os fenómenos que decorrem da vida social e do comportamento humano, tais como os fenómenos económicos (desemprego, crescimento económico, inflação, riqueza e sua distribuição,...), demográficos (crescimento populacional, emigração e imigração, distribuição por faixas etárias), sociológicos, políticos, históricos, etc.
  • Uma sociedade não é apenas a soma dos indivíduos que a compõem, mas o conjunto de relações que ligam as pessoas.



  • A Sociologia não pretende explicar tudo o que acontece na sociedade, parte de uma seleção intencional de fatos relativos ao conjunto das relações sociais possíveis de serem transformadas em uma representação da realidade. 

  • Problemas:

* O objeto de estudo é dinâmico, transitório.                       

* O pesquisador é parte do objeto que estuda, ou seja, não é neutro.
* Dificuldade de submeter as teses à experimentação.
* Influências políticas e econômicas no processo de pesquisa.





  • O primeiro marco histórico do surgimento da Sociologia foi sem dúvidas a instalação definitiva da sociedade capitalista a partir do século XVIII, com as revoluções científica, industrial e francesa.

  •  Essas três revoluções modificaram o mundo e foram objeto de estudo de grandes pensadores, que criaram a sociologia como uma forma de entender e talvez resolver os novos problemas políticos e sociais criados por esses movimentos.





Aula 2. A sociologia de Émile Durkheim (França, 1858 – 1917).



  • De família judaica, Durkheim foi professor de sociologia na França, foi o principal responsável pela transformação da sociologia em ciência reconhecida como tal.



  • Obras:
    • Da divisão do trabalho social.
    • As regras do método sociológico.
    • O suicídio.
    • Educação e sociologia.



  • Durkheim desenvolveu o método científico da sociologia, sistematizando a ação do pesquisador e o objeto de estudo. O centro desse método é a ideia de que o sociólogo deve ser imparcial, tratando os fatos sociais como “coisas”.



  • A sociedade não é a simples soma dos indivíduos que a compõem, é um sistema que representa determinada realidade com características próprias.



  • Os “Fatos sociais” consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem.



  • O caminho mais adequado para os estudos sociológicos é buscar identificar as causas de um fato social em outro fato social, ou seja, a resposta para os problemas sociais se encontram na própria estrutura social.



  • Características dos fatos sociais:



    • Exterioridade – As regras sociais, os costumes e as leis já existem antes das pessoas e agem sobre elas.
    • Generalidade – É social todo fato que é geral, que se aplica à todas ou a maioria das pessoas, é de natureza coletiva.
    • Coerção social – A força (pressão) que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos.



Aula 3. As ideias sociológicas de Émile Durkheim (França, 1858 – 1917).



  • O principal mecanismo de coerção social é a educação, que impõe maneiras de ver, de sentir e de agir, tentando moldar as pessoas à imagem do meio social.



  • A educação teria com objetivo central a socialização das novas gerações. Estes jovens aprenderiam não apenas conteúdos escolares, mas a disciplina moral e a autoridade política (respeito e submissão), sendo assim um poderoso fator de manutenção da sociedade (coesão social).



  • UNIDADE garantida pelas SEMELHANÇAS de VALORES e IDEIAS, quando internalizados se tornam NATURAIS, perpetuando a UNIDADE.



  • Solidariedade:



    • Mecânica – Crenças e valores comuns, sociedades antigas/rurais, manter as tradições.
    • Orgânica – Divisão do trabalho, sociedades modernas/urbanas, coesão social complexa.



  • O mundo moderno caracteriza-se por uma redução na eficácia de determinadas instituições integradoras como a religião e a família, já que os indivíduos passam a se agrupar segundo suas atividades profissionais.



  • A multiplicidade de correntes de pensamento diluiu a coerção social, com isso há um senso de que a moral perdeu sua eficiência no controle da sociedade.



Aula 4. As ideias sociológicas de Karl Marx (Alemanha, 1818 – 1883).



  • Marx faz uma análise crítica radical da sociedade capitalista.



  • Foco sociológico:
    • As contradições básicas da sociedade capitalista.
    • As possibilidades de superação.



  • Conceitos:



  • Relações sociais de produção: São a base de toda estrutura social. Expressam as formas de organização dos meios de produção.



  • Materialismo histórico: Evolução das relações materiais de subsistência.



  • Matéria-prima + Instrumentos de produção = Meios de produção.



  • Meios de produção + Trabalho humano = Forças produtivas.



  • Forças produtivas + Relações de produção = Estrutura econômica.



  • O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é para Marx, a principal atividade humana, é sua história social, é o fundamento do materialismo histórico.



  • Forças produtivas + Relações sociais de produção = INFRAESTRUTURA



  • A Infraestrutura determina a Superestrutura.



  • SUPERESTRUTURA : Ideologias políticas, doutrinas religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais de ensino e de comunicação, conhecimento científico e filosófico.



  • O grande problema do capitalismo é a posse dos meios de produção, monopolizada pelos burgueses, só restando aos proletários vender sua força de trabalho aos burgueses para sobreviver.



Aula 5. Conceitos marxistas.



  • Mercadoria: É um objeto, uma coisa que, por suas propriedades satisfaz as necessidades humanas, seja qual for a natureza ou a origem delas. Possui dois tipos de valores:



  • Valor de uso: A utilidade da coisa.



  • Valor de troca: O valor dado para comercialização.



  • O valor de troca deve ser calculado a partir da quantidade de trabalho socialmente necessário para a produção da mercadoria.



  • No capitalismo, a força de trabalho foi transformada em mercadoria.



  • Fetiche da Mercadoria: Segundo Marx, a mercadoria tem um dom especial, ela oculta, como por encanto, a sua natureza de produto do trabalho humano e das relações sociais do processo de produção. O valor do produto perde a relação com o trabalho e ganha vida própria.



  • Alienação: O trabalhador não se reconhece no produto que criou ou ajudou a criar, ele não vê no trabalho qualquer finalidade que não seja a de garantir a sobrevivência. A alienação faz os indivíduos perderem a consciência da vida e serem engolidos pelas diretrizes do sistema capitalista. 



  • Mais-valia: Tempo de trabalho excedente em que o trabalhador produz mais do que o necessário para sua manutenção, propiciando a acumulação de capital nas mãos dos burgueses. A taxa de mais-valia é a expressão do grau de exploração da força de trabalho pelo capital. 



  • Obs: Ver apostila Pitágoras, páginas 13 e 14.



Aulas 6/7. A sociologia de Max Weber (Alemanha, 1864-1920)



  • Professor universitário, desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e economia.




  • Principais obras:       A ética protestante e o espírito do capitalismo. (1905).

                                             Economia e sociedade. (1922).



  • Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades.



  • Funda a chamada “sociologia compreensiva”, de caráter racionalista, considerando a ação individual como ponto de partida para a compreensão da realidade social.



  • Ação Social : Conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo, que orienta o agente de acordo com o comportamento dos outros, ou seja, o seu caráter social. Segundo Weber, há quatro tipos ideais, ou puros de ação social:



    1. Racional com relação a um objetivo : Projeto para agir. Ex: Um professor planejando a aula, um engenheiro desenhando a planta de um prédio.
    2. Racional com relação a um valor : Fidelidade a valores políticos, religiosos. Ex: um capitão que afunda com seu navio, um ataque terrorista.
    3. Emocional  ou afetiva: Reação emocional por medo, inveja, vingança,… Ex: brigas de torcidas.
    4. Tradicional : Ação por hábitos, crenças ou costumes. Ex: participar de cerimônias de casamento, funeral.



  A sociologia de Weber busca compreender a ação social através do sentido que o sujeito
 atribuiu à sua própria ação, ou seja, quer entender o sentido subjetivo das condutas sociais.



·         Weber analisa as regras e normas sociais como resultado do conjunto de ações individuais, das decisões pessoais. Ex: Uma religião existe por que muitas pessoas adotam estes valores, uma campanha comunitária acontece através da decisão pessoal de cada participante.



·         A análise do capitalismo :



·         A expansão do capitalismo moderno, cujo início ocorreu no século XIV com o renascimento comercial só foi possível a partir da expansão da religião protestante, em especial o Calvinismo, que pregava:



o   Ter lucro não era mais pecado, a usura era permitida.

o   O trabalho é o meio mais eficiente para se atingir a graça divina, a Salvação.

o   O ascetismo é valorizado, deve-se ter disciplina e auto-controle.

o   A prosperidade material é uma prova da predestinação, ou seja, algo que indica que Deus escolheu certa pessoa para ser salva.



 O protestantismo proporcionou a formação de uma nova mentalidade, um conjunto de valores e hábitos fundamentais que criaram um ambiente propício a expansão do capitalismo.



Obs: A reforma de Lutero teve início em 1517, e o Calvinismo surgiu em 1534.

Resumo Sociologia 2º médio ETIP (1º trim)


Aula 1. Ideologia e alienação: introdução.



  • O que é ideologia?



    • Sentido geral – Conjunto organizado e coerente de ideias que servem de referência para a conduta individual ou coletiva, motiva as pessoas a agirem. 
    • Exemplos: ideologias políticas (fascismo, socialismo, social-democracia,...), religiosas (catolicismo, protestantismo, carismáticos, ...), raciais (apartheid,..), econômicas (neoliberalismo, economia planificada,...), sociais (consumismo, individualismo,...).  



    • Sentido marxista – Consciência social de uma classe dominante, ou conjunto de ideias falsas e enganadoras destinadas a mascarar a realidade social aos olhos das classes dominadas, encobrindo as relações de dominação e de exploração . A ideologia torna o domínio das classes superiores natural à população.



  • As pessoas em geral acreditam que suas ideologias são as melhores soluções para os problemas sociais, defendendo-as ferozmente. Uma ideologia torna-se parte da identidade do indivíduo, definindo o modo como ele se mostra à sociedade.



  • O que é alienação? 



  • Origem – Palavra latina, vem do verbo “in alio”, que significa: separar-se de...



  • Sentido atual – Ser alienado hoje se refere à postura de indiferença do indivíduo diante das problemáticas sociais, tais como: corrupção, violência, desrespeito, imoralidade.

  • Sentido marxista – O trabalhador não se reconhece no produto que ajudou a criar, ele não vê no trabalho qualquer finalidade que não seja a de garantir a sobrevivência. Segundo Marx, a alienação faz os indivíduos perderem a consciência da vida e serem engolidos pelas diretrizes do sistema capitalista.

  • Exemplos de raciocínio alienante do senso comum:



    • Os pobres são pobres por sua própria culpa. (preguiça, ignorância).
    • Os pobres são pobres pela vontade divina. (destino pelo nascimento).
    • Os pobres são pobres por sua inferioridade natural. (justificativa natural para algo cultural). 



  • Ao ocultar as divisões sociais e políticas, a ideologia produz a ilusão social de que cada classe social tem um lugar natural determinado, fazendo com que as pessoas aceitem como naturais, corretas e normais as condições em que vivem, tornando-se alienadas.



  • Um dos mais graves resultados sociais desta alienação é a Anomia, que é o desrespeito generalizado pelas normas sociais e morais.


Aula 2. Ideologia e alienação.



  • Ver texto 1 – Conceito de ideologia e de alienação. (páginas 11 e 12).
  • Ver texto 2 – Ideologia e alienação. (páginas 12 e 13).
  • Ver exercícios 4 e 7 (pág. 13) e 9 e 10 (pág. 14).  



  • Grupos sociais criam ideologias para motivar seus integrantes e para expor/impor suas ideias a outros grupos.



                        AMBIENTE ----------  IDEIAS  ----------  AÇÃO





  • Segundo Marx, as classes dominantes:
    • Criam ideologias.
    • Manipulam a opinião pública.
    • Naturalizam as diferenças sociais.
    • Dominam as consciências.
    • Constroem uma ilusão social.


Aula 3. Alienação e Anomia.



·         Ver texto 3 – Alienação, anomia, ausência de sentido. (páginas 14, 15 e 16).



·         Ver exercício 16 da página 18 e exercício 24 da página 19.



·         Anomia – Estado social de ausência de normas, este conceito se refere sempre a relação entre os indivíduos e as forças de controle social.



Aula 4. Estrutura e superestrutura.



·         Ver texto 4 – Estrutura e superestrutura da sociedade. (página 17). 

  • O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é para Marx, a principal atividade humana, é sua história social, é o fundamento do materialismo histórico.



  • Forças produtivas + Relações sociais de produção = INFRAESTRUTURA ou Estrutura econômica.



  • A Infraestrutura determina a Superestrutura.



  • SUPERESTRUTURA : Ideologias políticas, doutrinas religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais de ensino e de comunicação, conhecimento científico e filosófico.

  • O grande problema do capitalismo é a posse dos meios de produção, monopolizada pelos burgueses, só restando aos proletários vender sua força de trabalho aos burgueses para sobreviver.


Aula 5. Propaganda e sociedade de consumo.



·        A Escola de Frankfurt



  • Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.



  • Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das ideias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).



·         Principais influências:

    1. O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).
    2.  A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).                   

   

  • Nomes:



  * Max Horkheimer (1895-1973).

             * Theodor Adorno (1903-1969).

            * Walter Benjamim (1892-1940).
       * Herbert Marcuse (1898-1979).
        * Jurgen Habermas (1929- )
         * Erich Fromm (1900-1980).

  •  Questões:


                 * Entender as relações que movimentavam as massas.

            * Análise crítica dos meios de comunicação.
                 * Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
                 * Crítica à ideologia capitalista.          



  • Conceitos:



    1. Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
    2. Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.




A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.



·         A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:

1.    Expressão do talento do autor                     reprodução repetitiva.

2.    Momento de criação                                    produtos para o consumo rápido.

3.    Experimentar o novo                                   consagrar o padrão.

4.    Provocar, chocar, incomodar                       lazer e diversão, satisfazer os sentidos.



Aula 6. Propaganda e sociedade de consumo.



·        Ver texto1 – O papel da propaganda na sociedade de consumo. (pág. 26).

·        Ver texto 2 – Sociedades de consumo – Criando necessidades, (pág. 27, 28 e 29).

·        Ver exercícios 3 e 6 da pág. 29;  7,9,10,12,14 e 15 da página 30 e 17 e 20 da pág. 31. 





Aula 7. Análise dos meios de comunicação de massa.





·         Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.



·         A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:



o   Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.

o   Falta de localização temporal – Perda da relação causa/consequência. Só existe o “Agora”.


  • A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.

  • Efeitos da mídia 



      * Inversão entre a realidade e a ficção.

      * Dispersão da atenção, criando o hábito de pensar fragmentado.
      * Infantilização do público, que não suporta a distância temporal entre o
         desejo de consumir e a satisfação dele.
      * Autoritarismo – Intimidação social, com os especialistas  que nos ensinam a viver.



  • Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.

Resumo Sociologia 1º médio ETIP (1º trim)


Aula 1. O que é Sociologia?



  • Duas meninas, Amala e Kamala, foram descobertas em 1921, numa caverna da Índia, vivendo com lobos. Essas crianças, que na época tinham dois e oito anos de idade, foram confiadas a um asilo e passaram a ser observadas por estudiosos. Amala, a mais jovem, não resistiu à nova vida e morreu um ano mais tarde. A outra, porém, viveu cerca de oito anos. Ambas apresentavam hábitos alimentares bem diferentes dos nossos. Como fazem normalmente os animais, elas cheiravam a comida antes de tocá-la, dilaceravam alimentos com os dentes e faziam pouco uso das mãos para beber e comer. Possuíam aguda sensibilidade auditiva e o olfato desenvolvido. Locomoviam-se de forma curvada, com as mãos apoiadas no chão. Kamala levou seis anos para andar de forma ereta e pouco antes de morrer tinha um vocabulário de cerca de 50 palavras.



  • “O relato acima descreve um fato verídico e permite entender em que medida as características humanas dependem do convívio social. Amala e Kamala, as meninas-lobo da Índia, por terem sido privadas do contato com outras pessoas, não conseguiram se humanizar: não aprenderam a se comunicar através da fala, não foram ensinadas a usar determinados utensílios, não desenvolveram processos de pensamento lógico...”

   (Extraído de: DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez: 1990. p 16-17)
 

  • Os indivíduos só adquirem características realmente humanas quando convivem em sociedade com outros seres humanos, estabelecendo com eles relações sociais.


  • Uma sociedade não é apenas a soma dos indivíduos que a compõem, mas o conjunto de relações que ligam as pessoas.



  • Sociologia = Ciência que estuda sistematicamente as relações sociais e as formas de associação, ou seja, estuda os grupos e os fatos sociais

  • Utilidades da Sociologia:

* Compreensão da dinâmica das relações cotidianas.

   ( Como nasce a sociedade? Como mantê-la? Como resolver conflitos?)

* Elaboração de políticas públicas.
   ( Planejamento das ações de governo)
* Análise de comportamentos sociais.
    ( Análise de ambientes por empresas, partidos políticos, igrejas)
* Incentivo à cidadania.
    ( Análise crítica, compreensão de problemas).





Aula 2. O eu na Revolução industrial.



·         Revolução industrial: Conjunto de transformações econômicas e sociais ocorridas inicialmente na Inglaterra a partir de 1760 (século XVIII) com a invenção das máquinas de fiar e de tear.



·         Principais características:

ü  Grande desenvolvimento tecnológico.

ü  Aceleração do processo produtivo.

ü  Substituição da produção agrária manual pela produção urbana mecanizada.

ü  Fortalecimento do sistema capitalista.

ü  Separação entre Capital e Trabalho

ü  Surgimento de uma classe operária.

ü  As oficinas artesanais dão espaço aos galpões do sistema fabril.



·         Principais invenções: Máquina de fiar (1764), máquina a vapor (1765), tear hidráulico (1769), tear a vapor (1780), barco a vapor (1803), locomotiva (1803), telégrafo (1835), fotografia (1839), motor a gasolina (1860), telefone (1876), luz elétrica (1879), automóvel (1885).



 FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



                                             1ª fase (1760/1860)               2ª fase (1860/1945)




Material usado                 Ferro e carvão                     Aço e ligas metálicas




Forma de energia            Vapor e hidráulica              Elétrica e petrolífera




Indústria predominante   Têxtil                                   Siderúrgica e outras



Países participantes        Inglaterra                 Alemanha,França,.                                         





Aulas 3. Os impactos sociais da revolução industrial.



  • A revolução industrial modificou drasticamente a vida das pessoas, trouxe novas responsabilidades, novas ideias, novas rotinas e principalmente novos problemas. Transformou totalmente a maneira de compreender e organizar a vida.



Antes da revolução                                         Depois da revolução



* Vida rural.                                                     * Vida urbana.

* Trabalho agrícola no campo.                       * Trabalho industrial nas fábricas.

* Atividades coletivas em família.                   * Atividades individuais separadas.

* Tempo: necessidades e vontades.              * Tempo: controle pela rotina fabril.

* Casas rústicas para 1 ou 2 famílias.            * Cortiços coletivos para 15/20 famílias.

* Teocentrismo: Deus é o centro.                   * Antropocentrismo: o homem é o centro.



                                                                         
               A partir da revolução industrial surge a necessidade de pensar a sociedade como objeto de estudo, foi preciso criar uma nova ciência com método próprio para isso: a Sociologia, que surgiu como uma forma de entender e talvez resolver os novos problemas políticos e sociais criados por essa revolução.

                                                                         

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 11, 12, 13 e 15.


Aula 4. O surgimento da sociologia.



  • Ambiente propício ao surgimento da sociologia:
    • Cenário industrial urbano, com novas relações de trabalho.
    • Nova configuração econômica da sociedade capitalista ( mercado consumidor, salários, lucros,…)
    • Infra-estrutura precária em saúde, educação, moradia, transportes,…
    • Caos social com violência, alcoolismo, miséria e desorganização social.
Auguste Comte (França, 1798 – 1857):
    • Professor de matemática, filósofo e secretário de Saint-Simon, um socialista utópico; foi o primeiro a mencionar a necessidade de se estabelecer uma ciência responsável pela compreensão da sociedade.
    • Fundação da “Física social” com o objetivo de adaptar o método científico da física às ciências humanas e sociais.
    • Estabelecimento da Ciência positiva – o conhecimento científico é o único capaz de alcançar a verdade.
    • Principal lema: Ordem e progresso, com o objetivo de manter o controle para atingir o desenvolvimento, a ordem é a base do progresso, que é efeito da ordem.
    • O progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos.



  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 20 e 21.

 Aula 5/6. Três clássicos da sociologia.



  • Émile Durkheim (França, 1858 – 1917):
    • Professor de sociologia que transformou a sociologia em ciência reconhecida.
    • Desenvolveu as regras do método sociológico.
    • O sociólogo deve ser imparcial, tratando os fatos sociais como “coisas”.
    • A sociedade é maior do que os indivíduos.
    • O principal objeto de estudo desta ciência são os “fatos sociais”.

 Fatos sociais:
    • São maneiras coletivas de agir, pensar e sentir impostas pela sociedade. Todos os processos de interação humana são fatos sociais.
    • Características dos fatos sociais:
      • Exterior (existem fora da nossa mente).
      • Geral (Válidos para um grande número de pessoas).
      • Coercitivo (Exercem pressão sobre os indivíduos).

  

  • Karl Marx (Alemanha, 1818-1883):
    • Filósofo, jornalista e ativista político, vivencia as crises de 1848 e se mobiliza contra as condições desumanas dos trabalhadores, foi expulso da Alemanha, da França e da Bélgica por suas atividades políticas, passa a viver em Londres.
    • Para ele, o modo de produção, ou seja, as condições econômicas determinam a ação dos homens.

  

  • Max Weber (Alemanha, 1864-1920):
    • Professor universitário, estudou direito, filosofia, história  economia.
    • Ele funda a chamada “sociologia compreensiva”, considerando a ação individual como ponto de partida para se entender a realidade social.
    • Ação social: Conduta humana dotada de um significado subjetivo, de acordo com seu caráter social.
    • Segundo Weber há quatro tipos ideais de ação social:


1.        Racional com relação a um objetivo: Projeto para agir. Ex: Um professor planejando a aula, um engenheiro desenhando a planta de um prédio.

2.        Racional com relação a um valor: Fidelidade a valores políticos, religiosos. Ex: um capitão que afunda com seu navio, um ataque terrorista.

3.        Emocional  ou afetiva: Reação emocional por medo, inveja, vingança,… Ex: brigas de torcidas.

4.        Tradicional: Ação por hábitos, crenças ou costumes. Ex: participar de cerimônias de casamento, funeral.



  • A sociologia é uma ciência que pretende construir uma consciência capaz de analisar criticamente os problemas sociais, os teóricos citados formam a base dos conceitos sociológicos, suas ideias são válidas até hoje.

 OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 21 a 25.



Aulas 7/8. A construção da sociedade civil brasileira.



·         Sociedade civil refere-se ao conjunto das organizações e instituições cívicas voluntárias que servem como mecanismos de articulação de uma sociedade em funcionamento, por oposição às estruturas apoiadas pela força de um estado (independentemente de seu sistema político).

·         Para entendermos o processo de formação da sociedade brasileira, é necessário analisarmos sua evolução histórica.

A)   O Brasil colônia:


·         O processo de colonização do Brasil teve início em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Sousa, os portugueses ocupam a terra, dominam os povos nativos e ainda trazem da África outro povo escravizado.

·         Inicia-se o período de produção de riquezas com a instalação dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar, muitos portugueses vêm ao Brasil para administrar engenhos e ocupar cargos políticos.

·         A descoberta de ouro na região das Minas Gerais trouxe milhares de portugueses ao Brasil em busca de enriquecimento rápido, surgem novas cidades.

·         A sociedade civil brasileira ainda era tipicamente portuguesa, apresentando forte desigualdade social, pois os portugueses controlavam toda a vida colonial; mesmo com muitas pessoas nascidas no Brasil, as leis, as estruturas políticas e econômicas, e a cultura eram portuguesas.

·         Começava a surgir entre os brasileiros um forte sentimento de inferioridade, pois se consideravam portugueses de segunda linha.

·         O sentimento de pertencer a uma sociedade portuguesa fortaleceu-se ainda mais com a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808.

B)   O Brasil império:

  • A independência do Brasil em 1822 ocorreu sob a liderança de um príncipe português, Dom Pedro, éramos um povo mestiço sob o controle de uma elite ainda portuguesa.
  • A partir da 1ª constituição do Brasil, outorgada em 1824, tem início um lento processo de transformação social.

  • A sociedade civil procurava tornar-se mais brasileira, porém ainda convivia com os modelos sociais europeus, o sentimento de inferioridade se manifestava de forma diferente, em uma valorização excessiva de tudo o que vinha da Europa.


C)   O Brasil república:

  • Com a proclamação da república em 1889, o Brasil finalmente começa a se tornar brasileiro, porém ainda com muita influência social europeia.
  • Neste período houve poucas manifestações em grande escala da sociedade civil: as revoltas tenentistas, a comuna de Manaus, a morte de Vargas, a marcha da família com Deus pela liberdade, algumas greves localizadas e principalmente a campanha das Diretas já em 1984.

  • Alguns sociólogos defendem a ideia de que somos uma sociedade cordial, somos um povo pacífico, pois não passamos por grandes traumas históricos (revolução francesa ou russa), nos acostumamos a aceitar as coisas passivamente.


·         OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 34 a 37.