quinta-feira, 22 de março de 2018

Resumo Filosofia 3º médio 2018 ETIP (1º trim)

Aula 1. O Criticismo de Immanuel Kant (Alemanha, 1724 – 1804)

  • Nasce e vive a vida inteira em Konigsberg, professor universitário de Lógica e de metafísica, não se casou nem teve filhos, era um homem extremamente metódico, um cérebro que passou a vida investigando o universo espiritual do homem, à procura de seus fundamentos últimos, necessários e universais.

  • Principais obras: Prolegômenos a toda metafísica futura, Fundamentação da metafísica dos costumes, Crítica da razão pura, Crítica da razão prática, A religião dentro dos limites da razão,…

  • Com sua postura crítica Kant faz uma verdadeira Revolução copernicana em filosofia, invertendo o sentido da pesquisa filosófica, o objetivo da filosofia passa a ser investigar a Razão humana, seus limites e possibilidades, buscando responder a questão: Até onde posso ir com a razão sem a experiência sensível? (a razão pura).

  • Algumas de suas principais ideias:

    • Não conhecemos a realidade fora de nossa mente ( a coisa-em-si), só conhecemos os fenômenos, ou seja as coisas para nós. Pois todo conhecimento começa com a sensibilidade, passando pelo “filtro” da razão humana.
    • Tempo e espaço são as formas puras da sensibilidade, ou seja, são ferramentas mentais que existem sem a interferência dos sentidos. A intuição de tempo e espaço se dá a priori, antes da experiência sensível.
    • Existem várias categorias do pensamento: causalidade, contradição, identidade, qualidade, quantidade, finalidade,…
    • Só é possível fazer ciência com “Juízos sintéticos a priori”, ou seja, juízos que acrescentam algo à ideia inicial antes da experiência sensível.
  
Aula 2. Iluminismo: Luzes e trevas.

  • A Ilustração ou Iluminismo é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele é o próprio responsável. A menoridade é a incapacidade de fazer uso do seu próprio entendimento sem a condução de outro.


  • O homem é o próprio culpado dessa menoridade quando sua causa reside não na falta de entendimento, mas na falta de resolução e coragem para usá-lo sem a direção dos outros.

  • Não preciso pensar, se puder pagar, outros assumirão por mim o trabalho penoso. É muito difícil para um indivíduo isolado libertar-se da sua menoridade que, para ele, se tornou quase uma natureza.

Extraído de: KANT,Imannuel. Resposta à pergunta: “O que é ilustração?”


  • Sapere aude! (Ousai saber!): Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento!  Este é o lema do Iluminismo.


  • Kant faz um apelo ao exercício autônomo da razão, à liberdade de pensamento ante o medo, a preguiça e a covardia humana, razões pelas quais uma grande parcela da humanidade permanece dependente de seus guardiões.
  • Para Kant, é muito cômodo ser imaturo, não ser crítico, deixar que outros façam isso por você. Dessa forma, ele afirma o uso da razão e da inteligência, o espírito crítico e a autonomia no uso das suas faculdades mentais como o caminho para a emancipação do homem. 

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 11 a 16.

Aula 3. Kant e a crítica à metafísica.

  • Segundo Kant, temos a necessidade de “despertar do sono dogmático”, mas o que é isso?

  • É tomar como ponto de partida da metafísica a ideia de que existe uma realidade em si que pode ser conhecida pela razão, ou seja, a afirmação de que nossas ideias correspondem exatamente a uma realidade externa, que existe por si mesma.


  • Dogmático é aquele que aceita, sem exame e sem crítica, afirmações sobre as coisas e sobre as ideias. Despertar do sono dogmático é questionar, investigar a estrutura e o poder da razão, buscando seu alcance e seus limites.

  • Questões metafísicas: Existe uma verdade única? Ou múltiplas verdades? Como uma imagem pode suscitar várias interpretações? Quais os critérios para validar um conhecimento como verdadeiro?

  • A metafísica tradicional nos trás mais dúvidas que certezas, desde os antigos gregos e os medievais, passando por Descartes e Hume, a metafísica não conseguiu elucidar as grandes questões da humanidade. Ela é, porém, indispensável a raça humana.

  • A ética de Kant se funda na razão, seu princípio supremo da moralidade é chamado de Imperativo categórico: “Age unicamente segundo a máxima que possa querer que se torne uma lei universal.”, ou seja, para saber se sua ação é correta ou não, basta universalizá-la, o que aconteceria se todo o mundo fizesse igual?   


  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 16 a 21.

Aula 4. Liberalismo: a natureza do poder e do governo.


  • pensamento liberal parte do princípio da igualdade dos homens como seres livres e de igual capacidade, elegendo o Estado como representante do povo na legitimação da igualdade de oportunidades entre os indivíduos que culminaria, consequentemente, na igualdade de todos perante a lei.


  • O Liberalismo é uma doutrina político-econômica que se refere à organização da vida social de acordo com certos valores fundamentais: a liberdade, os direitos individuais, o pluralismo político e o Estado de Direito.

  • Estado de direito é uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual cada um é submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a potência pública. Em outras palavras, o estado de direito é aquele no qual todos os cidadãos inclusive os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis promulgadas.

  • Os filósofos iluministas, criadores do Liberalismo, priorizam a investigação racional de      todas as esferas da vida humana: social, política, econômica, religiosa e cultural.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 27 a 30.

Aula 5. O Jusnaturalismo moderno e o contrato social.

  • Jusnaturalismo é um movimento que se desenvolve a partir do século XVI, com o objetivo de aproximar a lei civil da razão. Ele defende que o direito é natural, imutável, inviolável e universal. É visto como uma lei imposta pela natureza para tudo que existe.

  • Segundo o Jusnaturalismo, uma lei para ser lei deve ser justa. O movimento entende como justo tudo que existe em termos de ideal e do bem comum. O direito natural é a regulamentação necessária das relações humanas, a que se chega através da razão, sendo, pois, independente da vontade de Deus.

  • O fundamento de todo o Direito é a natureza humana, as regras universais devem ser descobertas por meio do estudo da natureza dos homens, em busca de um sistema unitário, completo e universal de direitos e deveres, comuns a todos.

  • Era uma ferramenta de suma importância que tinha a capacidade de impor limites ao Absolutismo Estatal. Também serviu de paradigma para as revoluções liberais, mas por ser considerado abstrato e metafísico, cedeu espaço para o surgimento do positivismo.

  • O Estado civil se estabelece a partir de um Contrato social, aonde as pessoas abrem mão dos direitos do Estado de natureza por meio de um pacto social que representa a vontade do conjunto dos indivíduos, por meio de uma legislação que busque harmonizar a vida coletiva. Essas leis representam a “vontade geral.”

  • Com isso, o Direito natural (à vida, a liberdade e a propriedade) se transforma em Direito civil ou positivo.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 31 a 34.

 Aulas 6/7. O Romantismo alemão.


  • Movimento filosófico, literário e artístico que se iniciou na Alemanha ao final do século XVIII e teve seu auge em toda a Europa do século XIX.

  • Grandes nomes: Fichte, Schelling e Hegel.

Principais ideias:

  • Reconhecimento do valor do sentimento como uma categoria espiritual inerente à natureza humana.


  • Ao contrário do Criticismo de Kant, que reconhece os limites da razão humana, o Romantismo entende a razão como uma força infinita que habita o mundo e o domina, a razão é a própria substância do mundo.

  • A razão é o princípio infinito da consciência, da atividade, da liberdade e da capacidade criadora.

  • As coisas finitas são manifestações do infinito, Schelling vê no mundo a obra de arte da Razão absoluta.

  • O idealismo e o positivismo são vertentes do romantismo, que torna a ciência, a razão e o espírito infinitos.
Características:

  • Otimismo: convicção de que a realidade é o que deveria ser, é a sua melhor forma.

  • Providencialismo: A história é o processo necessário no qual se manifesta ou se realiza a própria razão infinita, nada é inútil ou irracional, tudo faz parte de um progresso necessário.

  • Tradicionalismo: O romantismo reconhece todos os momentos da história como bons, regressa ao passado e o exalta. As instituições históricas (Estado, Igreja) são dotadas de valor absoluto e destinadas à eternidade.

  • Titanismo: O culto do infinito reconhece o caráter insuportável de tudo o que é finito, exalta a rebelião contra tudo o que é limite, regra. O nome vem do titã Prometeu da mitologia grega.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas 43 a 46




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